A falta de novidades no mercado da soja e a expectativa para o relatório do USDA de amanhã (12), que trará os reais números sobre a safra norte-americana de grãos, contribuiu para o fechamento de mais um dia de recuo para as cotações da oleaginosa. O movimento negativo faz parte de uma realização de lucros após as recentes altas atingidas. Outro fator de influência para o cenário de baixas registrado hoje (11) foi a divulgação dos dados sobre as condições de lavouras da oleaginosa nos Estados Unidos, que estão 2% melhores que no último levantamento, de agosto. O contrato set/12 encerrou negociado a US$16,96/bushel, com queda superior aos 16 pontos. O contrato de novembro fechou em US$17,01/ bushel, recuando mais de 17 pontos.
A expectativa para o relatório de amanhã, segundo o analista de mercado Bruno Perottoni, da Terra Investimentos, é que mais uma vez o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) diminua as estimativas para a produtividade das lavouras de milho e soja norte-americanas. De acordo com ele, os números de produtividade para a oleaginosa devem chegar a 35 bushels por acre, o que equivale a cerca de 39,7 sacas por hectare. Para o milho, a estimativa é de aproximadamente 120 bushels por acre, o equivalente a uma média de 127 sacas por hectare. A demanda continua forte para a oleaginosa e os fundamentos ainda são altistas.
O milho, que iniciou a sessão eletrônica na CBOT em alta nesta terça feira (11), recuou ao longo do dia e fechou as cotações em terreno negativo para os contratos mais longos. A posição dezembro fechou o dia cotada a US$ 7,77 por bushel, com recuo superior aos 5 pontos. Mesmo com o avanço da colheita nos Estados Unidos, a expectativa pré-relatório do USDA ainda toma conta do mercado, com os investidores tentando se posicionar frente aos números que serão divulgados.
O trigo, que no início do pregão em Chicago operava em território misto, também fechou o dia no vermelho. O contrato setembro/12 teve um recuo acima dos 8 pontos, negociado a US$ 8,60 por bushel. Ainda que haja uma preocupação mundial com a quebra de safra do cereal na Rússia e Austrália e a escassa oferta do produto, a tentativa de posicionamento dos investidores com relação ao relatório de oferta e demanda da safra norte-americana, que será divulgado amanhã(12), ainda puxa os preços para baixo.
Fonte: Notícias Agrícolas // Thaís Jorge