Jesus

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Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mesmo com volatilidade, soja deve bater recorde este ano

Apesar da volatilidade esperada nos preços da soja este ano, a tendência é que os valores sigam mais elevados, podendo inclusive ultrapassar a casa dos R$ 55 por saca de 60 quilos e estabelecer novo recorde. O setor atribui esse movimento à expectativa de quebra de produção na Argentina e à baixa oferta tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Já o Mato Grosso, maior produtor nacional, deve colher 20 milhões de toneladas mesmo sem ter como expandir sua área de cultivo de soja, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

A previsão de quebra de safra na Argentina por causa de problemas climáticos e a forte demanda internacional está criando grande volatilidade nos preços da soja no mercado mundial. Segundo Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria, a previsão é que a safra argentina caia de 55 milhões de toneladas para menos de 50 milhões. "Toda essa volatilidade dos preços da soja giram em torno do clima e da possibilidade de quebra de safra. Estamos vendo essa quebra na Argentina e em algumas cidades do Rio Grande do Sul também", contou.

Ribeiro disse que aliado a essa quebra está a firme demanda pela soja no mundo, alterando os preços do grão. "Claro que em função da firme demanda por soja este ano, o mercado tem reagido positivamente em relação aos preços, que tem subido por conta das baixas ofertas do produto no mundo", frisou.

Para o analista da Scot, o Brasil manterá os preços elevados do produto, podendo atingir um recorde histórico nos preços. Em janeiro de 2010 o preço da saca de soja estava em média R$ 39 e ao final de dezembro vimos esse valor saltar para R$ 50. "No ano passado o preço da soja praticamente subiu o ano inteiro: saiu de um valor de R$ 39 por saca de 60 quilos e fechou o ano com cotações próximas a R$ 50 por saca. A saca valorizou mais de R$ 10 e retomou os patamares auferidos antes da crise. Agora, acredito que podemos atingir patamares recordes de preços para 2011", disse.

Com base nessa volatilidade, Ribeiro prevê que a saca de soja possa alcançar patamares de R$ 55, superando a marca histórica vista em junho de 2009, quando a saca chegou a R$ 53. "Já vemos patamares bem próximos ao recorde este ano. Temos a saca cotada a R$ 51 hoje e, com certeza, podemos chegar próximos a R$ 55 e até ultrapassar". E ainda emendou: "Podemos até sofrer uma pressão de baixa durante essa colheita, mas não acredito que voltaremos a patamares de R$ 39 por saca", comentou Ribeiro.

Apesar de o clima afetar um pouco algumas regiões brasileiras, o Mato Grosso - que plantou praticamente a mesma área do ano anterior - deve colher mais de 20 milhões de toneladas este ano, contra os 18,8 milhões de 2010. Segundo Glauber Silveira da Silva, presidente da Aprosoja, o clima tem contribuído no começo da colheita este ano e deve seguir até o final em março. "O clima está muito bom no Mato Grosso e algumas colheitas já começaram. No entanto, somente no final deste mês, o movimento será intensificado dado ao atraso no plantio", garantiu ele. Silva contou que os produtores estão otimistas em relação aos preços obtidos com o grão e isso é comprovado no volume de mais de 70% da safra que já foi comercializado. "O estado já comercializou mais de 70% da sua safra, sendo a China uma das principais compradoras. Se o preço continuar aquecido o restante será vendido logo", diz.

Mesmo com todo esse otimismo, Silva afirmou que o estado não tem como ampliar a área de plantio, dado a concorrência implacável do algodão. "Não temos como ampliar mais a área de plantio de soja em Mato Grosso. Se tivesse para onde crescer teríamos aumentado na última safra. Se analisarmos, a nossa área tem ficado muito parecida com os anos anteriores", destacou.

O presidente contou que diversos produtores ficaram animados com a rentabilidade do algodão e deixaram de investir em soja. "Conheço produtores de algodão que compraram áreas já plantadas com soja e derrubaram tudo para plantar algodão. Então, a menos que o preço do algodão recue bastante ou o produtor invada as pastagens de gado, não temos como ampliar nossa área".




Fonte: DCI

Expectativas são boas para o agronegócio neste ano.

