A Bolsa de Cereais de Buenos Aires divulgou na última quinta-feira suas estimativas para as safras de soja e milho na Argentina mantendo os números. Para a soja, a Bolsa espera uma produção de 47 milhões de toneladas e para o cereal 19,5 milhões de toneladas.
Segundo informações da instituição, o plantio de soja desta safra foi menor do que o da última temporada - 19 milhões de hectares - totalizando 18,5 milhões de hectares e foi concluído recentemente. Ainda segundo a Bolsa de Cereais, uma boa parte da área recuperou suas condições de plantio depois das chuvas que chegaram ao país após a severa seca.
O plantio de milho, por sua vez, ficou em 3,15 milhões de hectares. No entanto, 200 mil deles não chegarão à colheita por conta da estiagem de dezembro. Segundo o informativo da Bolsa, "o cenário para o cereal só não é pior porque as recentes chuvas interromperam o que poderia ser uma colheita muito fraca".
Essas boas perspectivas para as safras argentinas e das chuvas que continuam no país, pressionaram os preços da soja na quinta-feira, fazendo o mercado fechar no vermelho.
Nesta sexta-feira, as cotações estendem suas perdas - bem menores do que as da sessão de ontem - e operam novamente no vermelho. Sem novidades entre os fundamentos, a soja tenta encontrar suporte para voltar a subir. A tendência para o pregão diurno é de mercado atuando em terreno misto.
No entanto, o cenário fundamental continua seguindo firme, sustentado pela demanda constante da Ásia e também pela briga por área nos Estados Unidos. Soja e milho disputam com o objetivo de repor os apertados estoques norte-americanos.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes