Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Clima adverso ao redor do mundo dá suporte aos grãos em Chicago

Após as baixas registradas ontem, o mercado internacional de grãos parece tentar uma recuperação nesta terça-feira, operando com leves altas. Por volta das 15h20 (horário de Brasília), os futuros da soja subiam pouco de 5 pontos e o milho mais de 3 pontos. Já o milho operava com altas de dois dígitos, subindo mais de 12 pontos nos principais vencimentos.

Essa alta vista no mercado do trigo nos negócios de hoje reflete uma junção de adversidades climáticas pelo mundo. Há problemas climáticos na Rússia e na Ucrânia, dois importantes produtores mundiais, com o frio excessivo castigando as lavouras do grão nos dois países.

Como explicou o analista de mercado Daniel D'Ávilla, da New Edge Corretora, trata-se de uma "doença" chamada winter kill, em que o frio queima as plantas. "E isso dá suporte para o mercado", completa. De acordo com o analista, 15% da produção russa estaria comprometida, bem como 1/4 da produção ucraniana.

Além disso, nos Estados Unidos o tempo muito seco também compromete o bom desempenho das lavouras de trigo norte-americanas, mais um fator que acaba impulsionando o mercado.

O clima na América do Sul também continua no foco dos investidores. A seca segue prejudicando as lavouras do Sul do Brasil e de regiões da Argentina, o que dá suporte aos preços em Chicago, principalmente da soja e do milho. As chuvas que chegam em ambos os países não são suficientes para reverter parte das perdas, que já são bastante severas e irreversíveis.

Além disso, hoje foram reportadas informações de que o Japão comprou 330 mil toneladas de sorgo e milho da Argentina. Sinais de que a demanda pelo cereal está aquecida também contribuem para as altas, porém, ainda de acordo com D'Ávilla, as compras de grãos em outros países que não os Estados Unidos são "uma forma de tentar impedir uma alta dos preços na Bolsa de Chicago", fato que poderia limitar os ganhos na CBOT.

"Soja e milho estão mais baratos na América do Sul do que nos Estados Unidos, então é normal vermos um pouco mais de demanda do mundo pelos grãos do Brasil e da Argentina", Daniel D'Ávilla, analista de mercado da New Edge Corretora.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Frustração com Grécia eleva dólar e pesa sobre agrícolas

A ausência de um acordo entre Grécia e credores privados a respeito da reestruturação da dívida do país provocou uma onda de aversão ao risco que elevou o dólar e pesou sobre os mercados financeiros pelo mundo. No caso das commodities agrícolas, as perdas foram generalizadas nas bolsas de Chicago e de Nova York.

O mercado da soja esteve entre os mais pressionados. Além da crise, a previsão de chuvas sobre áreas secas da Argentina ajudou a baixar o preço da oleaginosa, que cedeu 2,77%, para US$ 11,8525 por bushel. A expectativa é que a umidade ajude as lavouras do vizinho a recuperar produtividade depois de um extenso período de estiagem. O milho também teve desvalorização expressiva, acompanhando as perdas da soja.O contrato março recuou 1,56%, para fechar cotado a US$ 6,3175 por bushel.

Em Nova York, o contrato março do açúcar fechou em baixa de 1,49%, em 23,85 centavos de dólar por libra-peso. Sem novidades nos fundamentos de oferta e demanda, esse mercado tem acompanhado as preocupações com a economia europeia e a valorização do dólar. É o mesmo caso do café, que recuou 0,35%, cotado a 216,60 centavos por libra em um dia sem novidades.

O preço do suco de laranja caiu 0,52%, para 209,80 centavos de dólar por libra-peso, no contrato março, depois de ter disparado na sexta-feira com a decisão do governo dos Estados Unidos de devolver cargas da bebida contendo níveis do defensivo carbendazim acima do permitido no país.


Fonte: O ESTADO DE S. PAULO - SP

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ferrugem na soja ameaça produção em MT

Mato Grosso lidera ocorrências de ferrugem asiática na safra 2011/2012 com 47% dos focos registrados até sexta-feira (27). São 65 notificações entre os laboratórios credenciados no Estado pelo Consórcio Antiferrugem e os produtores começam se preocupar com as perdas devido ao fungo Phakopsora pachyrhizi. Com as chuvas e o clima quente, a proliferação da ferrugem é facilitada e a recomendação dos técnicos é que produtores aumentem o número de aplicações de defensivos nas lavouras a fim de evitar o aparecimento do fungo. Problema disso, além da possível perda de produtividade, está no aumento de custo ao produtor que precisa a investir mais na aquisição e aplicação de fungicida.

Em média, o custo por hectare para o ciclo completo da soja é de R$ 200 a R$ 400, dependendo da qualidade do produto aplicado. De acordo com gerente técnico da Associação de Produtores de Soja e de Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Luiz Nery Ribas, a ferrugem asiática na safra 2011/2012 está mais crítica que nos últimos 2 anos por causa do fenômeno La Niña. Segundo ele, o clima está extremamente favorável para doença. Altas temperaturas e umidade facilitam a propagação do fungo, assim como a colheita da soja precoce e super precoce, porque o vento é o maior dispersor do fungo, que acaba afetando as lavouras mais tardias.

Ou seja, os produtores que plantaram em dezembro são os que mais correm risco de ter a produção afetada, devido à contaminação vinda de outras lavouras. A chuva persistente dificulta o tratamento, o produtor não consegue entrar com o trator e o pulverizador. É mais um agravante neste ano. Vamos reduzir produtividade e vai aumentar o custo e a produção vai ser afetada, embora ainda seja cedo para falar em percentual, afirma Ribas.

Diretor-executivo da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Seneri Paludo, afirma que ainda é cedo para estimar a perda para o Estado, mas não descarta o problema. Mato Grosso como um todo é muito suscetível à ferrugem devido ao excesso de umidade neste período. Além da ferrugem, outro dano causado pela chuva é a fermentação do grão, conhecido como soja ardida. Neste caso, explica Paludo, o grão fica com mais umidade do que o recomendável e o produtor tem que gastar mais para secar a oleaginosa quando possui armazém próprio, ou receber menos das tradings pelos custos extras que essas empresa terão.

Engenheiro agrônomo, especialista em ferrugem, José Tadashi, explica que com a doença o grão não enche, ou seja, não amadurece até o ponto ideal, tornando-o mais leve do que o normal e às vezes o custo de colheita não compensa o que será pago pelo produto. Além de receber menos pelo menor peso, Tadashi afirma que as compradoras também pagam menos porque na hora de processar o grão o custo sobe, uma vez que a fabricação do óleo fica mais complicada.

Uma característica que poderá ajudar para evitar uma propagação muito grande, segundo o engenheiro, é a redução do tempo de amadurecimento da soja de 130 para 100 dias, em média, permanecendo assim menos tempo em exposição. Produtor Neri Geller conta que em visita às lavouras da região Médio-Norte e Norte na última semana, foi possível perceber a proporção do problema. Há lavouras inteiras tomadas pelos fungos. Os produtores precisam se atentar e aplicar o preventivo a cada 15 dias ou menos.

Motivação -

Engenheiro agrônomo José Tadashi explica que o crescimento da incidência da ferrugem nesta safra é influenciada pela soma de alguns fatores. Segundo ele, com a redução do problema nas duas últimas safras, o produtores costumam relaxar mais, fazer menos aplicações e ou comprar produtos de qualidade inferior. Além disso

SOJA: CHICAGO RECUA NO MEIO-PREGÃO

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja
opera com preços mais baixos no meio-pregão de hoje. A força do dólar está
dando o tom baixista ao mercado hoje. O cenário externo de maior cautela e
incertezas em relação a situação econômica mundial está refletindo nas
cotações da oleaginosa. As perdas do petróleo e dos metais completam o quadro
baixista.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 41,503
milhões de bushels na semana encerrada no dia 26 de janeiro, conforme
relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA). Na semana anterior, as inspeções haviam atingido 36,401 milhões de
bushels (número revisado). No ano passado, em igual período, o total foi de
43,834 milhões de bushels. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de
setembro, as inspeções estão em 718,040 milhões de bushels, contra 979,393
milhões de bushels no acumulado do ano-safra anterior.
Os contratos da soja em grão com entrega em março de 2012 estão cotados
a US$ 11,92 1/2 por bushel, baixa de 26,50 centavos de dólar por bushel em
relação ao fechamento anterior. As posições da soja em grão com entrega em
maio de 2012 estão cotadas a US$ 12,02 1/4 por bushel, perda de 26,25 centavos
de dólar por bushel em relação ao fechamento anterior.
No farelo, março de 2012 tem preço de US$ 315,40 por tonelada, retração
de US$ 6,80 por tonelada em relação ao fechamento anterior. No óleo de soja,
a posição março de 2012 vale 50,60 centavos de dólar por libra-peso,
desvalorização de 0,99 centavo de dólar em relação ao fechamento anterior.

FONTE: Safras e Mercado.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Em Chicago, soja e trigo recuam; milho registra mais um dia de alta

A soja opera com leves baixas na Bolsa de Chicago nesta sexta-feira. Em um pregão típico de sexta-feira, com pouca movimentação, os preços iniciaram a sessão regular de hoje com baixas de pouco mais de 2 pontos.

Segundo analistas, a oleaginosa tenta realizar parte dos lucros acumulados ontem, quando fechou o dia com avanços de dois dígitos. Além disso, o mercado ainda se depara com o dólar em alta, fator que ajuda a pressionar as cotações em Chicago.

Já o milho, por outro lado, abriu o pregão em alta, ampliando os ganhos do pregão noturno desta sexta-feira. O mercado segue encontrando suporte nas adversidades climáticas da América do Sul e também na boa demanda pelo cereal norte-americano.

Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 170,2 mil toneladas de milho para o México, com entrega prevista para a safra 2011/12.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Confira o comentário semanal do analista de mercado Liones Severo

Soja - Comentário Semanal

Aparentemente minha entrevista no Canal Rural do dia 25 deste mês, causou grande
surpresa no mercado de soja.

Faz-se necessário alguns outros comentários que corroboram a situação de oferta e demanda, ser considerada para a safra/ano de soja para 2011/12.

No ano passado a produção mundial alcançou o recorde de 265 milhões de tons, das quais cerca de 92,5 milhões de toneladas foram negociados para exportação dos muitos países consumidores. Basicamente este volume de exportação correspondeu exportação das mais importantes origens de suprimento, assim composta:

Estados Unidos 40,5 milhões de tons
Brasil 34,0 milhões de tons
Argentina 12,0 milhões de tons
Outros 6,0 milhões de tons
Total 92,5 milhões de tons

A considerar que somente a China importou cerca de 52,3 milhões de tons, cujas importações para o ano de 2012 está estimado entre 56,5 (USDA) e outras fontes de até 60 milhões de toneladas de soja. Portanto, um aumento considerável e em relação ao ano anterior.

Com perdas já conhecidas da safra de Soja Sul Americana, podemos listar as
seguintes quantidades

Perdas na produção Americana 7,0 milhões de tons
Perdas na produção Brasileira 7,0 milhões de tons
Perdas na produção Paraguaia 2,5 milhões de tons
Perdas na produção Argentina 3,0 milhões de tons
Total perdas para 2011/12 19,5 milhões de tons

Portanto a oferta de soja mundial para 2012, deverá ficar em 245,5 milhões de tons, comparativamente ao ano anterior de 265 milhões de tons. O ultimo relatório do USDA trouxe um estoque de passagem nos Estados Unidos (31 de agosto) na ordem de 275 milhões de bushels, equivalente a cerca de 7 milhões de tons, que certamente será drasticamente reduzido a medida que as exportações aconteçam para compensar os prejuízos das safra de soja para o ano de 2012.

No atual cenário as exportações mundiais de soja deverá ser ajustada na seguinte composição:

Estados Unidos atual 40.0 milhões de tons para 39.0 milhões de tons (*)
Brasil atual 34.0 milhões de tons para 28.0 milhões de tons
Argentina atual 12.0 milhões de tons para 12.0 milhões de tons
Outros atual 6.5 milhões de tons para 5.0 milhões de tons
De 92,5 milhões de tons para 84.0 milhões de tons

(*) O USDA estima as exportações em 34.0 milhões de tons, mas incluímos
5.0 milhões de tons do atual estoque americano de 7.0 milhões de tons.

Portanto, se acrescentarmos que a China poderá aumentar a importação em 5.0 milhões de tons, haverá um déficit de oferta na ordem de 13.5 milhões de tons para ano de 2012.

Historicamente, déficit de produção ou mesmo estoques apertados sempre resultaram em preços consistentemente elevados e não vemos razões para que não se verifiquem no decorrer deste ano de 2012.

Notar que fui generoso com as perdas argentinas até momento, desde que bolsa de Buenos Aires estima perdas superior a 6.0 mlnt. Lavouras argentinas e gaúchas ainda estão sob risco por mais 3 ou 4 semanas.

Atenciosamente,
Liones Severo
Grãos & Soja - GS Corretora de Mercadorias Ltda.


Fonte: Liones Severo - Analista de mercado

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

GRÃOS: ALTA DO CONSUMO GLOBAL PODE GARANTIR MERCADO PARA SOJA E MILHO

Somente a soja teve um aumento de 120% no consumo mundial nos
últimos 20 anos. O milho chegou aos 75%. Já o trigo teve crescimento de
apenas 1%. "A demanda por soja e milho está diretamente relacionada no aumento
da produção de carne, com uso dos grãos para ração, da utilização no
biocombustível e óleo vegetal", explica João Pedro Cuthi Dias, consultor da
Bolsa de Mercadorias e Futuros e Bovespa. O mercado e a comercialização da
soja e milho foram pautas de giro tecnológico na 16 edição do Showtec, em
Maracajú (MS).
Grandes mercados como China e India devem aumentar ainda mais o consumo
dos grãos. "Embora na China, 46,7% da população tenha uma renda de US$ 2
dólares/dia, e na India, quase 80% tenha essa mesma renda, são duas nações
com economia crescente. Outro fator que vai influenciar na necessidade de maior
importação de grãos é que 90% das propriedades na China, por exemplo, tem
apenas dois hectares e, por tanto, não há como investir em larga escala para
produção. Será o Brasil o país que poderá atender esses mercados que vão
comprar ainda mais", finaliza Cuthi Dias.

Showtec - A Showtec 2012 segue até dia 27, sexta-feira. São esperadas 15
mil pessoas que visitam o evento que é considerado a maior mostra de
tecnologias em agricultura do Centro-Oeste. Com o tema a "Produção de
Alimentos com Consciência Ambiental", o Showtec 2012 é realizado pela
Fundação MS, que comemora 20 anos da criação.
O evento conta ainda com a promoção do Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria,
do Comércio e do Turismo- Seprotur - e da Agência de Desenvolvimento
Agrário e Extensão Rural - Agraer-, da Federação da Agricultura e
Pecuária de MS - Famasul, da Associação de Produtores de Soja -
Aprosoja/MS e o Sindicato e Organização da Cooperativas Brasileiras no Mato
Grosso do Sul - OCB/SESCOOP/MS com o apoio da Associação dos Produtores de
Bioenergia de Mato Grosso do Sul - Biosul, Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Embrapa, Prefeitura Municipal de Maracaju, Sebrae/MS
e Banco do Brasil. As informações partem da assessoria de imprensa do evento.


FONTE: Safras e Mercado.

CBOT: Trigo e milho têm mais um dia de alta e puxam mercado da soja

Os futuros do trigo negociados na Bolsa de Chicago operam em alta pelo sexto dia consecutivo nesta quinta-feira. Segundo analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, os preços conseguem impulso na redução das exportações da Rússia. Essa restrição por parte terceiro maior exportador mundial do grão poderia aumentar a demanda pelo produto norte-americano e o cenário acaba trazendo suporte para o mercado em Chicago.

Com altas um tanto mais tímidas do que no início da semana, o trigo para o vencimento março/12, por volta das 8h30 (horário de Brasília), era cotado a US$ 6,52, subindo 10,75 pontos. Já o maio valia US$ 6,65, com alta de 9 pontos.

Dados do instituto russo de pesquisa agrícola SovEcon mostram que os estoques dos produtores das principais regiões produtoras da Rússia caíram a níveis menores do que os do ano passado. Em alguns pontos, esse recuo já chega a 50%.

O avanço do trigo puxa também os preços da soja e do milho na CBOT. Ontem, o cereal também fechou a terça-feira em alta, assim como o trigo. Já a soja, nesta terça-feira, durante toda a sessão regular operação sem direção, mas acabou perdendo força no fim dos negócios e fechou no vermelho.

Porém, no pregão noturno de hoje, os futuros da oleaginosa, às 8h35, operavam com mais de 10 pontos positivos nos principais vencimentos. Os ganhos no mercado do milho chegavam a quase 9 pontos nos contratos mais próximos.

O cereal sobe também, ainda de acordo com a Bloomberg, por conta de informações do agravamento de uma seca no México que estaria prejudicando a produção de milho. O país é o segundo maior importador mundial de milho, ficando atrás apenas do Japão. Essas informações poderiam sinalizar um aumento da demanda mexicana pelo grão norte-americano, fato que impulsiona o avanço dos preços em Chicago.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Apesar da chuva, expectativa para colheita é positiva

A equipe que percorreu o primeiro trecho do Rally da Safra, expedição anual pelas lavouras de soja e milho do país organizada pela Agroconsult, traçou um cenário positivo para a colheita de soja no Mato Grosso.

A reportagem do Valor acompanhou o percurso pelas regiões de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Campo Novo do Parecis e Sapezal, onde a colheita já começou, na última semana. Os trabalhos estão mais adiantados na região de Sapezal, por causa do plantio do algodão, já iniciado.

De modo geral, as lavouras em estágio final de maturação apresentam boas condições e, de acordo com os agrônomos presentes na viagem, sinalizavam colheitas na faixa de 55 sacas a 60 sacas por hectare - um rendimento considerado alto para variedades de ciclo mais curto.

O tempo fechado e as chuvas, condição predominante em toda a viagem, contudo, podem comprometer o desempenho. "Há 20 dias, diria que teríamos uma colheita excepcional. Hoje, já não assino mais embaixo", afirma o produtor Sérgio Stefanello, da Fazenda Porta do Céu, em Sorriso. "Acredito que vamos ter rendimentos mais próximos da média histórica", afirma.

Além de impossibilitar a colheita, as chuvas favorecem a proliferação de doenças como a ferrugem da soja, detectada em várias plantações da região de Sapezal e Campo Novo do Parecis. Mas, mesmo assim, o cenário é positivo. "Apenas uma condição muito adversa nas próximas semanas seria capaz de comprometer o resultado da safra", afirma Marcos Rubin, sócio da Agroconsult. Em sua estimativa inicial, divulgada antes do Rally, a consultoria projetava uma colheita de 22,16 milhões de toneladas de soja no Estado, com um aumento de 9% sobre a safra anterior.

Em sua 9u00aa edição, o Rally da Safra deve percorrer até o fim da colheita, em maio, mais de 60 mil quilômetros entre as regiões produtoras de grãos do país. Organizado pela Agroconsult, o evento é patrocinado por Vale, Banco do Brasil, Case IH, Monsanto, UPL Brasil, Mobil Lubrificantes, Fertilizantes Heringer e Mitsubishi. (GFJ)


Fonte: Valor OnLine

Chicago: Em dia volátil, soja recua. Milho e trigo operam no misto

A quarta-feira está sendo marcada pela volatilidade na Bolsa de Chicago. Os futuros da soja encerraram o pregão de hoje em terreno misto e mantiveram o cenário na abertura do pregão regular. O vencimento maio/12 abriu a sessão valendo US$ 12,13, perdendo 7 pontos e o maio - referência para a safra brasileira abriu a US$ 12,26, recuando 2,75 pontos.

Do lado negativo, pressionam os preços o desempenho fraco das bolsas de valores ao redor do mundo, registrando um dia negativo. Além disso, o petróleo também opera em baixa e o dólar em alta.

Na outra ponta, o andamento do mercado físico norte-americano atua como fator de suporte para os preços, limitando os ganhos nos primeiros contratos e possibilitando a alta dos vencimentos mais distantes, com o novembro/12 operando a US$ 12,16 por bushel, subindo 3 pontos.

No mercado do milho, os preços abriram a sessão de hoje em campo positivo. Segundo analistas, as cotações enxergam sustentação em compras especulativas e ainda nas condições climáticas adversas da América do Sul.

As chuvas que chegaram ao Brasil e a Argentina nos últimos dias foram benéficas para as lavouras, porém, insuficientes para aliviar expressivamente o déficit hídrico.

Por outro lado, no entanto, os mesmos fatores que pressionam o mercado da soja também limitam os avanços do cereal, como as bolsas de valores e o petróleo em queda e o dólar em alta.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Perdas com a seca vão a R$ 2,25 bi, diz Conab

As perdas dos produtores de milho, soja e feijão provocadas pela seca registrada entre novembro e o início de janeiro, inicialmente estimadas em R$ 1,5 bilhão, devem chegar a R$ 2,25 bilhões no Paraná, conforme avaliação técnica divulgada ontem pela Companhia Na­­cional de Abastecimento (Co­­nab)

O impacto é 50% maior que o calculado no início de ja­­neiro. O diagnóstico da CONAB se baseia em dados do Depar­tamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os valores consideram os preços atuais pagos aos produtores de GRÃOS e o volume que deixará de ser colhido.

Queda - A maior queda de receita deve ser registrada entre os agricultores que cultivam soja: ao menos R$ 1,5 bilhão. A produção estadual, conforme a CONAB, será de 11,6 milhões de toneladas, com redução entre 16% e 20%. Por falta de água e pela ocorrência de noites frias em pleno verão, a oleaginosa estaria rendendo 2,5 milhões de toneladas a menos que seu potencial.

Milho - No milho, a quebra climática também tende a atingir 20%, reduzindo o potencial de 7,4 milhões para 5,9 milhões de toneladas, afirma o técnico da CONAB Eugênio Stefanelo. Essa diferença, de 1,5 milhão de tonelada, poderia render R$ 550 milhões. "Nas áreas de maior concentração da cultura, as precipitações estão praticamente normais. No entanto, em toda faixa do Sudoeste e Oeste, que margeia o Rio Paraná, e também nas regiões Noroeste e Norte, que plantam 40% do milho do estado, existiram locais com 60 dias sem precipitação", diz o analista. "As perdas variam de 20% a mais de 50%."

Feijão - A primeira das três safras de feijão que integram a temporada 2011/12 também sofreu forte impacto fenômeno La Niña. A produção poderia chegar a 430 mil toneladas, mas deve se limitar a 330 mil, aponta a CONAB. A primeira projeção já considerava redução de 27% na área de cultivo, para 250,6 mil hectares. A receita do setor poderia ser R$ 200 milhões maior se o potencial de produção fosse atingido e os preços se mantivessem nos patamares atuais.

Clima - O clima da época do plantio e o atual contrastam com as condições enfrentadas pelas lavouras nos últimos meses. De setembro até o início de novembro, as precipitações foram normais, afirma o diagnóstico da CONAB. No entanto, as variações bruscas de temperatura desse período, por si só, afetariam a produtividade do feijão e da soja. Do fim de novembro até a segunda semana de janeiro, faltou chuva, o que atingiu também o milho. Con­forme a análise técnica, as precipitações registradas entre 13 e 17 de janeiro eliminaram o déficit hídrico do solo em praticamente todas as regiões do estado e estão favorecendo o plantio da segunda safra de feijão e, em breve, a do milho de inverno.

Preços - O quadro tem impacto nos preços ao consumidor final. O produtor de feijão carioca, que recebia R$ 100 por saca de 60 quilos, agora consegue R$ 150. Nos supermercados, a tendência é de que o alimento bata em R$ 5 o quilo. A soja se mantém estável e o milho em alta, elevando o custo da ração e, consequentemente, os preços das carnes.


Fonte: Gazeta do Povo

Chuva e praga causam perda

A colheita de soja, safra 2011/2012, segue de forma lenta em Mato Grosso. Em decorrência das chuvas, apenas 2,7% dos 6,985 milhões de hectares (ha) semeados foram colhidos, cerca de 188,5 mil ha, até o dia 19 de janeiro. Em Sinop, devido ao clima e à proliferação da ferrugem asiática, produtores já estimam perda de até 15% na produção. Apesar dos problemas enfrentados, no comparativo com 2011, o avanço na colheita é de 1,3 ponto percentual, na época apenas 1,3% dos 6,42 milhões de hectares haviam sido colhidos. Entre as regiões mais avançadas estão o oeste com 7,1% de seus 963,83 mil ha e o médio-norte com 2,9% de seus 2,704 milhões de ha. As informações são do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

Dados revelam ainda que a colheita no sudeste atingiu 2,2% dos 1,524 milhão de ha plantados, 1,2% no centro-sul, 0,6% da área do norte e 0,5% no nordeste e noroeste de suas áreas semeadas respectivamente. Já entre os municípios, Sapezal lidera com 10% de seus 362,53 mil ha colhidos, e Campos de Júlio com 8% de seus 185 mil ha. Tapurah surge em seguida com 5%, Campo Verde 4,5% da área colhida e Primavera do Leste 4%. Sorriso, Nova Mutum, Ipiranga do Norte e Nova Ubiratã 3% cada.

Conforme o gerente técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Luiz Nery Ribas, a chuva é persistente em todo o Estado. As regiões do médio norte e oeste, que contam com maior área de soja super precoce e precoce, são as mais prejudicadas com as chuvas. Nery comenta que as chuvas estão prejudicando também a aplicação de fungicidas para combater a ferrugem asiática. Segundo o Consórcio Antiferrugem, 44 casos foram confirmados em Mato Grosso da doença.

PERDAS

O vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, município que colheu apenas 2% de seus 118,6 mil/há, Antônio Galvan, comenta que os produtores já estimam perdas entre 10% e 15% da produção total da cidade. Além da chuva, estamos com a ferrugem asiática. Tem lavoura que já está tomada. Quando conseguimos aplicar o fungicida vem a chuva e o lava das plantas.

Galvan comenta que em Sinop há lavouras que deveriam ter colhido a soja precoce há 12 dias, mas as chuvas impediram a entrada das máquinas. Galvan e Ribas comenta que a partir de fevereiro começa a colheita do ciclo médio e tardio. Segundo o vice-presidente do Sindicato Rural de Sinop, até o escoamento para exportação está sendo prejudicado.

Dados do Imea revelam que até novembro do ano passado 53,6% da produção 2011/2012 de

soja já haviam sido comercializada, 9,1 p.p a menos que a safra 2010/2011 no mês. Conforme a Folha do Estado já comentou, a diferença deve-se à cautela dos produtores quanto ao comportamento da nova safra.


Fonte: Folha do Estado

Influenciadas por impasse na Grécia, bolsas europeias operam em baixa

As principais bolsas europeias abriram em queda nesta terça-feira (24), influenciadas pela lentidão das negociações sobre a dívida grega entre os bancos privados e o governo da Grécia. A reunião dos ministros das finanças da zona do euro serão retomadas nesta manhã.

No início das operações, perto das 7h (horário brasileiro de verão), o índice FTSE-100 dos principais valores da bolsa de Londres estava em baixa de 0,71%.

Em Frankfurt, o índice Dax perdia 0,86%. Em Paris, o índice CAC 40 baixava 0,82%. Em Madri, o IBEX 35 estava em queda de 0,68%.

Na véspera, os ministros de Economia e Finanças da zona do euro rejeitaram os termos de perdão de 50% da dívida grega propostos por seus credores privados e solicitaram juros mais baixos, anunciou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker.

"Os ministros pediram a Grécia que continue negociando para conseguir um nível de juros claramente inferior", declarou Juncker em entrevista coletiva ao término da reunião em Bruxelas.

O presidente do Eurogrupo esclareceu que os juros terão que situar-se abaixo de 3,5% antes de 2020, abaixo do nível de mais de 4% que esperavam conseguir os credores para os bônus a 30 anos.

Junker garantiu, no entanto, que ocorreu uma "maior convergência" nas negociações entre o governo grego e o Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os bancos internacionais possuidores da maior parte da dívida grega nas mãos do setor privado.

"Alcançamos uma maior convergência e pedimos ao Executivo grego que alcance um consenso nos próximos dias", destacou, ressaltando que dito acordo deverá basear-se nos termos e condições fixados no último dia 26 de outubro sobre a participação privada no resgate grego.

Além disso, Juncker afirmou que o perdão de 50% da dívida nominal da Grécia deve levar ao cumprimento do objetivo de déficit de 120% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 e basear-se em um acordo voluntário, que trará aparelhado uma ajuda de 130 bilhões de euros.

Em paralelo, pediu ao Executivo de Lucas Papademos que estabeleça com a troika - o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e a Comissão Europeia - os parâmetros um novo programa de ajuste o mais rápido possível.

Juncker reiterou, por outra parte, que o lugar da Grécia está na eurozona e assegurou que não existem divergências a esse respeito entre os sócios europeus.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, concordou que Atenas deve iniciar reformas estruturais de maneira prioritária e definir as ações necessárias antes de obter o segundo programa de ajuda.


Fonte: Do G1, com informações de agências

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ministros europeus tentam avançar em acordo para dívida grega

PARIS - Ministros europeus de Finanças vão tentar hoje avançar nas conversas para um acordo de redução da dívida grega, crucial para evitar um calote, mas que ainda permanece sem definição em função das discordâncias com os credores privados.

Um acordo evitaria um calote grego de cerca de 100 bilhões de euros à medida em que os credores trocariam seus bônus gregos por novos títulos de prazo mais longo e taxas de juros mais baixas.

A Alemanha, que está muito envolvida com as negociações porque paga pela maior parte do pacote de ajuda à Grécia, lidera a pressão para que os novos bônus paguem taxas menores do que os credores buscam.

Os ministros das Finanças da França, François Baroin, e da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, se encontraram em

Dólar opera em baixa nesta segunda-feira

O dólar opera em baixa frente ao real na manhã desta segunda-feira (23), ampliando as perdas dos últimos dias, em linha com os mercados internacionais.

Perto das 9h35, a divisa dos Estados Unidos era negociada a R$ 1,750 para venda, em baixa de 0,50%.

A cotação chegou a operar com valorização em relação ao real na sexta-feira (20), mas a exemplo de todos os outros dias da semana, acabou fechando em queda. Com isso, o dólar completou cinco dias consecutivos de desvalorização e fechou a semana com queda de 1,72%.

Na sexta, a moeda norte-americana recuou 0,22% nesta sexta, a R$ 1,7593 para venda. No acumulado do ano, o dólar já recua 5,84%.


Fonte: Do G1, com informações da Reuters.

Soja tem forte alta com previsão de mais seca na América do Sul

Nesta segunda-feira, o mercado internacional de grãos voltou a registrar expressivas altas na Bolsa de Chicago. Os futuros da soja, do milho e do trigo fecharam o pregão noturno no terreno negativo e ampliaram os ganhos na sessão regular de hoje.

O clima quente e seco que assola o sul do Brasil e a Argentina, além de mais países produtores da América do Sul, ainda é o principal motivo para o avanço das cotações. As chuvas do último final de semana ficaram abaixo das expectativas e não foram suficientes para aliviar a situação das lavouras.

Para os próximos dias, as previsões do tempo indicam mais seca e altas temperaturas, além de poucas chances de tempo úmido e essas são condições que poderiam comprometer, ainda mais, a produtividade dessas plantações.

No cenário externo, fatores também positivo para o mercado de grãos. Nesta segunda-feira, o dólar opera em baixa, aumentando a competitividade das commodities norte-americanas no mercado exportador.

Além disso, as bolsas de valores operam em alta ao redor do mundo e o petróleo também opera em alta nesta segunda-feira, cenário que contribue para o suporte dos preços.

Na soja, na abertura do pregão regular (13h30 horário de Brasília), os principais vencimentos operavam com altas superiores a 27 pontos. Para o milho e o trigo, as altas eram de mais de 8 pontos. Acompanhe o andamento do mercado pelo Notícias Agrícolas.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Um terço da safra gaúcha está perdida

O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, divulgou, nessa quinta-feira (19), os primeiros dados parciais coletados pelos 137 Sindicatos Rurais gaúchos sobre as perdas na agropecuária em consequência da seca. Pelo levantamento, um terço da safra estimada inicialmente em 25,78 milhões de toneladas já foi perdido. A estimativa hoje é de 16,905 mihões de toneladas. Em porcentuais, a quebra no arroz é de 11%; no fumo de 22%; no milho de 54% e na soja de 36%. Deixará de ser gerado, devido ao impacto da seca no Valor Bruto da Produção (VBP) dos três setores da economia a soma de R$ 19,379 bilhões. No PIB do Estado, deixaremos de crescer 5,22% ou R$ 14,288 bilhões. No nível de emprego dos três setores da economia, 950 mil postos estão em risco devido aos efeitos da seca. Na arrecadação de ICMS a queda é de 6,14% em relação à de 2011 e em valores de R$ 1,1 bilhão.

Segundo o economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz, o PIB do RS poderá ser negativo em 2012 devido aos efeitos da seca. O efeito 2005 está voltando, advertiu Antônio da Luz.

Propostas

A Farsul está solicitando ao governo e ao sistema financeiro liberação do produto para capitalização dos produtores que tiverem perda superior a 40% na safra. Com o dinheiro da venda destes grãos que sobrarem da seca, o produtor faz caixa para manter a atividade e os empregos, ressalta Carlos Sperotto. Outro pedido é prorrogação no pagamento dos financiamentos de custeio para 5 anos com a primeira parcela paga em 2013. Nos financiamentos de investimento, a sugestão é jogar a parcela deste ano para o final do prazo, prorrogando em um ano o pagamento.

Sperotto alerta que se estas medidas não forem adotadas haverá desemprego em massa no RS, porque os empregados fixos serão dispensados e chamados somente na safra.

Núcleo de Acompanhamento da Seca

A Farsulcriou nesta quinta-feira o Núcleo de Acompanhmanto da Seca. Será feita adequação semanal dos dados com base nos números enviados pelos Sindicatos Rurais.O presidente Carlos Sperotto também sugeriu a criação de um Núcleo do Setor para unificar os dados de perdas na safra.


Fonte: Farsul

Chuvas na Argentina e dólar em alta pressionam grãos na CBOT

OS futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago estenderam as perdas do pregão noturno para a sessão regular desta sexta-feira. Por volta das 16h (horário de Brasília), os principais vencimentos operavam com baixas de mais de 10 pontos. O maio/12, referência para a safra brasileira, operava a US$11,94 por bushel, com 10 pontos negativos.

Para analistas, o que pressiona o mercado hoje são as previsões de chuvas na Argentina e mais a alta do dólar, além do desempenho fraco das bolsas de valores internacionais.

São esperadas precipitações durante o final de semana em regiões produtoras bastante importantes na Argentina e as mesmas poderiam aliviar o estresse que passam as lavouras por conta desse déficit hídrico.

Frente a essas previsões e mais um mercado financeiro não tão positivo, os traders parecem ter optado por reduzir sua exposição ao risco, também em função do final do semana, e estão liquidando algumas posições. A alta da moeda norte-americana acaba contribuindo para essa baixa das cotações, uma vez que reduz a competitividade da oleaginosa norte-americana.

Os mesmos fatores pressionam o mercado do milho na Bolsa de Chicago, uma vez que as lavouras do cereal da América do Sul também sofrem com os impactos da seca. O recuo, porém, era menor do que os registrados pela soja.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Soja: Demanda pela soja dos EUA impulsiona mercado em Chicago

Os preços da soja voltaram a subir na Bola de Chicago nesta quinta-feira. Depois das leves baixas de ontem, o mercado está, novamente, focando a forte seca que assola importantes produtores da oleaginosa na América do Sul.

Segundo alguns analistas, o mercado ainda não conhece o real tamanho da quebra da safra sulamericana, que é mais grave do que o que está sendo veiculado. Esse fator estaria dando suporte aos preços no mercado internacional, uma vez que diante de problemas com a oferta de exportadores como Brasil, Argentina e Paraguai, os compradores se voltam para a soja dos Estados Unidos.

Por outro lado, o analista de mercado Mário Mariano afirmou nesta quinta-feira em uma entrevista que o mercado já teria precificado essas perdas na América do Sul e somente a contabilização de novos prejuízos poderia impulsionar os preços a novas e significativas altas.

