Com a soja ainda valorizada no mercado internacional e os bons preços pagos no mercado interno, o produtor mato-grossense está atingindo a melhor rentabilidade dos últimos anos, permitindo a retomada dos investimentos em solo, calagem e renovação da frota agrícola. “Esta safra vai render R$ 2 bilhões, mas como o setor deve R$ 10 bilhões, precisaríamos de mais quatro safras cheias apenas para pagar as dívidas. Acredito que este ano será só para começar a pagar as contas”, afirma o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Glauber Silveira.
Produtores que guardaram mais soja para comercializar após a colheita aproveitaram os melhores momentos dos preços com a boa cotação da oleaginosa. “[2011] É um ano muito bom para a soja, sem dúvida, mas o produtor tem de estar atento aos movimentos do mercado e vender o restante da produção nos melhores momentos dos preços”, observa Silveira. Ele diz que, apesar do recuo, os preços ainda continuam atrativos para o produtor e tendem a continuar valorizados.
Em Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), no mês de abril, a média mensal esteve a R$ 39,55/saca, 34,2% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Em relação a março, de 2011 houve uma queda de 4,3%. Esta semana, os preços chegaram a R$ 40. Em Primavera do Leste, a soja chegou a ser comercializada por até R$ 41 e, em Sorriso, os preços tiveram indicação de R$ 37,40/saca, deixando a média mensal de R$ 34,62/saca e variação anual de 34,5%. Em Campo Verde, a cotação chegou a R$ 39,50 e, em Lucas do Rio Verde, R$ 38.
Fonte: Diário de Cuiabá