A valorização do dólar frente ao real, com a moeda
americana se aproximando de R$ 2,00, deu sustentação aos preços da soja no
mercado físico brasileiro, apesar da queda nas cotações futuras em Chicago. A
comercialização foi apenas moderada, com parte dos agentes se aproveitando do
câmbio favorável.
Com isso, alguns vendedores estão aproveitando esta firmeza dos preços
para negociar, já que há o receio de que Chicago volte a cair mais nos
próximos dias.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos passou de R$ 59,50 para R$ 60,50.
Na região das Missões, o preço subiu de R$ 59,00 para R$ 60,00 por saca. No
porto de Rio Grande, os preços avançaram de R$ 62,00 para R$ 63,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 58,00 para R$ 59,00. No porto
de Paranaguá (PR), foi indicado preço de R$ 63,00 por saca, contra R$ 62,00
da sexta-feira. Em Rondonópolis (MT), o preço seguiu em R$ 58,00 por saca. Em
Dourados (MS), a saca fechou em R$ 55,50, repetindo a sexta.
Chicago
A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja encerrou as
operações da segunda-feira com preços mais baixos. A exemplo do que ocorreu
na sexta, o mercado voltou a ser pressionado por vendas especulativas, que
colocaram o contrato julho no menor nível desde 29 de março. O cenário
financeiro global negativo garantiu a pressão sobre as cotações futuras.
As incertezas em relação ao quadro político e o impacto sobre a economia
europeia determinaram perdas no mercado financeiro mundial. O petróleo caiu
mais e 1% em Nova York. As bolsas de valores e os metais também recuaram, assim
como o índice CRB, que mede o desempenho das commodities. Já o dólar se
valorizou frente a outras moedas, retirando competitividade da moeda americana.
O clima favorável ao plantio e ao desenvolvimento inicial das lavouras
americanas também contribuiu para a ação dos especuladores na ponta
vendedora, derrubando os principais contatos para níveis abaixo da casa de US$
14,00 por bushel.
Os contratos da soja em grão com vencimento em julho fecharam com perda de
19,00 centavos de dólar a US$ 13,87 por bushel. A posição agosto teve baixa
de 20,75 centavos de dólar, encerrando a US$ 13,72 3/4 por bushel.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo teve preço de US$ 403,50 por
tonelada, perda de US$ 5,00. Os contratos do óleo com vencimento em julho
fecharam a 51,30 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,94 centavo frente
ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações hoje com alta de 1,73%, a R$
1,9880 para compra e R$ 1,9900 para venda. Durante o dia a moeda norte-americana
oscilou entre a mínima de R$ 1,9760 e a máxima de R$ 2,0030.
FONTE: Safras e Mercado.