Os atuais patamares de preços também estão estimulando uma melhora da demanda pelo produto norte-americano e, com isso, empresas do mercado externo, principalmente as chinesas, voltaram às compras e estão antecipando a comercialização.

Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 110 mil toneladas de soja para a China a serem entregues na temporada 2012/13.

Entre os fatores externos, a baixa do dólar, o avanço do petróleo e o bom desempenho das bolsas de valores internacionais também contribuem para a sustentação dos preços.

Por volta das 14h50 (horário de Brasília), o vencimento março operava a US$ 11,94 por bushel, com alta de 11 pontos. Já o maio, referência para a safra brasileira, era cotado a US$ 12,02, subindo 8,75 pontos.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Confira o comentário do analista de mercado Liones Severo: SECA REDUZ SAFRA SUL AMERICANA DE GRÃOS

Minha viagem pelas lavouras de soja e milho do Rio Grande do Sul, constata que as quebras são muito maiores do que se pode imaginar.

O milho perdeu mais de 60pct, com situação completamente definida e, a soja tem perdas irreversíveis de 40pct e ainda com possibilidades de uma quebra ainda maior dependendo das chuvas até o final do mês de fevereiro.

Para o Paraguai já se pode computar perdas de 25pct e para a Argentina as quebras superam 15pct da safra de soja, que ainda dependem de boas chuvas por mais 30 dias.

Indiscutivelmente, uma perda de 12 a 15 milhões de toneladas nas lavouras de soja da América do Sul, causará um grande impacto nos preços das commodities agrícolas durante os meses de fevereiro e março, quando se define a produção sul americana que, juntamente
com a safra americana, dimensionam a capacidade de suprimento para o ano de 2012.

Desde 1980 tivemos 7 eventos de La Niña, mas nunca tiveram efeitos tão abrangentes como deste ano, que afetou cerca de 80pct das lavouras do Rio Grande do Sul, com extensão para o oeste do Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul, uma conhecida micro região afetada pela La Nina, em quase todos os eventos.

Historicamente o mês de janeiro não oferece uma tendência definida para os preços da soja no mercado de Chicago, mas fevereiro e março são meses de preços extremamente altos, principalmente com condições climáticas adversas.


Fonte: Liones Severo - Analista de mercado

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Com financeiro e estiagem na América do Sul, soja opera com volatilidade na CBOT

Nesta terça-feira, o mercado internacional da soja fechou o pregão noturno no vermelho e estendeu as perdas para o início da sessão regular na Bolsa de Chicago. Depois das fortes altas de ontem, os preços recuam realizando parte dos ganhos registrados nesta segunda-feira e também sentindo a pressão das incertezas no mercado financeiro. Porém, por volta das 14h10 (horário de Brasília), os preços passaram para o campo positivo e a registrar ligeiras altas.

De acordo com o analista de mercado Carlos Cogo, da Cogo Consultoria Agroeconômica, os problemas com a crise europeia - que ainda não apresentam soluções eficazes e duradouras - e mais as baixas taxas de crescimento dos Estados Unidos seguem preocupando os investidores, que acabam recuando dos ativos mais arriscados como as commodities agrícolas.

"Em dezembro, muitos investidores saíram do mercado de grãos e esse processo continuou em janeiro. E ainda não foi definitivamente precificado o vlume real de quebra da safra sulamericana de soja que é maior do que está sendo veiculado", explica o analista.

Para o analista, a safra do Brasil deve ficar entre 70 a 71 milhões de toneladas, na Argentina, consultorias trabalham com uma colheita entre 44 e 46 milhões de toneladas e, no Paraguai, a estimativa é de que a produção consiga chegar a 5 milhões de toneladas.

Diante disso, o recuo dos preços reflete o movimento dos traders de focar a situação ainda indefinida e bastante delicada do cenário externo e a incerteza sobre o tamanho das perdas na América do Sul.

Cogo orienta para que os produtores fiquem em "compasso de espera" para o momento em que a crise não seja mais o foco dos investidores e que eles se deparem com o volume real dos prejuízos na produção sulamericana.

Milho e Trigo - Diferente da soja, que nesta quarta-feira opera volátil, o trigo e o milho recuam em Chicago. Os mercados realizam lucros depois das fortes altas da sessão de ontem. Além disso, as incertezas do mercado financeiro e o dólar sustentado também pesam sobre as cotações.

No entanto, um fator que poderia limitar as baixas do milho é o reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da venda de 120 mil toneladas do grão para o Egito.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Estiagem faz Argentina decretar estado de emergência agropecuária

A Argentina decretou emergência agropecuária por conta da forte estiagem que assola o país. São cinco províncias seriamente afetadas pela seca. De acordo com um comunicado do Ministério da Agricultura, o estado de emergência será estendido até o final deste ano nos distritos das províncias de Buenos Aires e La Pampa, que sofrem com a ausência da chuvas.

Para a província de Misiones, o estado deve durar por 180 dias e para San Juan, até o dia 31 de maio. Já em Neuquén, o estado de emergência deve ser prolongado até março de 2013 por conta da combinação "de areia vulcânica (do vulcão chileno Puyehue) e seca que afeta as explorações pecuárias".

Entre outros benefícios, os produtores rurais que estão sofrendo com a seca podem encontrar ajuda com subsídios e isenções de impostos.

"Abrimos um diálogo com as entidades do campo para dar uma resposta rápida aos efeitos das contingências climáticas nas produções locais", disse o ministro da Agricultura argentino, Norberto Jaouhar, que novamente se reuniu com reuniu-se com representante do setor de importantes regiões produtoras para discutir os problemas do país.

Em 2008, a Argentina, um dos cinco maiores produtores globais de grãos, perdeu 35,4 milhões de toneladas em função da pior seca que atingiu o país desde o começo do século 20 por conta do La Niña.

Com informações da Agência EFE.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Prejuízos no RS com a seca só devem ceder em cinco anos

Enquanto a Região Sudeste sofre com as chuvas de verão, que mais uma vez provocam tragédias e mortes, a Região Sul tem prejuízos bilionários por causa de um efeito climático oposto: a seca, que arrasou lavouras inteiras nas últimas semanas. Em ambos os casos, apesar dos fenômenos ambientais serem históricos e previsíveis, apostou-se pouco em medidas preventivas.

O Rio Grande do Sul é o estado que acumula mais perdas com a estiagem, calculadas, até agora, em mais de 2,2 bilhões de reais. Em toda a Região Sul, cerca de 3,5 milhões de pessoas já foram afetadas pela seca. O governo gaúcho estima que só em cinco anos os danos dos produtores rurais começarão a diminuir. Até lá, deve dobrar a quantidade de áreas irrigadas nas lavouras de milho, soja, feijão e tabaco - as mais afetadas pela falta de chuva -, chegando a 150.000 hectares.

O chamado Plano Estadual de Irrigação, iniciado em 2009, na gestão da ex-governadora Yeda Crusius (PSDB), concentra várias medidas de médio prazo, como a construção de barragens, açudes e canais de distribuição de água. Mas apenas nesta terça-feira será apresentado ao sucessor da tucana, o petista Tarso Genro, um programa definitivo de incentivo à irrigação no estado, ainda em processo de finalização.

O objetivo é irrigar 10% das lavouras deste tipo o equivalente a 500.000 hectares. Este patamar tornaria sustentável a produção agrícola no estado, ou seja, seria o suficiente para o agricultor cobrir os custos de produção e o seguro da lavoura, reduzindo o seu prejuízo real.

Método

Atualmente, segundo o governo, o Rio Grande do Sul possui 5 milhões de hectares em plantações de grãos. Deste total, apenas 1,2 milhão é irrigado, sendo 1,1 milhão ocupado com lavouras de arroz, que usam o método de irrigação por inundação (que não exige o bombeamento da água).

Aproximadamente 75.000 hectares das lavouras de milho, soja, feijão e tabaco as mais castigadas pela seca - são irrigados pelo bombeamento da água a partir de um reservatório. Contudo, desde o lançamento do Plano Estadual de Irrigação, a área irrigada aumentou apenas 10.000 hectares.

Segundo o professor de Irrigação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Reimar Calesso, que trabalha em conjunto com o governo na elaboração dos estudos, no Rio Grande do Sul não há necessidade de irrigar 100% das plantações. "O solo é fértil e chove durante o ano mais do que o necessário para o sucesso das lavouras, afirma. O problema, explica, é a concentração das precipitações no inverno, tornando necessário armazenar água para a estiagem, no verão. A irrigação só é necessária na seca. Recursos hídricos já existem, é preciso criar meios para guardar a água do inverno para o verão".

Para criar um sistema de armazenamento e distribuição de água eficiente, o Plano Estadual de Irrigação prevê a construção de seis barragens, dois canais de distribuição de água, mais de 22.000 açudes e unidades de irrigação em bacias hidrográficas do estado. Segundo o governo, o investimento é de meio bilhão de reais, o que inclui recursos do Ministério da Integração Nacional e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.

O programa também inclui incentivos financeiros para o agricultor adotar a irrigação. Foi criada uma linha de crédito especial para o financiamento da instalação do sistema e, em alguns casos, há o subsidio de 20% a 80% do maquinário (motor, bomba e canos). O governo ainda promete agilizar a liberação de licenciamentos ambientais, promover cursos técnicos de manutenção e, para as localidades onde não há energia elétrica, prevê isenção do imposto sobre circulação de mercadorias (ICMS) para o diesel - usado como combustível nos equipamentos.

Cultura

O secretário de Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, diz que a solução para o problema da seca também passa por uma questão cultural. Os produtores gaúchos, diz, são arredios à tecnologia por causa do solo fértil e das chuvas concentradas. Nós temos que fazer o agricultor acreditar na irrigação. No ano passado choveu na hora certa, então os agricultores não quiseram adotá-la, afirma. O gaúcho achava que seca era problema apenas do Nordeste. A água na propriedade é tão importante quanto a terra. Este é um problema cultural que nós precisamos mudar.

Outro ponto importante no combate à estiagem é diversificar os grãos plantados em uma mesma propriedade rural. O agricultor não pode semear apenas uma cultura, seja milho, feijão ou soja. Diversificar é qualificar a agricultura familiar, afirma o secretário de Desenvolvimento Rural, Cooperativismo e Pesca, Ivar Pavan.

O diretor técnico da Associação Rio-grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Gervásio Paulus, afirma que também é preciso fazer um plantio escalonado, ao longo de várias semanas, e não concentrado em um único período, como é feito atualmente. O maior problema de a estiagem acontecer no verão é pegar justamente o período de florescimento da planta, ou seja, bem na época que mais precisa de água, diz Paulus. Se espalhar o plantio e a colheita ao longo de algumas semanas, o prejuízo deve diminuir sensivelmente em curto prazo.

Segundo a Emater, até o dia 9 de janeiro foram danificadas 37,5% das plantações de milho, 15% de soja e 6,2% de arroz. Em 2011, o estado produziu 26,5 toneladas de grãos enquanto neste ano a previsão é de 19,7 toneladas - uma diferença de quase 7 toneladas. O governo prevê, entre medidas emergenciais e de prevenção, um gasto de 54 milhões de reais no combate à estiagem nas cidades que mais sofreram com o efeito climático - sendo 28 milhões de recursos federais e 26,4 milhões oriundos do estado.

Fonte: Veja

SOJA: INCERTEZAS COM CLIMA E OUTROS MERCADOS IMPULSIONAM CHICAGO

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja
encerrou as operações da terça-feira com preços acentuadamente mais altos.
As preocupações com o clima seco na América do Sul e o bom desempenho de
outros mercados deflagraram o movimento de compra na volta do feriado
norte-americano.
Os investidores estão adicionando prêmio de risco aos contratos, em meio
às incertezas quanto ao comportamento do clima na Argentina e no Brasil no
médio prazo e os efeitos da persistente estiagem sobre a produtividade final.
No mercado financeiro, dia de otimismo, com bolsas, petróleo e outras
commodities em alta, enquanto o dólar

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Seca já ameaça contratos futuros

A seca ameaça o cumprimento de contratos futuros de venda de grãos no Estado. Atraídos pelos bons preços em 2011, produtores e cooperativas venderam, pelo menos, 15% da safra de milho de forma antecipada. Agora, com a quebra irreversível de 25,17% da produção, muitos não terão o que entregar às tradings a partir de março. A situação se agrava na medida em que o estrago avança na soja, onde o percentual de venda nessa modalidade chegou a 40% no ciclo 2011/2012.

Hoje, a Emater revisará para baixo a previsão de colheita da oleaginosa, estimada em 9,88 milhões de toneladas. No Interior, especialistas já especulam uma colheita ao redor de 7 milhões de toneladas. A impossibilidade de honrar o contrato traz prejuízo duplo ao campo. Além da frustração da receita, o produtor geralmente tem de cobrir a diferença entre o preço previamente acertado e o valor que a trading será obrigada a pagar pelo grão no mercado para manter seus embarques, explica Farias Toigo, diretor da Capital Corretora. Dependendo do contrato, o produtor pode pagar multa ou ele mesmo adquirir a matéria-prima de terceiro para garantir a entrega.

Por isso, o economista e professor da Unijuí, Argemiro Luis Brum, aconselha que, mesmo com preço atraente, a negociação antecipada se limite a 30% da produção. Assim, dificilmente o agricultor precisará romper o negócio, já que é bastante incomum uma quebra superior a 70%. Brum considera a venda futura um eficiente mecanismo de proteção de preço e avalia que o produtor gaúcho agiu certo, mas deu azar. "Nunca se vendeu tanto antecipado no RS. Foi uma atitude acertada, mas, infelizmente, aconteceu esse azarão do clima."


Fonte: Correio do Povo

Commodities sobem 10pct com impacto da seca

As cotações da soja e do milho subiram cerca de 10% nos últimos dez dias tanto na Bolsa de Chicago - referência para o mercado de commodities agrícolas quanto nas cotações domésticas. Segundo os analistas, a alta reflete a redução na produção sul-americana de grãos provocada pela seca.

No caso dos grãos afetados pelo clima mas pouco exportados – que sofrem interferência menor do mercado externo –, os reajustes são bem maiores. O preço do feijão carioca ao produtor saltou 42,4% no Paraná, chegando a R$ 145 a saca de 60 quilos. O consumidor deverá sentir reflexo proporcional no supermercado.

O bushel da soja (27,2 kg) chegou a US$ 12,4, o de milho (25,4 kg) a US$ 6,6 nos contratos com fechamento neste verão em Chicago. No Paraná, a cotação da soja passou de R$ 40,2 para R$ 43,5 e a de milho de R$ 20,3 para R$ 23 por saca (60 kg), com reajustes de 8% e 13% em menos de duas semanas.

As elevações são exclusivamente reflexo da quebra na América do Sul”, afirma o analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Eugênio Stefanelo. Ele sustenta que as perdas superam a cada dia os 4,5 milhões de toneladas de grãos da estimativa divulgada anteontem (10) pela Conab. O número tem base em dezembro. No Paraná, maior produtor nacional de grãos, o impacto do La Niña foi estimado em 1,72 milhão de toneladas pela companhia, mas chega perto de 3 milhões (t), avalia.

Na Argentina, conforme projeções de consultorias privadas e dados do governo, a quebra pode ser três vezes maior que a brasileira, passando de 15 milhões de toneladas. A safra de milho tende a cair da casa de 30 milhões para a de 20 milhões de toneladas e a de soja, de 50 milhões para 45 milhões (t).

Glauco Monte, consultor da FCStone, destaca que, nos últimos meses, os Estados Unidos, país que é o maior exportador mundial de grãos, divulgaram que vinham recompondo estoques. Porém, com a quebra climática, a América do Sul vai participar menos do mercado internacional. Se isso ocorrer, uma parcela maior que a prevista da produção dos Estados Unidos deve ser exportada, para preencher a demanda, inviabilizando acúmulo de grãos e elevando as cotações em Chicago.

Tanto as estimativas de safra quanto as precificações das quebras não chegaram ainda a um patamar definitivo, pondera Gil Carlos Barabach, analista da Safras & Mercado. No calor da notícia da seca, geralmente há exageros no mercado. É preciso esperar um pouco mais para se ter uma análise mais precisa das perdas e do impacto nas cotações.” Ele considera que as previsões que indicam quebra de 20% na soja e de 40% no milho no Sul do Brasil e na produção total da Argentina podem estar exageradas.


Fonte: A Granja

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Soja: USDA reduz estimativas para produção no Brasil e na Argentina

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) cortou suas projeções para a safra de soja do Brasil e da Argentina em seu relatório de oferta e demanda divulgado nesta quinta-feira. A estimativa para a produção mundial também foi reduzida.

Para o Brasil, os números do USDA apontam para uma colheita de 74 milhões de toneladas ante as 75 milhões de toneladas estimadas em dezembro. No caso da Argentina, a safra foi estimada em 50,5 milhões de toneladas. No mês passado, o departamento projetava 52 milhões de toneladas.

Os números foram revisados para baixo em decorrência da forte seca que atinge importantes regiões produtoras como o Sul do Brasil - no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina - e mais o Centro-oeste da Argentina.

China - A produção chinesa de soja na safra 11/12 foi mantida em 13,50 milhões de toneladas, assim como as importações da nação asiática, em 56,50 milhões de toneladas.

Mundo - No boletim desta quinta-feira, o USDA ainda reduziu sua estimativa para a produção mundial de soja em 0,30%. A projeção passou de 259,22 milhões para 257 milhões de toneladas.

Os estoques finais também foram reduzidos e as estimativas registraram um declínio de 1,72%, passando de 64,54 milhões para 63,43 milhões de toneladas.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

SOJA: RELATÓRIO DO USDA DERRUBA CHICAGO NO MEIO-PREGÃO

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja
opera com preços bem mais baixos no meio-pregão de hoje. A oleaginosa atinge
o pior patamar em três semanas, pressionada pelo relatório de janeiro do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado durante a
manhã, que foi considerado baixista pelos traders. Apesar de ter cortado as
estimativas para a safra do Brasil e da Argentina, o USDA surpreendeu o mercado
ao elevar consistentemente a sua projeção para os estoques finais
norte-americanos.
Para 2011/12, o USDA estima safra de 3,056 bilhões de bishels (83,17
milhões de toneladas), contra 3,046 bilhões de bushels (82,9 milhões de
toneladas) do mês passado. O esmagamento foi previsto em 1,615 bilhão de
bushels (43,95 milhões de toneladas), contra 1,625 bilhão (44,23 milhões) de
dezembro. A projeção de exportação foi cortada de 1,300 bilhão (35,38
milhões) para 1,275 bilhão (34,7 milhões de toneladas). Os estoques finais
foram elevados de 230 milhões de bushels (6,26 milhões de toneladas) para 275
milhões de bushels, ou 7,48 milhões de toneladas.
A safra brasileira está projetada em 74 milhões de toneladas e a
Argentina, em 50,5 milhões de toneladas. Em decorrência da estiagem, os
números foram revisados para baixo na comparação com dezembro, quando eram de
75 milhões e 52 milhões de toneladas, respectivamente.
Os contratos da soja em grão com entrega em março de 2012 estão cotados
a US$ 11,75 3/4 por bushel, baixa de 27,25 centavos de dólar por bushel em
relação ao fechamento anterior. As posições da soja em grão com entrega em
maio de 2012 estão cotadas a US$ 11,85 3/4 por bushel, perda de 26,75 centavos
de dólar por bushel em relação ao fechamento anterior.
No farelo, março de 2012 tem preço de US$ 304,60 por tonelada, retração
de US$ 8,20 por tonelada em relação ao fechamento anterior. No óleo de soja,
a posição março de 2012 vale 51,11 centavos de dólar por libra-peso,
desvalorização de 0,78 centavo de dólar em relação ao fechamento anterior.


FONTE: Safras e Mercado.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Europa ofusca EUA e mercados da Ásia fecham mistos

As bolsas de valores asiáticas fecharam sem tendência definida nesta quarta-feira (11), com preocupações sobre a zona do euro, antes de leilões de dívida na Espanha e na Itália, ofuscando o otimismo sobre as economias dos Estados Unidos e da China.

O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,4%, após alcançar o maior nível desde 9 de dezembro, com ganhos limitados por realizações de lucros.

"Ficou um pouco exagerado nos últimos dias, particularmente no índice de Xangai, mas o recuo hoje é realmente bem pequeno, por isso eu acho que isso é técnico diante do mercado um pouco comprado demais", disse Guy Stear, diretor de pesquisa do Société Générale em Hong Kong.

O índice referencial de Xangai recuou 0,42%, mas acumula alta de cerca de 7% desde a mínima da última sexta-feira. Em Hong Kong, o mercado avançou 0,78% neste pregão e acumula valorização de 4% na semana.

As ações da Austrália encerraram em alta de 0,85% e o índice asiático de recursos naturais subiu pelo segundo dia seguido no embalo dos preços do cobre, do petróleo e do ouro.

Em Tóquio, o índice Nikkei acompanhou o avanço das bolsas dos Estados Unidos, com esperanças por melhores resultados empresariais, mas preocupações com a zona do euro deixaram a alta contida, em 0,30%.

O índice de Seul encerrou em baixa de 0,41%. A bolsa de Taiwan teve leve alta de 0,13% e Cingapura avançou 1%.

Fonte: Reuters

USDA deve ampliar déficit global de milho e soja em 11/12

O déficit mundial de milho e soja na temporada 2011/12 provavelmente será revisado para cima no relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na quinta-feira, informou o Commerzbank, citando condições climáticas bem desfavoráveis na América do Sula.

O banco comunicou que muitos participantes do mercado preveem que as colheitas de milho e soja da região sofram seriamente por causa da seca, com temores de que as safras possam ser ainda mais prejudicadas do que em 2008/09, quando a pior seca em 70 anos deixou a sua marca.

Ajustes para baixo são esperados para Argentina, segundo principal exportador de milho do mundo e terceiro maior fornecedor global de soja, que enfrenta condições particularmente críticas.


Fonte: AgRural

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Grãos: quebra de safra reflete nos preços em MT

Quebra de safra provocada pela estiagem no Sul do Brasil e na Argentina começa a refletir na cotação da soja e do milho. No caso da soja, a reviravolta de preços acompanhou a mudança no calendário. Em dezembro, a saca da oleaginosa estava cotada na média de R$ 36 e passou a ser comercializada a R$ 42 em Mato Grosso, alta de 16,66%. Melhora nos preços volta a puxar a comercialização da commodity, que alcança 53%, de um total de 21 milhões de toneladas.

Desde setembro, quando os preços da soja recuaram no mercado internacional, as vendas antecipadas acompanharam o movimento, arrefecendo, relembra o analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca. Em dezembro de 2010, por exemplo, a comercialização antecipada chegava a 62% de toda produção. Então, podemos afirmar com certeza que a quebra de safra na América do Sul irá impactar nos preços, tanto para soja quanto para o milho.

Presidente da Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, acredita que a valorização alcançada até agora deve se manter para esta safra. Nossa recomendação é que os produtores façam a comercialização aos poucos, porque metade da produção já foi negociada a preços satisfatórios.

Mas acrescenta que o setor produtivo mato-grossense precisa de mudanças que garantam a rentabilidade do setor, como por exemplo, a melhoria das condições de transporte. Não podemos ficar contando com os prejuízos de uma seca em outras regiões para termos melhores condições de venda aqui.

Para o milho segunda safra, plantado no Estado imediatamente após a colheita da soja, 47% já foi comercializado, ao preço médio de R$ 17. Fávaro lembra que em outubro do ano passado, a cotação do grão chegou a R$ 20.


Fonte: A Gazeta

Bolsas da Ásia sobem, com cautela por crise da dívida da Europa

As bolsas de valores asiáticas fecharam com ganhos sólidos nesta terça-feira (10), mas preocupações sobre a zona do euro antes de importantes leilões de dívida ofuscaram parte do otimismo sobre as perspectivas econômicas em outras regiões, mantendo os investidores cautelosos sobre assumir posições mais arriscadas.

O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 1,71%, puxado pelo setor de recursos naturais depois que a Alcoa, maior produtora de alumínio dos Estados Unidos, deu uma perspectiva positiva para a demanda mundial.

A Alcoa ajudou a impulsionar as ações da Austrália, que fecharam com valorização de 1,14%, e o índice de Tóquio, que encerrou em alta de 0,38%.

Dados mostraram que as exportações e as importações da China cresceram no menor ritmo em mais de dois anos em dezembro, com redução na demanda estrangeira e doméstica.

E, com os problemas da Europa ofuscando os dados positivos dos Estados Unidos, os profissionais do mercado buscavam sinais de como a crise da zona do euro pode afetar o crescimento na Ásia.

Mesmo assim, as ações chinesas subiram neste pregão por esperanças de uma política monetária mais expansionista. O mercado avançou 0,73% em Hong Kong e a bolsa de Taiwan ganhou 1,21%, enquanto o índice referencial de Xangai disparou 2,69%, também por causa de uma recuperação técnica.

O índice de Seul subiu 1,46% e Cingapura avançou 1,06%.


Fonte: Reuters

SOJA: ESTIAGEM NO SUL PODE COMPROMETER SAFRA 2011-2012

Os agricultores brasileiros colheram mais de 75 milhões de
toneladas de soja no ano agrícola 2010-2011, o que representou uma safra
recorde. As condições climáticas favoráveis proporcionaram essa
produtividade, considerada a melhor da história. Por outro lado, segundo o
pesquisador da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, responsável pelo programa de
soja da Unidade, o cenário de preços e produtividade a serem obtidos pelos
produtores na safra 2011-2012 ainda está indefinido, apesar do aumento da área
plantada e da crescente elevação do nível tecnológico das lavouras de soja
em todo o país.
De acordo com levantamentos publicados em dezembro pela Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab) a área plantada de soja na safra 2011-2012 será de
24,350 milhões de hectares - 0,7% (169,2 mil hectares) superior à da safra
2010-2011. E a previsão para a produção de soja na safra 2011-2012 no Brasil
indica um volume de 71,287 milhões de toneladas, que é 5,46% (4,038 milhões
de toneladas) menor que a safra anterior.
Isso deve ocorrer especialmente por conta das condições climáticas
ocasionadas pelo fenômeno "La Niña" que estão afetando algumas das regiões
produtoras de soja mais importantes do Brasil. "Parte das regiões do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Sudeste de Mato
Grosso enfrenta longas estiagens desde os meses de novembro e dezembro, o que
já está comprometendo o desenvolvimento e a expectativa de produtividade das
lavouras", afirma.
De acordo com o estudioso, ainda não é possível afirmar qual será ao
certo o cenário de preços na colheita da safra 2011-2012. "Mas é prudente
que o produtor se prepare para uma situação mais apertada e se ajuste desde
já. É fundamental que ele fique de olho nas variações dos preços da soja e
na negociação da próxima safra", ressalta o pesquisador. Segundo ele, num
momento de preços elevados os possíveis desarranjos estruturais e de gestão
de cada propriedade puderam ser, em boa parte, compensados por um fluxo maior de
receitas. "Com os preços da soja menores associados aos custos dos insumos
maiores, tais problemas tendem a vir à tona", alerta. As informações partem
da Assessoria de Imprensa da Embrapa Cerrados.


