Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CBOT: Grãos têm forte recuo diante da disparada do dólar

Os grãos negociados na Bolsa de Chicago iniciam essa semana registrando novas baixas. Os futuros do milho tiveram seu maior recuo neste mês e os da soja chegaram aos menores patamares em três semanas.

De acordo com analistas ouvidos pela agência Bloomberg, um rally do dólar acabou frustrando ligeiramente as projeção para as exportações norte-americanas e diminuindo o apetite dos investidores para ativos tão voláteis como as commodities, migrando para ativos mais seguros, como a própria moeda norte-americana.

Hoje, o dólar avança em relação a várias outras moedas e contribui bastante para o recuo das commodities agrícolas no mercado internacional. O motivo da alta é o mau humo do mercado financeiro, que ainda se mantém bastante acentuado por conta das incertezas quanto ao futuro da economia da Zona do Euro.

Frente a isso, o índice Standard & Poors GSCi, de 24 commodities, recuou 1,6% hoje também por conta desse tom pessimista nas negociações, contaminadas pelas preocupações com a situação da dívida europeia e de como o contágio dessa crise pode ser contido.

"A preocupação com um desaquecimento da demanda está pesando sobre os preços. Além disso, as incertezas com a Europa impulsionou o dólar e levou os participantes do mercado a deixarem ativos de risco, como as commodities", disse Greg Grow, diretor da Archer Financial Services, de Chicago.

Fundos - Além disso, o movimento dos fundos também influencia negativamente no mercado hoje. Como explica o analista de mercado Liones Severo, essa liquidação de posições nada mais é do que um movimento típico dos fundos nos finais de mês, como explica o analista de mercado Liones Severo.

"Os fundos profissionais, que participam de quase todos os mercados, realizam sistematicamente esse tipo de movimento no final de cada mês do calendário. A razão é simples: como estão carregando grandes posições vendidas (short) neste fim de período mensal, derrubam ainda mais os preços para apresentar melhores resultados nos relatórios de final de mês para seus investidores/clientes", diz Severo.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Bolsas europeias recuam com temores sobre dívida italiana

As bolsas de valores da Europa encerraram a segunda-feira (31) em queda, com preocupações sobre a dívida da Itália e o pedido de falência da corretora americana MF Global levando investidores a embolsar lucros.

O índice FTSEurofirst 300 fechou em queda de 1,82%, aos 999 pontos. No mês, houve alta de 8,3%, a primeira elevação mensal desde abril e a maior desde julho de 2009.

A bolsa italiana foi destaque, com perda de 3,8%, acompanhando a alta do rendimento do título de 10 anos do país acima de 6% em meio à pressão para o governo conter os problemas de dívida.

O índice de ações dos bancos da zona do euro teve forte queda, impactado também pelo colapso da MF Global's collapse. O Deutsche Bank perdeu 8,2% e o Société Générale caiu 9,4%.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 2,77 por cento, a 5.544 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 3,23%, para 6.141 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 caiu 3,16%, para 3.242 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib encerrou em baixa de 3,82%, a 16.017 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrou perda de 2,92%, para 8.954 pontos.

Em Lisboa, o índice PSI20 teve desvalorização de 1,27%, para 5.870 pontos.

Fonte: g1.com

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Soja: Mercado volta a focar incertezas e opera em queda na CBOT

A euforia que chegou ao mercado de commodities ontem parece ter se dissipado nesta sexta-feira. Os grãos voltaram a recuar e fecharam o pregão noturno de hoje no vermelho. A soja estendeu suas perdas para a sessão regular e por volta das 13h (horário de Brasília), os principais vencimentos já operavam com baixas de mais de 10 pontos.

Depois das fortes altas registradas ontem após o pacote de medidas para a contenção da crise da dívida europeia, as cotações parecem estar assimilando com mais clareza e frieza o reflexo desse anúncio e a solução pode estar mais distante do que se imagina.

Os líderes europeus lutam agora para conseguir uma determinante ajuda de economias emergentes, como a China e o Brasil, para colocar seu plano em prática. No entanto, a nação asiática, antes de decidir confirmar sua ajuda, quer analisar detalhadamente o pacote europeu.

"Essa postura da China acabou jogando um pouco de 'água gelada' na situação", o que acabou esfriando o ânimo que favoreceu e impulsionou as fortes altas vistas ontem, disse o analista de mercado Steve Cachia, da Cerealpar.

