Jesus

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Soja: Demanda pela soja dos EUA impulsiona mercado em Chicago

Os preços da soja voltaram a subir na Bola de Chicago nesta quinta-feira. Depois das leves baixas de ontem, o mercado está, novamente, focando a forte seca que assola importantes produtores da oleaginosa na América do Sul.

Segundo alguns analistas, o mercado ainda não conhece o real tamanho da quebra da safra sulamericana, que é mais grave do que o que está sendo veiculado. Esse fator estaria dando suporte aos preços no mercado internacional, uma vez que diante de problemas com a oferta de exportadores como Brasil, Argentina e Paraguai, os compradores se voltam para a soja dos Estados Unidos.

Por outro lado, o analista de mercado Mário Mariano afirmou nesta quinta-feira em uma entrevista que o mercado já teria precificado essas perdas na América do Sul e somente a contabilização de novos prejuízos poderia impulsionar os preços a novas e significativas altas.

Os atuais patamares de preços também estão estimulando uma melhora da demanda pelo produto norte-americano e, com isso, empresas do mercado externo, principalmente as chinesas, voltaram às compras e estão antecipando a comercialização.

Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou a venda de 110 mil toneladas de soja para a China a serem entregues na temporada 2012/13.

Entre os fatores externos, a baixa do dólar, o avanço do petróleo e o bom desempenho das bolsas de valores internacionais também contribuem para a sustentação dos preços.

Por volta das 14h50 (horário de Brasília), o vencimento março operava a US$ 11,94 por bushel, com alta de 11 pontos. Já o maio, referência para a safra brasileira, era cotado a US$ 12,02, subindo 8,75 pontos.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Confira o comentário do analista de mercado Liones Severo: SECA REDUZ SAFRA SUL AMERICANA DE GRÃOS

Minha viagem pelas lavouras de soja e milho do Rio Grande do Sul, constata que as quebras são muito maiores do que se pode imaginar.

O milho perdeu mais de 60pct, com situação completamente definida e, a soja tem perdas irreversíveis de 40pct e ainda com possibilidades de uma quebra ainda maior dependendo das chuvas até o final do mês de fevereiro.

Para o Paraguai já se pode computar perdas de 25pct e para a Argentina as quebras superam 15pct da safra de soja, que ainda dependem de boas chuvas por mais 30 dias.

Indiscutivelmente, uma perda de 12 a 15 milhões de toneladas nas lavouras de soja da América do Sul, causará um grande impacto nos preços das commodities agrícolas durante os meses de fevereiro e março, quando se define a produção sul americana que, juntamente
com a safra americana, dimensionam a capacidade de suprimento para o ano de 2012.

Desde 1980 tivemos 7 eventos de La Niña, mas nunca tiveram efeitos tão abrangentes como deste ano, que afetou cerca de 80pct das lavouras do Rio Grande do Sul, com extensão para o oeste do Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul, uma conhecida micro região afetada pela La Nina, em quase todos os eventos.

Historicamente o mês de janeiro não oferece uma tendência definida para os preços da soja no mercado de Chicago, mas fevereiro e março são meses de preços extremamente altos, principalmente com condições climáticas adversas.


Fonte: Liones Severo - Analista de mercado