A soja iniciou o pregão desta sexta-feira (14) em alta, registrando ganhos em três dos principais vencimentos e estabilidade no contrato setembro. No início da tarde, no entanto, os contratos novembro e janeiro mudaram de lado e passaram a operar no negativo. No final do pregão, o vencimento Março/13 também apresentou queda, com perdas de 2,25 pontos, assim como o de setembro, com perdas de 7,00 pontos. Para novembro/12, a oleaginosa encerrou o dia cotada a US$17,39,com perdas de 8,25 pontos.
De acordo com o analista de mercado Pedro Dejneka, as fortes altas apresentadas pela soja após o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foram uma devolução das perdas que aconteciam nos dias anteriores, pois o mercado neste momento não tem muita força para continuar subindo. As medidas anunciadas ontém (13) pelo Comitê Federal de Mercado Aberto do Banco Central americano trouxeram otimismo ao mercado, mas após a euforia, os investidores passaram a olhar novamente para os fundamentos. "Estamos entrando em colheita, que é uma época de pressão nos preços, e o mercado está realizando lucros novamente", diz Dejneka. Segundo o analista, nas próximas duas semanas deve ser difícil que haja uma sustentação de novas altas para a oleaginosa, a não ser que hajam novos dados de demanda.
O milho, que também iniciou a sexta-feira (14) em território positivo na CBOT, manteve o movimento de leve alta no fechamento da sessão. O cereal recebeu influência das fortes altas registradas pelo trigo durante a manhã e tarde de hoje. O vencimento setembro para o milho fechou o dia a US$7,77/bushel. O contrato de dezembro finalizou a sexta feira (14) cotado a US$7,82, com alta de 8,75 pontos.
O trigo também fechou o pregão de hoje operando em alta em Chicago. A principal motivação dos investidores continua sendo a preocupação com a quebra na safra de importantes regiões produtoras do cereal, e agora com a seca na Austrália. Além disso, a expectativa de compras de trigo norte-americano pelo Egito também influencia o movimento de alta. O contrato setembro fechou o dia cotado a US$8,97/bushel, registrando ganhos de 18,50 pontos. Para o vencimento dezembro, o cereal terminou o dia operando a US$9,24, ganhando 22,25 pontos.
Fonte: Notícias Agrícolas // Thaís Jorge