Cachia explica ainda que os preços da soja, do milho e do trigo têm um caminho um tanto "tortuoso" nos negócios na CBOT e que ainda deverá contar com uma forte volatilidade, e que o sentimento de incerteza deve voltar aos negócios.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Mercado precisa de detalhes para avaliar se plano europeu é bom ou ruim

Após seguidas reuniões a portas fechadas nesta quarta-feira em Bruxelas, e semanas de especulação, líderes dos 27 países da União Europeia chegaram a alguns pontos consensuais sobre como solucionar as deficiências econômicas da região. Os tópicos a serem trabalhados são o plano de recapitalização dos bancos; o perdão de parte da dívida da Grécia; o aumento do Fundo de Estabilidade Europeu; e a participação dos emergentes no socorro à região. Algumas medidas foram expostas, mas, ainda assim, sobraram pontos a serem definidos no futuro. De forma geral, dizem os especialistas, o "diabo mora nos detalhes". Não basta anunciar um plano genérico, mas sim apontar como se pretende torná-lo factível. Esta segunda etapa deverá demorar mais algumas semanas. Somente depois disso, o mercado concluirá se tanto suspense na Europa realmente valeu a pena.

Negociações em Bruxelas – As reuniões na capital belga nesta quarta-feira ocorreram em grupos diferentes. O primeiro, composto pelos 27 países da União Europeia, deliberou sobre a recapitalização dos bancos do bloco. O tema já era considerado consensual nas últimas semanas e prevê que as instituições tenham, no mínimo, 9% de índice de solvência de alta qualidade. A segunda reunião, que teve inicio no final da tarde desta quarta-feira, contou apenas com os líderes dos países membros da zona do euro. Nela, definiu-se a ampliação do fundo de resgate europeu e a reestruturação da dívida da Grécia. Os líderes também reiteraram, no decorrer da tarde, a importância da participação dos países emergentes no plano de salvamento do bloco.

Tema em foco: A crise do euro que amedronta a economia mundial

Ao entrar na sede da União Europeia, em Bruxelas, a chanceler alemã Angela Merkel havia reconhecido que o plano sairia a qualquer custo, mas que não resolveria todos os problemas naquela data. Já o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, afirmou ao jornal Le Figaro que definições tomadas ao longo do encontro poderiam "salvar o euro". Apesar da colocação dramática, Papandreou não deixa de ter uma parcela de razão. O risco envolvendo a adoção da moeda única nunca foi tão alto e nocivo – tanto para os países mais fortes quanto para os mais debilitados da união monetária. A expectativa com o plano anunciado nesta quarta-feira, é que, ainda que nem todos os problemas estejam perto de uma solução, que pelo menos a moeda única deixe de ser colocada em xeque. O problema, lamentam os economistas, é que muitas dúvidas ficaram sem resposta, o que aumenta as incertezas sobre a viabilidade de um pacote tão ambicioso. Não se pode descartar, portanto, que o nervosismo dos mercados continue.

Recapitalização dos bancos – O grande temor da Europa é que a crise da dívida não se transforme em uma crise bancária, comprometendo a solidez das instituições do continente – mesmo daquelas que não estão expostas a títulos gregos. Segundo o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, ficou definido que o índice de solvência dos bancos – ou seja, a proporção de seu capital frente a seu patrimônio – terá de ser elevado para 9%.

Este índice de solvência é uma composição que o Comitê de Supervisão Bancária de Basileia – que reúne os maiores bancos centrais do mundo – impõe a instituições financeiras de todo o planeta para qualificar seus ativos. O indicador que terá de ser elevado na Europa é o chamado TIR1. Trata-se de um dado que mostra quanto a instituição possui de capital de alta qualidade em relação a seu patrimônio. Ao exigir um cumprimento mínimo de 9%, os líderes europeus sinalizam que querem bancos sólidos, com ativos muitos bons em relação ao total. Analistas relembram que esse aumento já havia sido acordado pela Basileia, e começaria a ser implementado em todo o mundo a partir de 2013. O mais provável é que os bancos europeus estejam se adiantando a isso.

O desafio, no entanto, é definir como ocorrerá a recapitalização. Para o economista Alexandre Schwartzman, doutor em economia pela Universidade da Califórnia (em Berkeley) e ex-diretor do Banco Central, há duas formas de atender a esse nível. A primeira, seria reduzindo o volume de ativos – o que impactaria diretamente na disponibilidade de crédito das instituições. A outra forma seria o aumentar o capital dos bancos, quer seja por meio de emissão de títulos, quer pela ajuda direta dos governos. "O problema é: quem vai querer comprar esses títulos? E, no caso dos governos, qual estará apto a ajudar esses bancos?", questiona o economista.

Perdão da dívida grega – Os líderes europeus também concluíram que é preciso impor aos credores privados dos títulos soberanos da Grécia uma amarga perda. Do total da dívida grega, de 350 bilhões de euros, as instituições financeiras privadas respondem por 60%, ou 210 bilhões de euros. O poder político do bloco definiu, então, que é preciso baixar na marra este endividamento para 100 bilhões de euros. Como conseguir uma redução de dívida desta proporção em pouco tempo? Ficou definido que mais 50% teria de ser simplesmente perdoada pelos credores privados. Além disso, os países da zona do euro contribuirão com um montante de 130 bilhões de euros ao longo de quase dez anos para que, em 2020, a proporção dívida/PIB da Grécia seja reduzida de 160% para 120%.

A decisão marca um endurecimento dos europeus, que, desta forma, querem baixar a relação dívida/PIB da Grécia de forma significativa na tentativa de evitar que novas turbulências geradas por desconfianças com o país voltem à tona num futuro próximo. A opção também comprova a decisão de não impor novas perdas ao Banco Central Europeu (BCE), outro grande credor dos papéis gregos. Para o mercado, no entanto, a medida, se vista de forma isolada, saiu pior que encomenda. "Esta opção não elimina o risco sistêmico", afirma o analista de mercados internacionais da Tendências, Raphael Martello. "É preciso que fique mais claro como os bancos poderão absorver tamanho prejuízo. Haverá troca por dívidas com menor valor de face? Os governos ajudarão?", alerta.

O economista explica que, nos últimos meses, o mercado interbancário europeu encontra-se estagnado, tomado por enorme desconfiança das instituições em emprestarem umas às outras. Somam-se a isso o fato de a economia da região estar parada e as perdas registradas nas transações financeiras. Em resumo, num momento já desfavorável, os bancos terão de assumir uma perda elevada. "O melhor a ser feito é o caminho proposto pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, que sugeriu uma recapitalização por etapas", acrescenta.

Os analistas apontam ainda uma contradição: os europeus querem melhorar a composição dos ativos dos bancos, ao mesmo tempo que impõem prejuízos que a pioram. Para fazer frente a essas demandas, as instituições necessitarão de volume assombroso de recursos. "Diante disso, será importantíssimo acompanhar como será a negociação da Alemanha e da França com os bancos. Uma contraparte dos estados terá de, provavelmente, ser definida".

Aumento do fundo de resgate – O aumento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês) para em torno de 1 trilhão de euros vem sendo ventilado há algumas semanas. Na reunião desta quarta-feira, ele foi confirmado – ainda que com algumas ressalvas. A ampliação deverá ocorrer de duas formas. A primeira será por meio de garantias dos governos europeus, e não pelo endividamento do fundo. Isso significa que o EFSF garantirá aos investidores uma porcentagem do valor investido em novos títulos emitidos pelos países da zona do euro. Para honrar essas garantias, o fundo poderá alavancar em quatro vezes o seu patrimônio atual – já excluídos os auxílios aos países periféricos –, o que faria com que sua capacidade de resgate chegasse a 1 trilhão de euros.

A segunda será por meio da criação de um veículo especial de investimento, que compraria os títulos da dívida dos países do bloco, ao mesmo tempo que poderia emitir seus próprios títulos. Na avaliação de Schwartzman, tal alternativa é extremamente arriscada, pois o veículo possuirá a mesma estrutura dos derivativos que originaram a crise do subprime, em 2007. "Foi assim que o mercado criou os derivativos de crédito", diz o economista. Contudo, a falta de detalhes - sobretudo nessa segunda forma de ampliação do resgate - coloco ainda mais dúvidas sobre a eficácia do plano. Os detalhes, segundo os líderes europeus, sairão apenas em novembro.

Emergentes terão papel crucial – Segundo o jornal Le Figaro, a ideia, a partir de agora, é de "passar o chapéu" nos países detentores de grandes reservas internacionais. A única nação na Europa que se enquadra neste perfil é a Noruega – dona de um fundo soberano com 551 bilhões de "petrodólares". Mas o primeiro-ministro do país, Jens Stoltenberg, disse nesta quarta-feira em Oslo que não contribuirá com nenhum centavo para a proposta – lembrando que diversos líderes já o procuraram para tratar do assunto. Restam, portanto, os países emergentes, como China e Brasil. O Le Figaro destaca, inclusive, que o presidente do fundo de estabilidade, Klaus Regling, está com viagem prevista para Pequim nesta sexta-feira.

A China é um dos poucos países emergentes dispostos a comprar diretamente títulos da dívida europeia. O governo brasileiro já afirmou, por meio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que irá aplicar parte de suas reservas na Europa, mas por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI), forma de atuação considerada mais segura pelo governo. A Rússia também informou que irá investir por meio do FMI.

Fonte: Veja.com

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Commodities respondem por quase metade das exportações brasileiras

Desde 2006 que o Brasil vê as exportações de cinco commodities crescerem ano a ano. Os embarques de minério de ferro, petróleo (bruto), soja (complexo), açúcar (bruto e refinado) e complexo de carnes corresponderam a 46,8% das vendas brasileiras ao exterior de janeiro a agosto deste ano.

O aumento nas exportações brasileiras de commodities é puxado pela demanda dos países asiáticos, especialmente pela China. Segundo a Fundação de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), o destaque nos embarques fica por conta do minério de ferro que hoje responde por cerca de 16% das vendas e viu seus preços subirem 54% em relação a 2010.

De acordo com Fernando Ribeiro, economista-chefe da Funcex "A concentração da pauta nessas commodities é uma tendência do período. A demanda global por esses produtos aumentou muito, especialmente com a ascensão da China", afirma. Já para o consultor da Barral M Jorge Associados, Welber Barral, o fator de destaque para as exportações é a elevação nos preços. Somente o setor da agricultura e pecuária, a qual a soja faz parte, tiveram aumento de 37,4% em suas cotações.

Segundo Ribeiro, a pequena quantidade de commodities que respondem por quase metade das exportações brasileiras e os poucos mercados compradores, como a chinês, é um fator preocupante, pois deixa o Brasil vulnerável a oscilações de preços e mudanças econômicas, o que pode causar estragos na balança comercial brasileira.

Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira

Soja toma fôlego nas decisões da Europa e tem alta de dois dígitos

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago estenderam a alta registrada durante o pregão noturno para a sessão regular desta quinta-feira. A oleaginosa devolve uma pequena parte dos ganhos, porém, ainda opera com avanços de dois dígitos. Por volta das 13h32 (horário de Brasília), as cotações já tinham subiam mais de 16 pontos.

O impulso para o mercado de commoddities vem das notícias positivas que chega da Europa depois da aprovação de um pacote de medidas de contenção da crise da dívida da Zona do Euro anunciado na madrugada desta quinta-feira.

Analistas afirmam que a expectativa é bastante positiva e otimista, apostando em resoluções duradoras e eficazes.

No entanto, há ainda os especialistas que afirmam que os preços só nao sobem mais porque o mercado já esperava por algo similar ao anunciado esta noite e que não se trata de novidades significativas o suficiente para provocar altas ainda maiores nos preços, uma vez que, principalmente os grãos, contam com fundamentos bastante positivos.

Por outro lado, o mercado sente a influência negativa, porém pouco expressiva na sessão de hoje, das exportações semanais dos Estados Unidos abaixo das expectativas e também de fatores sazonais como a evolução da colheita nos EUA e também da evolução da safra na América do Sul.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Grãos recuam diante da alta do dólar e incertezas no cenário externo

Depois de encerrar o pregão noturno em queda, o complexo de grãos enfrenta mais uma sessão regular de fortes perdas. Por volta das 13h11 (horário de Brasília), os principais vencimentos da soja operavam com mais de 13 pontos de baixa. O milho perdia mais de 10 pontos nos contratos mais próximos e o trigo mais de 16.

O fator que mais pressiona os preços nesta quarta-feira é a disparada do dólar index, que acaba tornando as commodities menos atrativas para os investidores e importadores. Outra notícia que pesa também é a informação de reservas norte-americanas de petróleo acima do esperado, que também pressiona os preços da commodity e impacta nas cotações da oleaginosa.

Além disso, as notícias que chegam da Europa também continuam impactando nas commodities agrícolas. A falta de novidades concretas sobre soluções que pudessem acabar com ou ao menos controlar a crise da dívida na Zona do Euro.

Nesta quarta-feira, todas as atenções e expectativas do mercado financeiro estão concentradas na reunião de líderes da Zona do Euro. A Grécia é o foco das preocupações e o principal assunto da pauta. Além disso, estão em discussão também a recapitalização do setor financeiro e o fortalecimento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira.

O que se espera agora é que se confirme o anúncio pelo presidente francês Nicolas Sarkozy e pela chanceler alemã Angela Merkel de um plano abrangente que possa conter a expansão da crise da divida europeia após essa reunião de cúpula da União Europeia.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

China vive "era de ouro" do consumo e aumenta importações de soja e milho

A China, segundo maior consumidor mundial de milho, deverá aumentar suas importações em quatro vezes frente a um incremento da demanda por carne enquanto o país entra em uma "era de ouro" do consumo", informou o banco Morgan Stanley.

De acordo com a instituição financeira, na temporada 2011/12, as compras chinesas de milho podem aumentar e chegar a 4 milhões de toneladas, enquanto, no ciclo anterior, as importações foram de 1 milhão de toneladas. Já as compras de soja devem ser de 57 milhões de toneladas.

Já para a safra 2012/13, o Morgan Stanley estima compras de milho em 5,4 milhões de toneladas, e para o ciclo seguinte, 9,4 milhões de toneladas. Já as importações da oleaginosa poderiam alcançar as 70 milhões de toneladas na tempora 12/13.

O aumento das vendas para a nação asiática poderiam conter as baixas nos preços da soja neste ano, que já somam 12% nos futuros negociados na Bolsa de Chicago. Além disso, ainda poderiam reforçar a alta de 4,1% no caso do milho, também na CBOT.

O aumento da renda e a melhora dos hábitos alimentares na China, que tem quatro vezes a população dos Estados Unidos, está ampliando o consumo maior de alimentos no país.

"A China está entrando nessa era de ouro do consumo diante desse aumento da renda e da baixa das taxas de pobreza", disseram analistas do Morgan Stanley.

Com informações da Bloomberg


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Soja e milho revertem tendência negativa e têm leve alta na CBOT

Os negócios no complexo de grãos reverteram a tendência de baixa de abertura e voltaram a subir na Bolsa de Chicago nesta terça-feira. Os principais fatores de alta são o forte e expressivo avanço do petróleo em Nova York e também rumores sobre um possível aumento da demanda da China pela oleaginosa.

Hoje, o CNGOIC (Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos da China) informou que as importações de milho da nação asiática poderiam chegar a cinco milhões de toneladas em 2012.

No caso do milho, o suporte vem também dos dados divulgados ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que apontou que a colheita está em um ritmo menor do que o esperado pelo mercado.

Apesar desses fatores, o mercado de grãos ainda está atento às movimentações no mercado financeiro. Os principais índices de ações despecam ao redor do mundo. Novamente, a falta de novidades concretas sobre uma solução para a crise da dívida europeia preocupam os traders e trazem de volta o tom pessimista para as negociações.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Sojicultores antecipam venda da safra para garantir preço

A fim de garantir preços mais altos e não depender da relação de oferta e demanda, alguns estados já registraram comercialização superior a 50%, de uma safra que nem ao menos foi plantada completamente.

Com a perspectiva de plantar a mesma área de soja da safra anterior, o Estado do Paraná ainda se mostra conservador em suas projeções sobre a produtividade média de suas lavouras para esta safra. "Este ano, o estado retomará as áreas de milho, perdida nos últimos três anos. Com isso a área de soja acaba ficando do mesmo tamanho", comentou Magorete Demarchi, engenheira agrônoma do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Na safra 2011/2012 a expectativa é de plantar 4,43 milhões de hectares, ante os 4,48 milhões registrados no ano passado. Já a perspectiva da produção de soja paranaense é de uma queda de 7%, passando de 15,31 milhões de toneladas da safra passada para 14,22 milhões neste ano. "Na colheita anterior o clima foi excelente, fato que gerou recorde da produtividade, e recorde de nossa produção também", contou Margorete ao DCI.


Fonte: DCI

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Soja: área com transgênico passa dos 80% no Brasil

De acordo com a consultoria Céleres, 82,7% da soja cultivada no Brasil já são transgênicas (dado de agosto). Na safra de milho colhida no inverno deste ano (chamada safrinha, de fevereiro a junho) os transgênicos chegaram a 80,4% da produção; e o algodão geneticamente modificado corresponde a 40%.

Segundo o agrônomo Jorge Attie, analista de biotecnologia na Céleres, a elevada aceitação de organismos geneticamente modificados (OGMs) pelos produtores tem a ver com a economia de gastos e facilidade de manejo. “O produtor enxerga economia de aplicações em herbicidas e inseticidas. Ele substitui herbicidas por um só, o que facilita o manejo”, por isso o agricultor brasileiro, “nunca restringiu a produção do transgênico”.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, concorda e acrescenta que “a transgenia é uma ferramenta para aumentar a produção e para aumentar o tamanho das nossas safras”. Segundo ele, o aumento da produtividade no campo e a inclusão de novas áreas para plantio dependem da tecnologia. “Temos que considerar que vamos ter de ocupar áreas não tradicionalmente agricultáveis, áreas que tenham um índice de chuvas menor; áreas não agricultáveis, menores, menos herbicidas”.

