Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Crise mundial não deve afetar o consumo de soja e milho, diz analista

A “tempestade” em que se encontra a economia mundial não deve interferir negativamente no consumo de soja e milho, avalia o analista de commodities agrícolas Steve Cachia, da Cerealpar, que acaba de chegar do Congresso Mundial de Grãos, realizado em Singapura. Ele pontua que os baixos estoques mundiais e a demanda crescente por alimento contribuem para isso. “O que deixa a gente mais otimista é que por sorte a crise não esta afetando a demanda por soja e milho. A Ásia está aprendendo a comer melhor hoje e isso pode ajudar o mercado mais à frente. Passado esse efeito negativo, poderemos ter uma tendência altista novamente”, disse, em entrevista ao Olhar Direto.

O analista diz que a crise econômica originada na Grécia e impactada com problemas financeiros da Itália e da Espanha já se desenhava desde o ano passado. Lembra, ainda, que nos momentos de risco, o posicionamento dos fundos de investimentos é de aversão, saindo dos mercados.

“Já vinha alertando há alguns meses. Eu estava na Europa no verão e o que se percebia era o pessoal com medo de recessão, repetir o que aconteceu em 2008, quando os preços de soja estavam altos e acabaram despencando por causa da crise nos Estados Unidos”.

A turbulência nas bolsas não deve afetar os preços – pelo menos em curto prazo – para os agricultores brasileiros. Steve diz que a queda na cotação do buschel da soja na Bolsa de Chicago foi absorvida pela alta do dólar no Brasil. “Os preços estavam se aproximando de US$15 o bushel e caíram para US$ 12, mas o cambio ajudou e o mercado não sentiu tanto a magnitude dessa queda em função do câmbio. Porém, para 2012, pode ter resultado negativo, pois o momento é de pressão sobre os preços”.

Cachia atenta para a necessidade de o produtor mato-grossense garantir os custos de produção da safra que se inicia, com venda antecipada de parte da soja. “Tenho notado nesse ultimo ano que Mato Grosso aprendeu com as lições do passado e não fica esperando. Quem já negociou parte da safra garantiu os custos. Quem está com porcentagem de venda antecipada muita baixa, na casa dos 10 a 15%, o ideal é adiantar a negociação. Quem já vendeu para suprir o custeio pode esperar mais um pouco para negociar a outra parte”, pontua Steve.

Fonte: Olhar Direto

Valorização do dólar pode beneficiar agronegócio

Apesar da queda no pregão desta sexta, dia 23, o dólar encerrou a semana em alta de 6,47%. E, de acordo com analistas de mercado, a cotação maior da moeda americana pode trazer benefícios para o agronegócio.

A fuga para o dólar nos últimos dias fez do real a moeda mais desvalorizada em relação a moeda norte-americana. Segundo economista da Tendências Consultoria, Bruno Lavieri, só no mês de setembro, a desvalorização foi de 13%, e só não foi maior porque o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Para o analista, esta situação, a princípio, beneficia quem exporta, mas requer atenção.

– O exportador ao mesmo tempo em que se beneficia do câmbio desvalorizado, ele tem alguma dificuldade no momento de se proteger desta variação do câmbio, da volatilidade muito alta. O hedge fica muito caro e as opções são mais escassas. Por isto o Banco Central interveio no mercado futuro para tentar irrigar neste momento que estava esvaziado, mesmo assim ainda é um cenário de incerteza difícil, passageiro – relata o economista.

Mesmo com o cenário de incerteza na economia global, para o agronegócio essa valorização do dólar tem sido positiva, avalia o especialista no mercado de câmbio, Mario Battistel.

– Para o nosso produtor, pro nosso mercado de commodities, para o setor agrícola principalmente, foi excelente porque ele tinha um mercado cativo lá fora tomados, com preços estáveis. Só que ele vendia os dólares que apurava das exportações, num preço cada vez mais baixo. Com as mexidas que tivemos nesta última semana pelo menos deu uma recuperada. Então eventualmente ele está ganhando alguma coisa ou perdendo menos na hora dele vender os dólares apurados na exportação – afirma o gerente de câmbio.

O diretor geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), Sergio Mendes, ressalta que os preços de commodities estão caindo, mas ainda estão em níveis altos. Assim, o dólar fortalecido traz outra vantagem, o desconto do frete fica menor.

– Você tem uma tripla combinação. Receita proveniente de preço relativamente bom, dólar muito alto e menos desconto via frete, então a receita vai ficar bonita, lá em cima. Eu, se fosse produtor, estaria vendendo – conta o diretor.

Mas este o economista Roberto Troster faz um alerta: as vantagens do dólar mais valorizado são de curto prazo e ainda em um cenário de volatilidade. No médio e longo prazo, as consequências para o setor do agronegócio dependem mais da situação da economia da China.

– Quando o dólar sobe, a receita do agronegócio aumenta. Só que neste caso você está tendo volatilidade, oscila muito então você tem que tentar vender num momento que o dólar está alto e tentar comprar os insumos valorizados no momento que o preço é baixo. Tem muita volatilidade, é ruim porque gera incerteza, o resultado do agronegócio acaba dependendo mais do mercado financeiro, a médio prazo você vai ter mais inflação e mais inflação implica numa perda real de uma série de fatores – explica.

Fonte: Canal Rural