As expectativas são boas para o agronegócio em 2011. Segundo os especialistas, a economia do Brasil deve continuar crescendo, os preços das commodities seguem em alta e, apesar da atuação do fenômeno La Niña, o país pode colher uma excelente safra de grãos. Porém, a crise mundial ainda exige atenção em muitos países, e o dólar baixo prejudica exportadores. Afinal, quem deve ganhar e quem pode perder com essa situação no ano que começa?

A partir de respostas obtidas em pesquisa em todas as regiões do Brasil, os consultores calculam o Índice de Confiança do Produtor Rural.

– O índice foi construído em função da participação das culturas na produção brasileira e o número de produtores que a gente acessa de cada cultura realmente faz com que fique um índice fidedigno ao que está acontecendo no campo e realmente às expectativas do produtor – diz a consultora Camila Dias de Sá.

Com esta espécie de termômetro da agricultura brasileira, foi possível concluir que o homem do campo começa 2011 otimista.

– O produtor rural está confiante em uma rentabilidade positiva para 2011. A avaliação que ele faz de condições gerais do seu negócio, de câmbio, de valores de aquisição de fertilizantes e defensivos, máquinas e implementos, colocando tudo numa cesta, ele confia que vai ter um retorno positivo para sua atividade no ano de 2011 – diz Matheus Kfouri.

Quem confirma essa expectativa é o agricultor José Carlos Dolphine, de Campo Verde, em Mato Grosso. Os preços estimularam o produtor a plantar 1,7 mil hectares de soja nesta safra. A área aumentou em 60%. A previsão é de conseguir produzir pelo menos 50 sacas por hectare. Quase metade já foi vendida. Isso protege o produtor de uma eventual queda de preços na época da colheita, pois outros agricultores também plantaram mais.

– A gente ainda não sabe dizer o que vamos lucrar, por se tratar de uma cultura que você não tem 100% dos custos e nem 100% do valor que você vai obter comercializando. Então é um valor ainda que a gente não sabe dizer quanto vai ser. Mas a gente acredita que vai gerar um certo lucro pra estar atendendo às necessidades dos anos anteriores em que a gente teve bastante problema na agricultura. Eu posso dizer que sou animado sempre. Eu acho que o agricultor que não é animado não pode nem entrar na atividade, porque a agricultura, por se tratar de uma cultura de risco, um negócio em que você depende de clima, depende de mercado, depende de vários fatores, então você tem que estar animado – declara Dolphine.

Proteção nunca é demais. Afinal, uma virada de preços pode acabar com todo esse otimismo. Na condição de exportador de alimentos, o Brasil está vulnerável a mudanças bruscas - principalmente no cenário externo. A crise internacional ainda não terminou.

A saúde financeira dos países mais ricos, que importam alimentos do Brasil, continua fragilizada. Isso pode impedir que os preços agrícolas continuem em alta em 2011.

– Você tem alguns mercados emergentes, crescendo, mas você tem por outro lado grandes mercados, as maiores economias do mundo, vivendo de maneira bastante frugal. Quer dizer, desemprego elevado, isso evidentemente limita a expansão de mercado de soja, derivados, etc – avalia o consultor Fábio Silveira.

No mercado interno, o setor agrícola também enfrenta problemas. E são os mesmos de anos anteriores. Com a falta de infraestrutura e logística para a comercialização da safra, a formação de preços depende da oferta de produto. Na maioria das vezes, um ganha porque o outro perdeu. E em 2011 não deve ser diferente.

– É muito triste você imaginar que nós temos um cenário positivo para 2011 porque tem produtores que vão ir mal. Isso não é uma coisa para se comemorar. Nós temos que pensar que temos um cenário positivo porque temos a China aumentando e porque o Brasil fez investimento em infraestrutura, aprovou código ambiental. Enfim, que o Brasil melhorou seus portos – diz o presidente da Aprosoja-MT, Glauber Silveira.

– Nós temos um custo muito elevado por conta da logística de transporte e tudo mais, porto que também precisa melhorar muito, e isso é uma coisa que não vai se resolver a curto prazo, é algo que precisa ser resolvido a longo prazo, mas que impacta diretamente na nossa produção no nosso custo de produção. Então a logística realmente é um calo nos pés do agricultor –conclui Dolphine.



Fonte: Canal Rural