Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Soja opera com baixas de dois dígitos diante de turbulência na economia

Depois de fecharem o pregão noturno da Bolsa de Chicago desta quarta-feira no vermelho, os grãos ampliaram suas perdas e operam com expressiva baixa na sessão diurna.Por volta das 11h51 (horário de Brasília), a soja já recuava mais de 15 pontos nos principais vencimentos. O milho perdia mais de 7 pontos e o trigo quase 10.

Ainda sem seguir os fundamentos, o mercado volta a focar as preocupações e indefinições sobre a Europa e a nova crise mundial que assombra o cenário macroeconômico mundial. Nos EUA, o setor financeiro opera sem direção, com leve alta do índice Dow Jones e e tímido recuo do S&P500. O dólar index registra uma certa volatilidade, trabalhando em baixa mas ensaiando uma recuperação.

Porém, algumas expectativas sobre o relatório trimestral de estoques que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga nesta sexta-feira também contribuíram com o movimento de baixa.

A aposta dos traders é de que o órgão reporte um volume entre 5,5 e 6,5 milhões de toneladas de soja estocadas no fim da temporada 2010/11. No último boletim de oferta e demanda, o USDA apontou 6,1 milhões de toneladas da oleaginosa. Para o milho, o mercado espera estoques também maiores do que os da última projeção.

Além desses fatores, a colheita nos Estados Unidos também caminha bem no Meio-Oeste, principal região produtora do país, e atua como fator de pressão para os preços. A expectativa ainda é de que os trabalhos no campo sigam avançando na próxima semana por conta das boas condições do clima.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Alta do dólar terá pouco impacto sobre o custo de produção da safra atual

O analista André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult, diz que a alta do dólar, que deve se consolidar num patamar acima do registrado até o início deste mês, terá pouco impacto sobre o custo de produção da safra atual, uma vez que grande parte dos insumos já estava comprada. Pessôa prevê problemas localizados, em alguns casos de produtores que compraram defensivos para pagar em abril. Ele destaca o efeito positivo da valorização do câmbio sobre a receita. "A subida do dólar mais do que compensou a queda das cotações das commodities agrícolas", disse. O analisa se mostra apreensivo em relação ao médio prazo, uma vez que a volatilidade gera insegurança nos agricultores, em função do possível descasamento da cotação do dólar entre a compra do insumo e a venda da produção. Ele acredita que a volatilidade, tanto do câmbio como das cotações das commodities, deve permanecer durante os próximos meses, "o que é ruim para o agricultor".

André Pessôa comenta que outro aspecto que deve ser acompanhado com atenção é o impacto da crise financeira internacional sobre a demanda. Ele observa que os fundamentos, que eram altistas, em função dos baixos estoques, podem se reverter por conta de uma redução do nível de demanda agregada, principalmente nos países em desenvolvimento. Ele diz que a China é motivo de preocupação, por causa do volume de compra de produtos brasileiros, como a soja e o algodão.

Na opinião do analista, o produtor rural deve ter cautela no planejamento das ações e definições dos investimentos para o próximo ano. Pessôa diz que os agricultores devem se preparar para trabalhar com níveis de preços mais baixos e menor rentabilidade na safra 2012/13. Ele não prevê margens negativas, pois as relações de troca se mantêm favoráveis, mas acha difícil que se repita a euforia provocada pelos bons níveis de preços registrados neste ano. "o cenário não é tão claro e tão firme como estava até agora", diz ele.

André Pessôa observa que nesta safra o nível de tecnologia será alto, como sinalizam os dados sobre compra de insumos. Ele estima que, se o clima ajudar, o Brasil poderá colher mais uma safra recorde, em função da expansão da área plantada. Pelas estimativas da Agroconsult a área de soja deve aumentar 800 mil hectares (para 25 milhões de hectares), o milho de verão mais 500 mil hectares (para 8,3 milhões de hectares) e o algodão mais 100 mil hectares (para 1,5 milhão de hectares). Ele observa que, como a soja cede espaço na Região Sul para o milho e no Centro-Oeste e Bahia para o algodão, haverá um recuo de 600 mil hectares no plantio nas regiões tradicionais, que será compensado pela expansão em 1,4 milhão de hectares em áreas novas, principalmente pastagens degradadas.

Fonte: Agência Estado