As cotações futuras da soja operam do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (24). A commodity dá continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado no pregão de ontem (23), no qual, os principais vencimentos fecharam o dia com mais de 15 pontos de queda. Por volta das 10h30 (horário de Brasília) todas as posições trabalham com mais de 12 pontos de baixa.
Segundo o operador de mesa da Mc Donald Pelz, Flávio Oliveira, naturalmente, o mercado recua depois das fortes e expressivas altas dos últimos 10 dias. Somado a essa situação há o retorno das chuvas na Argentina, e a previsão é que as precipitações continuem nos próximos dias. Esses dois fatores fizeram com que o mercado devolvesse parte dos recentes ganhos.
As chuvas ainda não são suficientes para amenizar a situação das lavouras argentinas, conforme explica o operador. No Brasil, o excesso de umidade nas plantações mato-grossenses tem retraído a entrada da produção no mercado.
“A produção brasileira é boa, temos alguns problemas pontuais, porém deve ficar acima de 82 milhões de toneladas. Então, mais cedo ou mais tarde o mercado irá sofrer uma pressão com a entrada da safra e as cotações futuras podem recuar”, diz Oliveira.
Devido a esse cenário, a tendência é que a volatilidade permaneça no mercado até a entrada efetiva da safra da América do Sul no mercado. Por um lado, a oferta do grão será expressiva, mas é preciso destacar que a relação entre estoque e demanda mundial é ajustada.
“Podemos até ver os EUA comprando soja do Brasil, em um quadro de aperto de estoques e demanda aquecida. Pode ser que a balança se equilibre, o mercado vai ficar atento ao clima no início do plantio da safra norte-americana”, relata Oliveira.
Fonte: Notícias Agrícolas // Fernanda Custódio