FONTE: Safras e Mercado

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Argentina: Seca castiga a produção e coloca produtores em estado de alerta

A falta de chuvas também castiga severamente a produção agrícola da Argentina e os prejuízos contabilizados também já são bastante sérios. Por conta disso, neste domingo (8), os produtores argentinos declararam que estão em alerta. A estiagem se estende desde dezembro, qunado foi registrado um mínimo histórico de precipitações na região.

A seca no país sulamericano atinge principalmente a região central e ameaça a produção de grãos, soja e também compromete as reservas de gado do país.

De acordo com Eduardo Buzzi, presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), " a seca é cada dia mais grave em uma fase do ano chave para o sucesso ou fracasso da principal atividade agrária, que é a colheita bruta".

O presidente da Sociedade Rural de Santa Fé, Hugo Iturraspe informou que os bolsões de água estão se esgotando rapidamente e que, com isso, a província vai perder o estoque de gado. Iturraspe disse ainda que estão sendo feitas perfurações no solo para tentar hidratar o gado. No entanto, para dar de beber a 500 animais são necessários 40 mil litros de água por dia.

O milho e a soja são duas culturas bastante prejudicadas na Argentina assim como no Brasil. As lavouras do cereal passam por uma etapa crítica de seu crescimento e o as de soja estão em plena floração.

No entanto, segundo José Marcellino, diretor do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), uma precipitação nos próximos dias não serviria muito para o desenvolvimento do milho, uma vez que as perdas no rendimento já estão definidas. No centro e no sul de Córdoba, as perdas já estão estimadas em mais de 50% da produção.

Com informações da France Presse.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Estiagem na América do Sul faz soja disparar na Bolsa de Chicago

A semana começou positiva para o mercado internacional de grãos. A soja, o milho e o trigo operam com fortes ganhos na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira. As perdas registradas na sexta-feira foram rapidamente recuperadas ainda na sessão noturna de hoje, onde a soja fechou com mais de 10 pontos de alta.

Seguindo o movimento positivo, os futuros da soja, do milho e do trigo ampliaram a alta para o pregão regular. Às 15h55(horário de Brasília), registrava quase 30 pontos de alta nos principais vencimentos.

Novamente, o mercado segue refletindo o clima quente e seco que castiga a América do Sul. As condições climáticas continuam bastante desfavoráveis e o cenário abre espaço para essa alavancagem dos preços, com os investidores adicionando um prêmio climático aos contratos, contribuindo para sua valorização.

O Brasil e a Argentina, principais exportadores diretos de soja depois dos Estados Unidos, vem registrando sérios prejuízos com a seca que deverão até mesmo já ser contabilizados no próximo relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na próxima quinta-feira, 12.

Para o analista de mercado Pedro Dejneka, da corretora RJ O'Brien, de Chicago, depois desse boletim será possível mensurar melhor o problemas e seus resultados. Com isso, o que se pode observar no mercado é um movimento de cobertura de posições vendidas frente a essa divulgação.

Financeiro - O dia positivo também no mercado financeiro contribuiu para essa forte alta vista no mercado de grãos hoje. Nesta segunda-feira, as bolsas de valores operaram em alta, com os índices se consolidando, principalmente na Ásia.

Além disso, boas notícias vindas da China, de que o governo continuará a incentivar com o bom desenvolvimento da atividade econômica local, o que poderia ser refletido em uma retomada da aquecida demanda chinesa por commodities agrícolas também foram vistas como fatores de impulso para os preços na sessão de hoje.'


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mende

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Taxa de desemprego na zona do euro fica em 10,3pct em novembro

O índice de desemprego na zona do euro (17 países que compartilham a moeda) ficou em 10,3% da população ativa em novembro, a mesma taxa registrada de outubro, segundo divulgou, nesta sexta-feira (6), a Eurostat. No mesmo período do ano passado, o desemprego atingira 10,0%.
Já a taxa de desemprego no conjunto dos 27 países da União Europeia ficou em 9,8% em novembro, também sem variação em relação ao mês anterior. Em novembro de 2010, o indicador ficara em 9,6%.

Apesar da estabilidade na taxa de desemprego, houve elevação no número de desepregados. A agência oficial de estatísticas da Europa estima que 23,674 milhões de pessoas estava desempregadas em novembro nos países da União Europeia, dos quais 16,372 milhões na zona do euro. Os números representam uma alta de 55 mil na União Europeia e 45 mil na zona do euro na comparação com o mês anterior.

Entre os países avaliados pela Eurostat, as taxas mais baixas de desemprego foram verificadas na Áustria (4,0%), Luxemborgo e Holanda, ambos com 4,9%. Já a Espanha voltou a ter a maior taxa, de 22,9%.


Fonte: G1.com

Perdas com a seca já se aproximam de R$ 3 bi no Sul

As perdas agrícolas derivadas da estiagem provocada pelo fenômeno La Niña na região Sul do país já são calculadas em quase R$ 3 bilhões. Ontem, o governo do Paraná divulgou que o prejuízo no Estado chega a R$ 1,5 bilhão. No Rio Grande do Sul, a estimativa foi elevada de R$ 500 milhões para quase R$ 900 milhões, e na quarta-feira Santa Catarina projetou as perdas locais em R$ 400 milhões. Nos três, o quadro ainda pode piorar. Com o balanço paranaense, a soja entrou definitivamente na lista das lavouras mais afetadas, ao lado de milho e feijão.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura do Paraná, com os problemas nas três frentes a quebra da safra de GRÃOS de verão deste ciclo 2011/12 será de pelo menos 2,6 milhões de toneladas no Estado - 11,5% de uma colheita total inicialmente calculada em 22,1 milhões. E o problema deve se aprofundar porque não há previsão de regularização das chuvas para as principais regiões de cultivo nos próximos dias.

"O próximo relatório, no fim de janeiro, infelizmente pode vir com perdas maiores", diz Marcelo Garrido, coordenador da divisão de conjuntura do Deral. Em novembro e dezembro, o regime de chuvas no Paraná foi abaixo do normal. A projeção inicial para a produção de soja era de 14,2 milhões de toneladas, mas foi reduzida para 12,7 milhões. O prejuízo para a oleaginosa, carro-chefe do agronegócio brasileiro, será de R$ 1,02 bilhão no Estado. Em algumas regiões, a quebra foi maior - 15,3% no oeste e 19% no noroeste.

No caso do milho, como houve aumento de 21% na área plantada, havia uma expectativa de que a colheita atingisse 7,4 milhões de toneladas, 21% mais que as 6,1 milhões da safra anterior. Com a seca, a previsão caiu para 6,4 milhões de toneladas, com perdas avaliadas em R$ 379,7 milhões. No sudoeste paranaense, a quebra chega a 29%. No feijão, a estimativa para a safra recuou de 430 mil para 348 mil toneladas, com prejuízo de R$ 117,4 milhões.

Na safra 2005/06, o La Niña também resultou em seca e prejuízo para os agricultores do Paraná. Na época, 4,13 milhões de toneladas de GRÃOS deixaram de ser colhidos. Outra safra que registrou frustração por causa de estiagem foi a de 2008/09, quando 5,06 milhões de toneladas deixaram de ser colhidas no Estado. Garrido comenta que existe a previsão de que os efeitos do La Niña perdurem por todo o verão. Conforme a secretaria, chuvas na última semana de 2011 amenizaram a situação. Ontem, choveu no fim do dia em Curitiba, mas para o oeste e o sudoeste as chances de chuva são pequenas.

No Rio Grande do Sul, a Emater-RS divulgou ontem a primeira projeção "oficial" de perdas nas lavouras de milho, soja e feijão provocadas pela estiagem. A quebra consolidada nas três culturas em comparação com as previsões iniciais para a safra 2011/12 já alcança 11,2%, ou quase 1,8 milhão de toneladas - que, com base nos preços médios pagos aos produtores nesta semana no Estado, valem R$ 871,9 milhões, acima da estimativa de perdas de R$ 500 milhões divulgada na quarta-feira pelo governador em exercício, Beto Grill.

Segundo o engenheiro agrônomo da gerência de planejamento da Emater-RS, Gianfranco Bratta, os números devem piorar, porque a seca perdura. E como os prognósticos climáticos para janeiro e fevereiro também são desfavoráveis, ele teme um quadro similar ao de 2004/05, quando a produção de soja no Estado despencou para 2,4 milhões de toneladas e a de milho, para 1,5 milhão.

A maior perda até agora ocorreu nas lavouras de milho, que devem produzir 4 milhões de toneladas, ante as 5,3 milhões previstas inicialmente. A diferença corresponde a um prejuízo de R$ 562,2 milhões. Conforme Bratta, 45% da área plantada está em fase de floração e enchimento de GRÃOS, quando a necessidade de água é maior - 10% estão maduros para colheita e 2% foram colhidos. Em 2010/11 a produção alcançou 5,8 milhões de toneladas.

Para a soja, a estimativa foi revisada de 10,3 milhões para 9,9 milhões de toneladas. A diferença equivale a R$ 298,3 milhões e pode crescer nos próximos dois meses, já que a floração das lavouras começa agora e os GRÃOS começam a se formar em fevereiro. "Estamos entrando no período mais crítico para a soja", diz Bratta. Na safra passada, a colheita do grão rendeu 11,7 milhões de toneladas.


Fonte: Valor Económico