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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Soja: Mercado não evita realização de lucros e recua na CBOT

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, que no início desta manhã operavam em campo positivo, passaram a recuar ao longo das negociações. Essa retração nas cotações reflete mais um novo movimento de realização de lucros que, segundo analistas, é natural depois do expressivo avanço de ontem, quando a commodity fechou o pregão com altas de mais de 20 pontos. Por volta de 12h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos trabalhavam com mais de 5 pontos de baixa.

Apesar do movimento pontual, o mercado tende a permanecer firme haja vista a situação climática na América do Sul e a demanda que continua aquecida. Para o analista de mercado da Corretora Jefferies, Vinicius Ito, o mercado já precifica o clima seco no hemisfério sul, principalmente, no Sul do Brasil e na Argentina.

“Não tem tido muitas chuvas ultimamente, e a previsão indica poucas chances, então o mercado adiciona um prêmio de clima. Inclusive, alguns analistas começam a reduzir as estimativas da produção sulamericana. Ontem (22), a Oil World baixou para 52 milhões de toneladas a projeção da safra argentina”, relata Ito.

Além disso, o mercado já observa um potencial de atraso da colheita da no Mato Grosso e Goiás em função do excesso de chuvas. Essa situação reflete a ideia de que a demanda no curto prazo terá que ser direcionada para os Estados Unidos, conforme explica o analista.

Por outro lado, a demanda que permanece aquecida pela soja dos EUA, especialmente, pela China, com os estoques mundiais apertados, contribui para a sustentação dos preços em Chicago. O analista destaca que, o país já vendeu mais de 90% do estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para esse ano, e também consome boa parte da produção para o esmagamento no mercado interno.

“De um lado temos um possível risco de redução na oferta na América do Sul e nos EUA pouca oferta disponível com muita utilização”, ressalta Ito.

Em decorrência desse cenário, a tendência continua altista para o mercado no curto prazo. E na visão do analista, a divulgação do relatório de janeiro de oferta e demanda do USDA tirou um ‘peso dos ombros’ do mercado que esperava que o órgão aumentasse a estimativa da safra norte-americana novamente.

Com isso, as cotações tendem a permanecer sustentadas nos próximos dias, potencialmente, agora que o mercado ultrapassou o nível de resistência de US$ 14,40 por bushel. “Agora, vemos o mercado a US$ 14,50 por bushel e de repente as cotações podem alcançar o patamar de US$ 15 por bushel, que deve se tornar uma nova resistência”, diz Ito.

Ainda de acordo com o analista, apesar do quadro, é preciso lembrar que com a chegada da safra brasileira no mercado a oferta mundial irá normalizar, o que pode pressionar negativamente os preços na CBOT. No entanto, o Brasil tende a permanecer competitivo durante vários meses desse ano.

Fonte: Notícias Agrícolas // Fernanda Custódio

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