Jesus

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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Dólar abre em queda com decisão do BC da Índia


A decisão surpreendente do banco central da Índia de elevar os juros e uma provável medida semelhante da Turquia geraram um certo alívio em relação aos emergentes nesta terça-feira, 28, o que dá suporte para o real na abertura dos negócios, após o dólar ter fechado na segunda-feira, 27, no maior nível desde 22 de agosto. Mesmo assim, a cautela antes da decisão do Federal Reserve, na quarta-feira, 29, deve provocar volatilidade hoje.

Por volta das 9h25, o dólar à vista no balcão recuava 0,66%, a R$ 2,4060. No mercado futuro, o dólar para fevereiro caía 0,72%, a R$ 2,4100. Segundo o operador de câmbio de uma corretora, também pesam para um ajuste negativo inicial os leilões de swap cambial, sendo o primeiro de até US$ 200 milhões às 9h30 e o segundo relativo à última tranche da rolagem do vencimento de swap cambial de fevereiro, às 11h30, com oferta de até US$ 1,027 bilhão. Desde o dia 16, já foram rolados 200 mil contratos desse vencimento, que totaliza US$ 11,028 bilhões (220.550 contratos).

O fortalecimento das divisas ligadas a commodities se apoia na expectativa de que o BC da Turquia anuncie hoje à noite (20h) uma alta do juro. O BC da África do Sul também poderá agir, na reunião que termina amanhã. Ontem, a Índia elevou o juro básico em 0,25 ponto porcentual, para 8% ao ano, contrariando os analistas, que previam estabilidade.

Em relação ao Brasil, a maior expectativa dos investidores refere-se à definição da meta fiscal do País para 2014. Segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a equipe econômica está sondando economistas do setor privado, em busca de valores "críveis" para meta fiscal e para o corte do Orçamento. A meta em discussão está entre 1,7% e 1,9% do PIB, embora um anúncio de 2% não seja descartado.

O mercado da soja registra mais uma sessão de movimentos pouco expressivos na Bolsa de Chicago.

Os negócios continuam acontecendo sem novas informações, com os fundamentos já conhecidos. De um lado, as expectativas de uma safra recorde chegando da América do Sul e causando uma pressão sazonal sobre os preços e, paralelamente, a escassez de soja nos Estados Unidos e a demanda se mantendo bastante firme. 
 Feriado Lunar chinês começa na sexta-feira e vai até a próxima semana, provavelmente mantendo anúncios de exportação tranquila.