Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Soja despenca mais de 27 pontos na abertura em Chicago

Os futuros da soja despencam na abertura do pregão regular desta segunda-feira na Bolsa de Chicago. Os preços da oleaginosa não resistem a forte alta do dólar índex que desafia os 78 pontos. Às 11h57 (horário de Brasília), a soja perdia mais de 27 pontos no contrato maio/12.

Milho e trigo também trabalhavam com fortes quedas, perdendo 14 e 18 pontos, respectivamente, nos principais contratos. De acordo com a Bloomberg, na semana passada os preços do milho atingiram o nível mais negativo em três meses e o trigo registrou a oitava queda seguida em nove pregões.

Segundo analistas, os preços do complexo de grãos operam hoje sob forte pressão da crise na economia europeia com investidores aumentando sua aversão ao risco e liquidando posições ante uma possível saída da Grécia do bloco europeu. Desde as 12h (horário de Brasília) ministros gregos, membros da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) encontram-se reunidos em busca de uma solução para a dívida grega. Pela manhã, as principais Bolsas do Velho Continente trabalhavam em queda à espera da reunião.


Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira

Situação grega preocupa e bolsas da Ásia fecham em queda

Os mercados asiáticos encerraram em baixa nesta segunda-feira (19), com a renovação das preocupações com a dívida grega e a situação na Europa como um todo. Os investidores também ficaram no aguardo do encontro do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), marcado para esta semana, na expectativa de medidas para estimular a economia americana.

Mereceu atenção ainda o movimento das ações do setor financeiro e de empresas ligadas a matérias-primas, como HSBC, National Australia Bank, PetroChina, China Coal Energy e BHP Billiton.

Em Hong Kong, o Hang Seng cedeu 2,76%, para 18.917,95 pontos. O S&P/ASX 200, da Austrália, declinou 1,64%, ficando em 4.081,50 pontos. Em Seul, o Kospi terminou aos 1.820,94 pontos, com recuo de 1,04%. O Shanghai Composite, de Xangai, diminuiu 1,79%, ficando em 2.437,79 pontos.

A praça de Tóquio não operou devido a feriado.


Fonte: Valor Online

Para analistas, R$ 1,70 é o novo patamar do dólar

A repentina valorização do dólar frente ao real reflete tanto a expectativa do mercado por juros menores no País, diante da nova política monetária do Banco Central, quanto a insegurança em relação à crise financeira na Europa, que tem fortalecido a moeda americana também frente ao euro. Apesar de o momento ainda ser de volatilidade, é possível que o dólar tenha encontrado novo e definitivo patamar, ao redor de R$ 1,70.

No entanto, analistas afirmam que não há espaço para uma desvalorização maior do real, em razão das commodities ainda fortes e da percepção de risco baixo da economia brasileira, o que atrai investimentos.

"A média dos preços de commodities ainda é alto. Isso sustenta o câmbio no Brasil, evita uma desvalorização maior. E o número impressionante de investimento direto estrangeiro, de US$ 70 bilhões de dólares até o fim do ano, bem acima do déficit de conta corrente. O Brasil está conseguindo financiar com facilidade seu déficit e as reservas vão continuar crescendo. Então, não vejo muito espaço para o câmbio se valorizar de forma acentuada, como em 2008 e 2009", disse Carlos Langoni, ex-diretor do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas.

Outra razão que poderia evitar uma queda mais brusca do real seria a ameaça do impacto da valorização do dólar sobre a inflação, levando o governo a agir para amenizar uma subida acentuada da moeda americana. "Permitir uma desvalorização cambial acentuada seria um tiro no pé em termos de inflação", completou o ex-diretor do BC.

Em duas semanas, o dólar acumulou uma sequência de dez dias consecutivos de alta, com uma valorização de 8,45%. Na última quarta-feira, a moeda americana no balcão atingiu a cotação de R$ 1,720, maior nível do ano.

Na sexta-feira, após cinco grandes bancos centrais (Federal Reserve, Banco Central Europeu, Banco da Inglaterra, Banco do Japão e Banco Nacional da Suíça) anunciarem um acordo para aumentar a liquidez em dólares do sistema financeiro europeu, a moeda apresentou queda mais expressiva. A ação coordenada injetou algum otimismo ao mercado, fazendo o dólar perder força frente ao euro, mas, no Brasil, a moeda dos EUA ainda se sustentou acima de R$ 1,70.

Com base no cenário delineado para a inflação de setembro a novembro, analistas de mercado acreditam que o Banco Central terá de mudar o foco da avaliação de que a crise internacional, para o Brasil, será deflacionária. Para o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, a tese do BC e do Ministério da Fazenda pode estar equivocada porque a crise desta vez é diferente de 2008, marcada pela quebra do banco Lehman Brothers.

Daquela vez, lembra o economista, a crise se disseminou pelo mercado de crédito, que travou com a escassez da liquidez internacional. Isso levou a uma queda da demanda global, resultando na redução expressiva dos preços das commodities. Com os preços internacionais baixos, todo o aumento do dólar, de quase 55% na época, foi compensado.

"Desta vez, a crise não impactou o crédito e a China está aí, demandando commodities. Com o câmbio se apreciando e os preços das commodities subindo, talvez tenhamos uma pressão sobre os alimentos."

"(O dólar) vai se manter pelo menos em R$ 1,70, não tenho dúvida", afirmou o economista Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do departamento da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). "Não é ideal, mas é temporariamente aceitável, porque temos que olhar também o aspecto da inflação. O ideal seria entre R$ 2 e R$ 2,20, mas (R$ 1,70) é um patamar compatível com a nossa economia, para a indústria respirar um pouco mais aliviada e evitar uma enxurrada de importações baratas."

Se num primeiro momento o movimento dos BCs para garantir liquidez em dólares foi bem recebido, há quem veja a medida como uma reafirmação da complexidade do cenário de crise. "Esse acordo, em uma análise mais macro, é péssimo. É um sinal de problema de liquidez, as companhias começam a remeter de volta para a matriz para cobrir rombo e ainda assim o governo tem que injetar dinheiro. É muito similar a 2008, quando o dólar foi a R$ 2,40", avaliou Italo Abucater, gerente da mesa de dólar da corretora Icap Brasil.

Um dos gatilhos para a valorização acentuada do dólar foi a decisão do Banco Nacional da Suíça (SNB), no último dia 6, de estabelecer um piso para a cotação do euro em relação franco suíço: 1,20 franco para cada euro. Na prática, a Suíça acabou com a política de câmbio flutuante. "A atual sobrevalorização exagerada do franco suíço representa uma grave ameaça para a economia suíça e traz o risco de um desenvolvimento deflacionário", disse o SNB na época.

A decisão do BC suíço levou à alta do dólar ante o franco e acabou repercutindo também no iene, que caiu em relação à moeda americana. A duas moedas vinham atraindo investidores em busca de uma aposta mais segura em tempos de crise econômica.

No Brasil, agora com juros menores mas ainda com a taxa em patamar alto, os investimentos especulativos tornaram-se menos rentáveis, uma vez que o governo já tinha tomado medidas para tentar conter a lucratividade desse tipo de operação. "Com a cobrança de IOF mais a queda nos juros, o dólar vai ficar em torno de R$ 1,70", disse Abucater.


Fonte: O ESTADO DE S. PAULO - SP