Jesus

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

CNA e Monsanto firmam acordo sobre royalties; entidades do MT não aceitam

Acordo entre CNA e Monsanto libera pagamento pela utilização da soja RR na safra 12/13

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e as Federações da Agricultura dos Estados da Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins, que respondem por 70% da produção de soja do Brasil, firmaram um acordo com a empresa Monsanto do Brasil, para a suspensão “permanente e irrevogavelmente”, nas safras 2012 e 2013, da cobrança pela utilização da primeira geração da Soja RR1, tecnologia que torna as sementes resistentes aos herbicidas à base de glifosato. Com base no entendimento acordado entre a CNA e a Monsanto, todos os produtores que aderirem individualmente ao acordo terão quitados seus débitos referentes ao uso desta tecnologia.

Segundo a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, “o acordo firmado após ampla discussão é justo e atende às necessidades dos produtores de soja”. Conforme o “Comunicado Público”, assinado nesta quarta-feira (22/1) entre a CNA e a Monsanto, as entidades que participam desse entendimento concordam em trabalhar em conjunto “para viabilizar a aprovação de tecnologias que possam ser aplicadas no Brasil e que resultem na expansão das exportações brasileiras para mercados internacionais”. Também faz parte deste compromisso “observar e promover o desenvolvimento de tecnologias agrícolas voltadas à gestão responsável da produção agropecuária”.

“Com esse acordo, as entidades e a Monsanto intensificam sua contribuição para o desenvolvimento tecnológico e para a produção agrícola nacional”, afirma a presidente da CNA. Na sua avaliação, esse entendimento “fortalece o caminho para a introdução de novas tecnologias para a soja”. Outro aspecto mencionado no acordo é o reconhecimento dos direitos de propriedade intelectual sobre tecnologias aplicáveis na agricultura e a remuneração devida aos detentores dessas tecnologias. Prevê, ainda, a introdução de melhorias, em comum acordo, no sistema de cobrança pelo uso da tecnologia não paga antecipadamente.

Nota Oficial Aprosoja e Famato - MT não aceita acordo proposto pela Monsanto

Lideranças decidiram por continuar com Ação Coletiva e produtores terão o direito de realizar depósito em juízo de valores relativos a royalties da RR

​Em Assembleia Geral realizada nesta terça-feira (22.01), as entidades Famato, Sindicatos Rurais e Aprosoja, com a presença expressiva de produtores rurais de todas as regiões do estado, decidiram, por unanimidade, não aceitar o acordo proposto pela empresa Monsanto referente à cobrança dos royalties da soja Roundup Ready (RR1) da soja.

Os esforços empreendidos pelas entidades buscam resguardar os direitos dos produtores rurais de Mato Grosso e o respeito à legislação. “Como cidadãos somos sempre cobrados para cumprir as leis. Só queremos que a empresa multinacional Monsanto cumpra o que prevê a lei brasileira”, afirma o presidente da Famato, Rui Prado.

Também nesta terça-feira, a 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso atendeu a um pedido da Famato e Sindicatos Rurais contra a Monsanto. Esta decisão garante o direito ao produtor mato-grossense de, caso haja o retorno da cobrança pela empresa, depositar em juízo os valores relativos ao pagamento de royalties pela tecnologia Roundup Ready (RR1) da soja, até o julgamento final da Ação Coletiva.

Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso - Famato
Sindicatos Rurais
Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso – Aprosoja MT

Fonte: CNA / Famato + Aprosoja

Soja: Mercado não evita realização de lucros e recua na CBOT

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, que no início desta manhã operavam em campo positivo, passaram a recuar ao longo das negociações. Essa retração nas cotações reflete mais um novo movimento de realização de lucros que, segundo analistas, é natural depois do expressivo avanço de ontem, quando a commodity fechou o pregão com altas de mais de 20 pontos. Por volta de 12h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos trabalhavam com mais de 5 pontos de baixa.

Apesar do movimento pontual, o mercado tende a permanecer firme haja vista a situação climática na América do Sul e a demanda que continua aquecida. Para o analista de mercado da Corretora Jefferies, Vinicius Ito, o mercado já precifica o clima seco no hemisfério sul, principalmente, no Sul do Brasil e na Argentina.

“Não tem tido muitas chuvas ultimamente, e a previsão indica poucas chances, então o mercado adiciona um prêmio de clima. Inclusive, alguns analistas começam a reduzir as estimativas da produção sulamericana. Ontem (22), a Oil World baixou para 52 milhões de toneladas a projeção da safra argentina”, relata Ito.

Além disso, o mercado já observa um potencial de atraso da colheita da no Mato Grosso e Goiás em função do excesso de chuvas. Essa situação reflete a ideia de que a demanda no curto prazo terá que ser direcionada para os Estados Unidos, conforme explica o analista.

Por outro lado, a demanda que permanece aquecida pela soja dos EUA, especialmente, pela China, com os estoques mundiais apertados, contribui para a sustentação dos preços em Chicago. O analista destaca que, o país já vendeu mais de 90% do estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para esse ano, e também consome boa parte da produção para o esmagamento no mercado interno.

“De um lado temos um possível risco de redução na oferta na América do Sul e nos EUA pouca oferta disponível com muita utilização”, ressalta Ito.

Em decorrência desse cenário, a tendência continua altista para o mercado no curto prazo. E na visão do analista, a divulgação do relatório de janeiro de oferta e demanda do USDA tirou um ‘peso dos ombros’ do mercado que esperava que o órgão aumentasse a estimativa da safra norte-americana novamente.

Com isso, as cotações tendem a permanecer sustentadas nos próximos dias, potencialmente, agora que o mercado ultrapassou o nível de resistência de US$ 14,40 por bushel. “Agora, vemos o mercado a US$ 14,50 por bushel e de repente as cotações podem alcançar o patamar de US$ 15 por bushel, que deve se tornar uma nova resistência”, diz Ito.

Ainda de acordo com o analista, apesar do quadro, é preciso lembrar que com a chegada da safra brasileira no mercado a oferta mundial irá normalizar, o que pode pressionar negativamente os preços na CBOT. No entanto, o Brasil tende a permanecer competitivo durante vários meses desse ano.

Fonte: Notícias Agrícolas // Fernanda Custódio