Na opinião de Marcio de Castro Silva Filho, do Departamento de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), além do manejo e da produtividade, os transgênicos trazem vantagens para o meio ambiente. “Foram introduzidos nas plantas genes que as tornam tolerantes a moléculas de alguns herbicidas de classe toxicológica menos agressiva. Você passa a usar herbicidas que são menos agressivos ao meio ambiente e ao homem”, explica.

O presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), Edilson Paiva, concorda com a avaliação. “Quem pensa em meio ambiente e produção de maneira sustentável vê que não há possibilidade de não usar esse tipo de tecnologia”.

Apesar da grande aceitação na lavoura, o uso de OGMs não tem unanimidade. Para o pesquisador do Laboratório de Engenharia Ecológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) José Maria Ferraz, os riscos “não valem a pena” uma vez que os transgênicos podem “reduzir a diversidade de alimentos”. Além disso, “tenta se vender vantagem que já existe na natureza”, disse se referindo às sementes que podem ser enriquecidas com nutrientes.

Gabriel Bianconi Fernandes, de uma organização não governamental (ONG) especializada em segurança alimentar AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia, faz coro com Ferraz e diz que a expansão das lavouras transgênicas tem a ver com estratégias do mercado (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2010-05-18/agricultores-reclamam-que-monsanto-restringe-acesso-sementes-de-soja-convencional). “As sementes de transgênicos são fornecidas pelas mesmas empresas fornecedoras de sementes convencionais. À medida que elas vão lançando as transgênicas, vão tirando as convencionais do mercado”, apontou ao dizer que as sementes geneticamente modificadas são feitas para resistir aos agrotóxicos fabricados pelas empresas. “As empresa conseguem fazer venda casada”, aponta.

Polêmicas à parte, a projeção da consultoria Céleres é a de que as lavouras de soja geneticamente modificada cheguem a 30,4 milhões de hectares na safra 2019/2020 (hoje a extensão é 16,4 milhões de hectares). A área de milho passará no mesmo período de 4,3 milhões de hectares para 13,3 milhões de hectares. O algodão terá proporcionalmente a maior expansão: dos atuais 131 mil hectares para 2,1 milhões.

Atualmente, no Brasil, há cinco tipos de soja transgênica autorizados comercialmente pela CTNBio, 18 tipos de milho, nove tipos de algodão, um tipo de feijão, além de 14 vacinas e um micro-organismo (levedura).

Fonte: Agência Brasil

Ações de bancos caem e bolsa de Atenas tem forte recuo

No dia seguinte ao da reunião da cúpula da União Europeia neste domingo (24), o mercado grego reage mal às declarações dos líderes. Eles disseram que novas medidas para a Grécia foram discutidas e que o país poderá precisar de reformas adicionais. As negociações sobre um possível pacote de resgaste ao bloco europeu seguirão até quarta-feira (26).

Ao contrário das bolsas asiáticas, que mostraram otimismo com a possibilidade de resolução para a crise do bloco europeu, a Bolsa de Atenas operava em forte baixa. Perto das 8h30, o índice de ações caía 4,70%. O recuo é consequência da queda vertiginosa das ações dos bancos gregos em virtude das preocupações sobre as consequências para a economia de um desconto importante dos títulos da dívida grega.

Os valores bancários registravam perdas de entre 15% e 20%.

Apesar de a Grécia mostrar fortes baixas, as bolsas de outros países seguiam com valorização. Em Londres, a alta era de 0,58%; em Frankfurt, de 0,79%, em Paris, de 0,27%; em Madri, de 0,27% e, em Lisboa, de 1,36%.

Protestos
O parlamento grego aprovou, na última quinta-feira (20), um novo pacote com medidas de austeridade que buscam melhorar as precárias contas públicas do país, reduzindo o déficit de 10,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 para 8,5%. A aprovação ocorreu em meio a violentos protestos do lado de fora do parlamento, em Atenas.

O plano prevê cortes de receita, previdência e mais impostos, demissões de funcionários públicos e redução de salários no setor privado.

