A soja encerrou mais um dia com expressivas baixas na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa voltaram a ser pressionados pelo financeiro, pela alta do dólar e pela espera dos traders pelo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado nesta quinta-feira (10).
O cenário continua sendo de incertezas na macroeconomia, com importantes mudanças políticas na Europa e o rumo que o futuro da economia do Zona do Euro deverá tomar. O temor dos traders é de que o pacto de austeridade fiscal firmado no início desse ano esteja ameaçado.
Entre os fundamentos, as expectativas vêm do boletim de oferta e demanda mundial que o USDA divulga amanhã. O mercado está atento, principalmente, aos estoques de soja dos Estados Unidos e a safra da América do Sul, que vem sofrendo reduções nas estimativas por parte de consultorias privadas.
Além dos fatores técnicos e fundamentais, analistas afirmam que essa é uma correção natural do mercado depois das fortes altas registradas nas últimas semanas. Em função dos fundamentos altistas, os preços da soja ultrapassaram os US$ 15 por bushel, atingindo os melhores níveis em quatro anos.
O milho e o trigo também fecharam o dia em queda. Os investidores, assim como no mercado da soja, se mostraram mais avessos ao risco diante do financeiro negativo e das expectativas pelo relatório do USDA. O desempenho ruim da oleaginosa contribuiu para o recuo dos grãos.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes