Dólar abre em alta por cautela com emergentes

O mercado de câmbio abriu com o dólar em alta em relação ao real, nesta segunda-feira, 10. O ajuste positivo da moeda no mercado à vista e também do contrato futuro para março de 2014 é estimulado pelo preço inicial atrativo, após quatro quedas consecutivas, mas sobretudo pela cautela retomada em relação aos países emergentes.

No exterior, o dólar também exibe viés positivo ante as principais moedas emergentes. O HSBC e o instituto Markit divulgaram hoje que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos mercados emergentes caiu pelo segundo mês seguido, de 51,6 em dezembro para 51,4 em janeiro, no nível mais baixo desde setembro do ano passado.

Após recuar 1,61% nas quatro sessões anteriores, o dólar à vista abriu a R$ 2,3920 (+0,55%) e, em seguida, atingiu mínima a R$ 2,390 (+0,46%). Na BM&FBovespa, às 9h21, o dólar para março de 2014 subia 0,42%, a R$ 2,4040. Esse vencimento abriu a R$ 2,3995 (+0,23%) e já oscilou de R$ 2,3990 (+0,21%) a R$ 2,4055 (+0,48%). 

Grãos aguardam boletim do USDA e operam de lado na bolso de Chicago.

O mercado ainda espera por definições sobre a safra da América do Sul, principalmente do Brasil. As lavouras vêm sofrendo intensamente com o calor excessivo e a falta de chuvas e perdas de produtividade já estão sendo registradas em importantes estados produtores. 

Ao mesmo tempo, os investidores também optam por atuar com um pouco mais de cautela no início dessa semana já que, nesta segunda-feira (10), o USDA(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga seu novo relatório de oferta e demanda. 

Alguns analistas acreditam que o departamento possa reduzir suas estimativas para as safras na América do Sul e ainda revisar para baixo os estoques finais dos Estados Unidos, e, para cima, suas exportações, já que a demanda pelo produto norte-americana segue bastante aquecida e a última projeção já foi largamente superada.

Soja +2,4

Milho -2,0

Colheita de soja em Mato Grosso ganha ritmo e supera 20% da área, diz Imea

A colheita de soja em Mato Grosso, maior produtor do Brasil, acelerou-se nesta semana, com produtores contando com um tempo mais seco para tirar o atraso das últimas semanas.

O ritmo de trabalho neste início de colheita esteve mais lento do que o registrado no mesmo período do ano passado, na maior parte do mês de janeiro, uma situação que mudou com o tempo mais seco do início de fevereiro.

Até quinta-feira, os produtores de Mato Grosso tinham colhido 21,7 por cento da área, cerca de o dobro do registrado na mesma data da semana passada, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Na mesma época do ano passado, o índice era de 17,2 por cento.