A implantação das medidas deve permitir arrecadar 7,1 bilhões de euros adicionais nos próximos 27 meses, e é crucial para que o país receba uma nova parcela do plano de resgate do Fundo Monetário Internacional (FMI) e União Europeia, destinado a evitar a falência da Grécia e impedir que a crise se espalhe para outros países da zona euro.

Fonte: Do G1, com informações da France Presse

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Grãos: Otimismo no mercado financeiro dá suporte ao mercado

Depois de uma semana toda de quedas, o mercado da soja encerrou o pregão noturno desta sexta-feira no azul. Apesar de tímidas, as altas trazem um novo fôlego para o mercado da oleaginosa. O milho e o trigo acompanharam os movimentos de avanço e também encerraram a sessão em alta.

O otimismo do mercado financeiro é o principal motivo para o cenário de hoje visto na CBOT. As expectativas para medidas que possam solucionar a crise que assola o continente europeu, especialmente a Zona do Euro, são positivas.

O que se espera é que resoluções sejam concretizadas e que até quarta-feira da semana que vem, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel anunciem um plano abrangente para esse entrave.

Para o mercado de commodities, incluindo as agrícolas, o que se espera é que os traders reduzam sua aversão ao risco e voltem a focar seus investimentos em ativos como alimentos e matérias-primas. Com a volta dos fundos e dos compradores, que também aproveitam as recentes baixas, a tendência é de que os preços possam voltar a subir.

Fundamentos - No quadro fundamental não há nada de novo e que possa trazer movimentações muito expressivas ao mercado. O que continua sendo monitorado pelos traders é a colheita nos Estados Unidos bem como a evolução da safra na América do Sul.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Soja: Plantio deve crescer menos de 1pct na Argentina

De acordo com a Bolsa de Cereias da Argentina, o plantio de soja para a safra 2011/12 deve crescer menos de 1% no país. A área plantada deve ficar praticamente em linha com a que foi cultivada no ano anterior, correspondente a 18,5 milhões de hectares.

A Bolsa espera que produtores cultivem com milho a área antes destinada à soja, enquanto que a oleaginosa deve ser plantada em campos recém abertos no norte do país. Porém, de acordo com especialistas, a área para a soja ainda poderá aumentar, caso os preços do milho se desvalorizem ou caso o cultivo do grão seja prejudicado por condições climáticas adversas.

Atualmente, as condições para o plantio dos grãos são favoráveis, porém muitos produtores seguem temerosos quanto ao desenvolvimento do fenômeno La Niña, que pode provocar períodos de estiagem severos. Entretanto, especialistas acreditam que nesta temporada o fenômeno será mais ameno.

Após os bons volumes de chuva registrados em áreas produtoras do país, o avanço o plantio de milho também evolui no país. Até o momento, 42,8% da área prevista para o grãos foi cultivada, correspondente a 3,5 milhões de hectares.

No caso do trigo, a safra 2011/12 se desenvolve com um nível adequado de umidade e a produção deve totalizar pelo menos 12,6 milhões de toneladas no país.

Fonte: Notícias Agrícolas // Marília Pozzer

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

À espera de solução para crise, bolsas da Europa recuam

As bolsas de valores da Europa fecharam no menor patamar das últimas duas semanas nesta quinta-feira (20), após um pregão volátil, com dúvidas sobre se a cúpula da União Europeia acontecerá no domingo, ofuscando notícias de que o fundo de resgate da região poderá comprar bônus no mercado secundário.

O investidor estava otimista de que o encontro do fim de semana resultaria em um plano concreto para resolver a crise de dívida. Mas o ânimo foi dissolvido depois que um jornal alemão noticiou que a Alemanha não descarta a possibilidade de adiar a reunião.

"Seria amplamente negativo para o mercado se eles não fecharem algum acordo até o fim de semana", disse o diretor de investimento de um fundo que administra US$ 80 bilhões.

O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 encerrou em queda de 1,35%, aos 955 pontos.

Os bancos, que têm exposição significativa às economias mais fracas da zona do euro e que seriam muito prejudicados no caso de um default da Grécia, lideraram os declínios, com baixa de 4%. O setor bancário perdeu 33% até agora neste ano.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,21%, a 5.384 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,49%, para 5.766 pontos.

Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 2,32%, para 3.084 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 3,78%, para 15.677 pontos.

Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 2,73%, para 8.608 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 1,16%, para 5.912 pontos.

Fonte: g1.com

Paraguai prevê produção histórica de soja e agricultores aumentam plantio

É tempo do plantio de soja, a cultura que rende ao Paraguai o título de quarto maior exportador do grão no mundo.

