Jesus

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

La Niña fraco pode permitir safras recordes no Brasil

E num cenário de crescimento de área plantada e maiores investimentos, as chances de safras recordes ficam maiores.

O Brasil está na fase intermediária de plantio de soja e milho, os dois principais grãos produzidos no país, e ainda serão necessários pelo menos mais dois meses para que as culturas atinjam fases críticas em que chuvas são necessárias.

Mas no que depender dos modelos climáticos, e do que eles indicam em relação ao La Niña, o produtor não tem muito com o que se preocupar.

"Pelo menos por enquanto, não tem nada tão alarmante", afirmou a agrometeorologista Ana Ávila, diretora do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp, parceira da estatal Embrapa.

O La Niña, fenômeno caracterizado pelo esfriamento das águas na região central do oceano Pacífico, tende a interferir no clima em algumas regiões brasileiras importantes produtoras de grãos. Mas neste ano ele se configura como menos intenso e ocorrerá em um período mais curto, explicam os especialistas.

"A grande característica dessa La Niña, diferente da de 2010/11, é que ela vai ser de intensidade moderada, por isso que ela é 'light', mas estão falando isso porque ela vai ser de tiro curto, de curta duração", afirmou o agrometeorologista da Somar, Marco Antônio dos Santos.

O La Niña na safra passada estendeu-se de junho de 2010 até o outono de 2011. O atual provavelmente começará na segunda metade da primavera, acabando no outono.

"No que depender do fenômeno, os problemas serão mínimos", acrescentou Santos, lembrando que na safra atual o La Niña no Sul do Brasil deve ser marcado por alguns períodos de falta de chuva, que podem variar de uma semana a dez dias.

O La Niña pode causar a redução do volume de chuvas na metade sul do Rio Grande do Sul, no sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina. Além disso, o fenômeno pode trazer chuvas intensas e concentradas em períodos de colheita no Centro-Oeste e Sudeste.

Mas "a intensidade da La Niña a princípio vai ser bastante fraca, a diferença da temperatura do oceano Pacífico em relação à média está baixa, menos de um grau na região estudada. Então o reflexo não é tão significativo", ressaltou Samuel Braun, meteorologista do Simepar, do Paraná.

No entanto, o La Niña tem feito alguns órgãos públicos e privados a manterem a cautela em relação à próxima safra, apesar de tudo indicar que o plantio de soja será recorde, em torno de 25 milhões de hectares, com produtores estimulados pelos bons preços das commodities agrícolas.

Na safra passada, quando o tempo foi extremamente favorável apesar do desenvolvimento de um La Niña mais forte, a produtividade média da soja brasileira foi recorde, de 3.115 quilos por hectare, e a safra do segundo produtor mundial da oleaginosa superou 75 milhões de toneladas.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgará na próxima quarta-feira sua segunda previsão de safra 2011/12, terá a chance de rever seus números após a avaliação do mês passado refletir temores com o La Niña.

Por ora, a estatal vê uma safra de soja de no máximo 73,3 milhões de toneladas, apesar do crescimento de 800 mil ha no plantio. No caso do milho, para a Conab, também poderá ser uma das maiores áreas da história, de 14,5 milhões de hectares.

Isso num ano em que o uso de fertilizantes será recorde, assim como os investimentos em variada gama de biotecnologia, o que geralmente favorece o aumento da produtividade agrícola.

"O grande problema que vejo pelo La Niña é o excesso de chuva na colheita de soja do Centro-Oeste e Sudeste", acrescentou o especialista da Somar, lembrando que isso não quebra a safra, mas pode afetar a qualidade.

Já a agrometeorologista do Cepagri avalia que produtores ainda podem tomar algumas ações para evitar problemas com o La Niña, como o uso de sementes adequadas e o escalonamento do plantio para evitar que alguns períodos de estiagem afetem a safra como um todo.

Fonte: Reuters

Soja se recupera e opera em alta. Milho e trigo também sobem

O terça-feira é de recuperação para os grãos negociados na Bolsa de Chicago. Por volta das 13h54 (horário de Brasília), os principais vencimentos da soja já operavam com significativas altas, que superavam os 12 pontos. O milho e o trigo também trabalhavam em terreno positivo.

O principal suporte para os preços na sessão de hoje vem da alta das bolsas europeias, que sinalizam melhores expectativas para a situação da crise da dívida na Zona do Euro.

Frente a melhores perspectivas, os participantes do mercado voltam a investir em commodities, uma vez que acabam reduzindo sua aversão ao risco.

Além disso, esses mesmos investidores buscam um melhor posicionamento no mercado às véspera da divulgação do relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira.

O mercado aposta em número semelhante ao atual para a produção americana de soja, mas elevação na estimativa para os estoques finais dos Estados Unidos na temporada 2011/12.

Milho - O mercado do milho também avança nesta terça-feira. Os impulsos vêm das expectatitivas dos analistas de um corte nas estimativas de produção e estoques finais da safra norte-americana 2011/12. Às 14h26, os contratos mais próximos tinham altas de mais de 6 pontos.

A aposta do mercado é de que a colheita dos EUA será 0,2% menor do que o volume indicado no boletim de outubro, e os estoques, sofreriam um corte de 7,5% em função do aumento da demanda pelo cereal para a produção de etanol.

Trigo - O mesmo cenário do milho e da soja é o que movimenta o mercado do trigo. Os futuros do grão também não possuem novidades no campo fundamental e por isso devem acompanhar o bom desempenho das commodities vizinhas.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes