Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



segunda-feira, 14 de maio de 2012

MERCADO: DÓLAR PRÓXIMO DE R$ 2,00 SUSTENTA PREÇOS DA SOJA NO BRASIL

A valorização do dólar frente ao real, com a moeda
americana se aproximando de R$ 2,00, deu sustentação aos preços da soja no
mercado físico brasileiro, apesar da queda nas cotações futuras em Chicago. A
comercialização foi apenas moderada, com parte dos agentes se aproveitando do
câmbio favorável.
Com isso, alguns vendedores estão aproveitando esta firmeza dos preços
para negociar, já que há o receio de que Chicago volte a cair mais nos
próximos dias.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos passou de R$ 59,50 para R$ 60,50.
Na região das Missões, o preço subiu de R$ 59,00 para R$ 60,00 por saca. No
porto de Rio Grande, os preços avançaram de R$ 62,00 para R$ 63,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 58,00 para R$ 59,00. No porto
de Paranaguá (PR), foi indicado preço de R$ 63,00 por saca, contra R$ 62,00
da sexta-feira. Em Rondonópolis (MT), o preço seguiu em R$ 58,00 por saca. Em
Dourados (MS), a saca fechou em R$ 55,50, repetindo a sexta.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja encerrou as
operações da segunda-feira com preços mais baixos. A exemplo do que ocorreu
na sexta, o mercado voltou a ser pressionado por vendas especulativas, que
colocaram o contrato julho no menor nível desde 29 de março. O cenário
financeiro global negativo garantiu a pressão sobre as cotações futuras.
As incertezas em relação ao quadro político e o impacto sobre a economia
europeia determinaram perdas no mercado financeiro mundial. O petróleo caiu
mais e 1% em Nova York. As bolsas de valores e os metais também recuaram, assim
como o índice CRB, que mede o desempenho das commodities. Já o dólar se
valorizou frente a outras moedas, retirando competitividade da moeda americana.

O clima favorável ao plantio e ao desenvolvimento inicial das lavouras
americanas também contribuiu para a ação dos especuladores na ponta
vendedora, derrubando os principais contatos para níveis abaixo da casa de US$
14,00 por bushel.
Os contratos da soja em grão com vencimento em julho fecharam com perda de
19,00 centavos de dólar a US$ 13,87 por bushel. A posição agosto teve baixa
de 20,75 centavos de dólar, encerrando a US$ 13,72 3/4 por bushel.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo teve preço de US$ 403,50 por
tonelada, perda de US$ 5,00. Os contratos do óleo com vencimento em julho
fecharam a 51,30 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,94 centavo frente
ao fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial encerrou as negociações hoje com alta de 1,73%, a R$
1,9880 para compra e R$ 1,9900 para venda. Durante o dia a moeda norte-americana
oscilou entre a mínima de R$ 1,9760 e a máxima de R$ 2,0030.


FONTE: Safras e Mercado.

Tensão no financeiro pressiona futuros da soja em Chicago

A segunda-feira é de tensão no mercado financeiro. O mau humor e a extrema aversão ao risco tomaram conta dos negócios hoje, provocando um forte recuo de importantes commodities e das principais bolsas de valores ao redor do mundo, e aproximando o dólar, no Brasil, dos R$ 2.

A pressão mais forte vem da crise, agora predominantemente política, na Grécia, onde se busca um novo governo de coalizão. Segundo uma matéria do site do jornal Valor Econômico, integrantes do Banco Central Europeu já falam explicitamente na possibilidade de o país deixar a zona do euro.

Além disso, dados atualizados mostram que a produção industrial da Zona do Euro recuou 0,3% em março, e 0,4% em toda a União Europeia em relação ao mês anterior. Os dados negativos contribuem para o quadro negativo e estimulam a aversão e o desempenho ruim dos mercados.

Paralelamente, a Alemanha e a Espanha também não trazem boas notícias. A agência de classificação de risco Moody's alertou para um possível aumento do endividamente espanhol por conta da situação delicada dos bancos. Já em território alemão, as preocupações são com o fato do partido de Angela Merkel ter perdido as eleições em um importante estado.

Diante desse quadro de incertezas e temores, a soja registra um dia bastante negativo na Bolsa de Chicago. No pregão noturno de hoje, a oleaginosa chegou a perder mais de 25 pontos e estendeu o recuo para a sessão regular. Por volta das 13h50 (horário de Brasília), o vencimento julho era cotado a US$ 13,82, perdendo 11,50 pontos. O contrato maio operava a US$ 12,77, perdendo 16,75 pontos.

O mercado internacional da soja sofre esse contágio da turbulência do financeiro, que se mostra bastante latente nesta segunda-feira. Os investidores estão bastante avessos ao risco, deixando suas posições em ativos tão voláteis, como as commodities agrícolas, e migrando para investimentos mais seguros, como o dólar. Hoje, a moeda norte-americana exibe um firme avanço, se aproximando dos R$ 2.

Como explica o analista de mercado Flávio França, da agência Safras & Mercado, o que se observa hoje é uma fuga de investidores, de especuladores, principalmente de soja. Isso acontece já que a oleaginosa vinha mantendo um posicionamento especulativo maior do que milho e trigo. "O movimento agora é vender soja e comprar milho e trigo, em operações de spread. E é difícil a soja continuar em alta ", afirma.

Outro fator que já começa a exercer alguma pressão no mercado da soja são as expectativas para a safra 2012/13 dos Estados Unidos. França afirma que "sem nenhum problema de clima nos EUA, é bem provável que os picos de preços da soja já tenham sido atingidos".


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes