O mercado exibe uma tendência mais altista para os preços do que há algumas semanas, haja vista que nos EUA se apresentam condições adversas de clima agora em agosto, mês que é determinante para a produtividade. Além disso, há ainda as últimas estimativas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para produção, produtividade e estoques norte-americanos, revistos para baixo no último relatório de oferta e demanda divulgado em 12 de agosto.
Completando o quadro, o boletim de acompanhamento de safra trazido no final desta segunda pelo departamento norte-americano apontou ainda que o índice de lavouras, tanto de milho quanto de soja, em boas ou excelentes condições caiu na última semana. No caso da soja, esse número passou de 64 para 62% e, para o milho, de 64 para 61%.
Importantes estados produtores do Meio-Oeste americano já sofrem com a falta de chuvas e a previsão para os próximos dias é de que a temperatura se eleve e fique acima da média em algumas localidades. Paralelamente, há ainda a possibilidade das plantações terem seu rendimento prejudicado se forem atingidas pelas geadas precoces em meados de setembro.
Para os analistas, portanto, o quadro cria melhores expectativas para oscontratos futuros da soja negociados em Chicago, o qual vinham sendo pressionados pelas boas projeções para a nova safra norte-americana. No entanto, a mesma foi reduzida, no último boletim do USDA, de 93 para 88 milhões de toneladas.
Já no caso do milho, os números para a nova temporada dos EUA parecem estar consolidados, haja vista que o mês mais crítico para a cultura foi em juho, onde o cenário climático foi favorável após o atraso do plantio. Nem mesmo uma revisão para baixo na produção feita pelo USDA, ainda de acordo com analistas de mercado, poderiam provocar uma reação muito forte das cotações.