Jesus

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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Crise da zona do euro é risco para a economia mundial, diz OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou nesta segunda-feira (28) que a crise dos países da zona do euro representa o principal risco para a economia mundial neste momento.

De acordo com o relatório "Perspectiva Econômica", a OCDE vê que a recuperação econômica mundial está perdendo força, deixando a zona do euro em uma leve recessão e os Estados Unidos em risco de seguir o mesmo caminho.

Em dificuldade para conter uma crise de dívida sem precedentes, a zona do euro crescerá apenas 0,2% em 2012, disse a OCDE, cortando a previsão anterior de 2%.

"A crise da zona do euro representa o risco principal para a economia mundial no momento, com a preocupação sobre a sustentabilidade da dívida soberana dos países haver se tornado generalizada", informou relatório da OCDE.

Se medidas não forem tomadas, de acordo com o relatório da OCDE, o contágio recente que afeta países cujas finanças públicas eram antes consideradas sólidas poderia levar a uma "ruptura econômica massiva".

Mais cedo, a agência de classificação financeira americana Moody's advertiu que todas as notas que medem o risco de crédito da União Europeia (UE) estão ameaçadas pela atual crise financeira.

"Nós vemos o crescimento dos Estados Unidos se recuperando lentamente, a zona do euro entrando em uma leve recessão e o Japão crescendo mais rápido por causa da reconstrução, mas esse impulso é temporário e irá desvanecer".

Previsões reduzidas
A ameaça de recessões ainda mais devastadoras existe se a zona do euro não conseguir controlar sua crise de dívida e se os parlamentares dos EUA não puderem acertar um plano de redução de gastos estatais, advertiu a OCDE.

Seu relatório semestral previu que o crescimento mundial desacelerará para 3,4% em 2012, contra 3,8% neste ano.

Isso marca uma forte queda em relação ao cenário projetado em maio, quando a OCDE estimava expansão de 4,2% neste ano e 4,6% em 2012.

Fonte: Do G1, com informações de agências internacionais

Financeiro dá sinais positivos e anima mercado de grãos

A forte correlação entre o mercado financeiro mundial e o mercado de commodities agrícolas está sendo refletida no pregão noturno desta segunda-feira. Os grãos negociados na Bolsa de Chicago registraram boas altas na sesão eletrônica de hoje, com a soja subindo mais de 14 pontos e o milho e o trigo mais de 10 nos principais vencimentos.

A Europa começou a semana dando sinais de que poderia estar próxima de medidas efetivamente concretas para a contenção e solução da crise que vem castigando as principais economias do continente. Com isso, ao redor do mundo as principais bolsas de valores operam em alta, bem como importantes mercados como o do ouro, da prata e do petróleo, que oferecem suporte às commodities agrícolas neste processo de recuperação.

A melhora vista no cenário macroeconômico impacta diretamente no apetite dos fundos e no comportamento dos investidores, que acabam reduzindo sua aversão ao risco e voltando para as commodites. "Ainda não é uma forte alta, apenas um avanço moderado, mas que reflete puramente a melhora no humor do investidor e nas expectativas de compras dos fundos", disse o analista de mercado Steve Cachia, da corretora Cerealpar, de Curitiba/PR.

Porém, a cautela deve ser mantida, uma vez que o cenário segue bastante incerto e ainda opera baseado em expectativas positivas, e não em medidas anunciadas. Por conta disso, é preciso muita atenção à movimentação do financeiro e às novas baixas que ele pode voltar a provocar.

Cachia diz ainda que entre a falta de novidades entre os fundamentos - sejam positivas ou negativas - também deixam o mercado mais sensível em relação à macroeconomia, já que essa acaba sendo a principal referência para o mercado, em especial para os fundos.

Nos últimos dias, o que se pode observar foi uma liquidação geral dos fundos entre as commodities agrícolas por conta das notícias negativas que chegavam incessantemente da Europa e provocam um aumento constante da aversão ao risco por parte dos agentes do mercado.

>> No Estadão: Bolsas na Europa disparam; Bovespa acompanha otimismo

A sinalização de uma resolução para as regras do uso do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) causa otimismo nos mercados nesta segunda-feira. As bolsas na Europa sobem e são acompanhadas pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que avançou 0,78%, a 55.320 pontos, na abertura.

“O mercado trabalha nessa possibilidade de definição da ajuda, mas nenhuma notícia oficial foi divulgada”, diz o operador da Renascença, Luiz Roberto Monteiro. Segundo notícia da agência Reuters, as regras operacionais detalhadas para o fundo de resgate estão prontas para serem aprovadas pelos ministros de Finanças da zona do euro na terça-feira. Amanhã, as autoridades fazem uma reunião.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes