Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Grãos têm forte recuo frente a mercado financeiro pessimista

Apesar das fortes baixas registradas pelo complexo de grãos nesta terça-feira na Bolsa de Chicago, não há novidades sobre o cenário que provoca essas quedas. O nervosismo do mercado financeiro continua pressionando muito as commodities e as agrícolas não ficam de fora dessa queda generalizada.

Na noite desta segunda-feira, o primeiro ministro grego George Papandreou surpreendeu e preocupou o mercado e o mundo ao anunciar que vai submeter as medidas de austeridade exigidas por órgãos internacionais para continuar ajudando o país.

Alguns analistas acreditam ainda que a Grécia podeira até mesmo ser expulsa da Zona do Euro caso o resultado fosse desfavorável aos ajustes fiscais impostos pela União Europeia e pelo FMI.

Toda essa tensão no cenário macroeconômico traz de volta o aumento da aversão ao risco e consequentemente a fuga dos investidores para ativos mais seguros, o que favorece as baixas.

Por outro lado, as perdas só não mais acentuadas ainda por conta de um suporte que ainda vem dos fundamentos. A oferta continua bastante restrita, baixos estoques e demanda aquecida.

"O sistema financeiro está pânico. Mas se o mercado estivesse se baseando só no macro era para estar caindo bem mais", disse o analista de mercado Pedro Dejneka, da corretora RJ O'Brien, de Chicago.

Dejneka afirma que, de fato, ainda não há nada resolvido, nada concreto na Europa que possa conter a expansão e o agravamento da crise no continente. Enquanto não houver uma solução, as cotações devem continuar sentindo essa pressão negativa.

Por volta das 14h46 (horário de Brasília), os principais vencimentos da soja operavam com baixas de mais de 20 pontos. No milho e no trigo, os contratos mais próximos perdiam quase 10.

USDA - Outro fator que impulsiona a liquidação de posições é a expectativa para o relatório mensal de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga no próximo dia 9 de novembro.

De acordo com Dejneka, alguns analistas já apostam na redução da estimativa para a produção norte-americana de milho e poucas mudanças para a safra de soja.

Com isso, os traders optam por operar com mais cautela e não tomar posições tão definitivas à espera do relatório.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Análise: Referendo grego pode trazer novas incertezas para zona do euro

O referendo convocado pelo primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, para decidir se o país adotará o plano de resgate financeiro que prevê uma séria de medidas de austeridade pode significar novas incertezas para a zona do euro.

O acordo, anunciado na semana passada, foi repentinamente colocado em dúvida.

O premiê grego, George Papandreou, surpreendeu seu próprio partido ao anunciar a consulta popular.

"Se os gregos não quiserem, ele (o acordo) não será adotado", disse ele.

Se isso acontecer, a zona do euro vai ser jogada em uma nova onda de incertezas.

Na semana passada, líderes da zona do euro concordaram com um segundo pacote de resgate financeiro para a Grécia, avaliado em 130 bilhões de euros, assim como o compromisso dos bancos em cortar em 50% as dívidas do país.


Mas os gregos parecem cada vez mais insatisfeitos com o acordo.

No final de semana, durante um importante dia que marca a resistência grega na Segunda Guerra Mundial, o presidente do país foi vaiado e chamado de traidor. Ocorreram manifestações contra o acordo.

Uma pesquisa sugere que 60% dos gregos enxerga o pacote negativamente, mesmo cancelando metade de sua dívida.

A população do país está ciente das medidas de austeridade e de que o futuro da Grécia será decidido por oficiais não eleitos da União Europeia e do FMI.

Esta é uma aposta alta do primeiro-ministro grego.

Ele argumentará que é do interesse nacional grego apoiar o acordo. Sem ele, dirá Papandreou, o país enfrentará a falência e a catástrofe. Sua campanha será baseada no patriotismo.

Mas em visitas recentes ao país, encontrei muita gente que preferiria o caos em vez de anos de dificuldades.

O referendo só acontecerá após os detalhes do acordo serem finalizados com a União Europeia. Isso, obviamente, permitirá ao governo grego negociar termos mais brandos, na esperança de convencer os eleitores.

Os governantes gregos vêm se especializando em negociar com líderes europeus.

Por um lado, eles pedem solidariedade, mas de outro sabem que um calote grego é temido por poder causar o contágio na zona do euro.

Alguns argumentarão que, mais uma vez a democracia impediu que se chegasse a um acordo duradouro para resolver a crise do euro.

Mas, no final, o pacote de austeridade em troca de novo resgate não pode ser simplesmente imposto aos gregos. A população do país terá que ser convencida disto.

Fonte: g1.com