A sexta-feira foi de fortes altas para o mercado internacional da soja. Os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago recuperou-se e encerrou a semana com altas de dois dígitos na sessão regular de hoje. Os principais vencimentos fecharam a última sessão regular de hoje com pouco mais de 16 pontos.
O quadro de oferta e demanda apertado volta aos holofotes dos investidores e seguem dando sustentação aos preços, confirmando uma tendência de alta para a soja que já vinha sendo sinalizada pelos analistas de mercado.
Os temores são de uma oferta mundial bastante restrita da commodity, principalmente por conta das perdas na América do Sul. Hoje, o Ministério da Agricultura da Argentina informou a safra de soja em 44 milhões de toneladas, a qual era esperada para superar a 50 milhões de toneladas inicialmente.
Essas quebras na safra de importantes fornecedores mundiais tem estimulado o aumento da demanda pela soja norte-americana, movimento que há meses vem dando sustentação para as cotações.
Além disso, ainda pode ser sentida a influência das expectativas sobre as estimativas de plantio para a safra 2012/13 nos Estados Unidos que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no próximo dia 30.
De acordo com analistas ouvidos pela agência Bloomberg, há expectativas de que os produtores norte-americanos irão ampliar a área de milho em detrimento da soja na safra 2012/13.
Este ano, a área norte-americana de milho deverá aumentar 3,1%, chegando a 38,37 milhões de hectares, enquanto o espaço destinado à soja deve registrar um aumento de 2,3%, passando a 31,04 milhões de hectares, de acordo com uma pesquisa feita pelo Linn Group, de Chicago.
O milho e o trigo também fecharam a semana no azul. A valorização do trigo e da soja foram os principais motivos de alta para os futuros do milho. Além disso, o cereal também se apoio na queda do dólar e no dia positivo para o petróleo e os metais.
Já o mercado do trigo avançou apoiado na previsão de clima favorável para áreas produtoras dos Estados Unidos e e também em uma provável lredução na safra europeia, o que poderia incentivar a demanda para o produto dos EUA.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes