Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam próximos da estabilidade nesta quinta-feira (7). As cotações que registraram mais de 6 pontos de baixa no início da manhã, trabalham em campo misto por volta das 12h30 (horário de Brasília).
A divergência em relação às previsões climáticas na Argentina que indicam um novo sistema de chuvas para o país na segunda quinzena de fevereiro, assim como, o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado nesta sexta-feira (8), tiram o direcionamento do mercado. Os investidores procuram se posicionar melhor antes da publicação dos números do órgão.
Segundo o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, a expectativa do mercado é que o departamento reduza os números dos estoques finais da soja nos Estados Unidos, haja vista que as exportações seguem em ritmo acelerado e a demanda interna ganhou força.
No caso do milho, a previsão é de que haja um possível aumento nos estoques finais norte-americanos, tendo em vista a redução no consumo para a produção de etanol. O economista destaca que, os altos preços do cereal no mercado diminuem a competitividade do produto e, consequentemente um recuo na demanda.
“Diferentemente da soja, o milho estabelece um patamar e a demanda cai, um nível de racionamento. Mas na oleaginosa isso não acontece mesmo com os altos preços a demanda não dá sinais de retração. Com a entrada da safra sulamericana no mercado podemos ter uma pressão sazonal sobre os preços, porém a demanda é soberana e as cotações da soja não têm um patamar de racionamento”, diz Motter.