A família do brasileiro Marcelo Dezên tem propriedade no município de Colônia Iguaçú, a 50 quilômetros da fronteira com o Brasil. “Hoje a gente está procurando intensificar um pouco mais, produzir um pouco mais por hectare, e consequentemente ter um pouco mais de lucro”.

Hoje, a metade das lavouras do Paraguai está nas mãos de imigrantes brasileiros. Carlito Granja Filho é agrônomo de uma empresa que fornece assistência técnica, vende insumos e compra grãos de cerca de 700 agricultores da região de fronteira com o Brasil, uma das que mais plantam soja. Segundo ele, o plantio foi antecipado em várias propriedades procurando fugir do período final, que deve registrar estiagem.

O Paraguai bateu recorde de produção de soja na safra de 2011, com quase oito milhões de toneladas. A expectativa na safra de 2012 é de aumento na produção.

A previsão de uma produção histórica fez com que os agricultores do Paraguai aumentassem a área de plantio este ano. As lavouras de soja devem atingir em torno de três milhões de hectares, pelo menos 5% mais que na última safra.

O agricultor Max Menslin, paraguaio, filho de brasileiros, foi um dos poucos que decidiram não ampliar a área de cultivo. O motivo é a insegurança causada pelas frequentes invasões e ameaças de campesinos, os sem-terra do Paraguai. Entre outras coisas, eles alegam que os brasileiros ocupam áreas maiores do que consta nos documentos. “No momento, a gente se sente inseguro com medo do que possa chegar a acontecer em nossa propriedade”.

Fonte: Globo Rural

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

China elevará novamente importação de soja em 2011/12

As importações de soja pela China de setembro de 2011 a agosto de 2012 deverão subir para 58,5 milhões de toneladas, ante 52,85 milhões em 2010/11, e as continuadas compras do país asiático darão suporte aos preços, disseram analistas da consultoria alemã Oil World nesta terça-feira.

"A dependência da China por importação de soja já chegou a proporções alarmantes e deverá aumentar ainda mais em 2011/12, devido ao declínio da produção doméstica e ao aumento da demanda", afirmou a Oil World.

"As grandes necessidades de importação devem encontrar fontes limitadas de exportação, o que provavelmente irá contribuir para uma inversão da recente tendência de queda nos preços da soja no futuro próximo."

A safra de soja 2011/12 da China deverá cair para 13,7 milhões de toneladas, contra 14,8 milhões na última temporada, cobrindo apenas 19 por cento do consumo estimado, de acordo com a consultoria.

Porém, a China deverá transferir as compras de soja para a América do Sul nos próximos meses, por conta da diminuição da safra esperada nos Estados Unidos, disse.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu, em 12 de outubro, sua estimativa para a produtividade da soja dos EUA para a safra 2011/12.

"Nós consideramos provável que a China precise elevar suas importações de soja da Argentina e do Brasil a níveis recordes de 10 e 22 milhões de toneladas respectivamente na temporada de setembro de 2011 a agosto de 2012", disse a Oil World.

Isso seria bem acima das exportações de soja da Argentina para a China em 2010/11, de 8,02 milhões de toneladas, e do Brasil, de 17,93 milhões de toneladas.

Os Estados Unidos vão continuar sendo o maior fornecedor de soja da China, porém, as importações em 11/12 devem cair para 24,50 milhões de toneladas, ante 24,98 milhões em 10/11, de acordo com estimativas.

Fonte: Reuters

Soja recua em Chicago com avanço do plantio no Brasil

A soja amarga mais um dia de expressivas baixas na Bolsa de Chicago. A pressão agora não vem só das incertezas que assolam o mercado financeiro, mas também da boa evolução do plantio da oleaginosa no Brasil. Por volta das 14h06 (horário de Brasília), os vencimentos novembro/11 e janeiro/12 reuavam mais de 10 cents por bushel.

O clima favorece o plantio não só no país, mas em toda a América do Sul e isso já começa a pesar sobre o mercado. Nos últimos dias, as chuvas chegaram ao Sul e parte do Centro-Oeste do Brasil e contribuíram para esse bom desempenho do processo.

Um levantamento feito pela AgRural mostrou que, com essas condições climáticas favoráveis, até a última sexta-feira (14), o plantio da soja já havia sido concluído em 15% da área brasileira. No ano passado, a semeadura estava atrasada e somava apenas 2% nessa mesma época. O índice registrado em 2011 também é menor do que a média dos últimos cinco anos - 7%.

Além desse desenvolvimento do plantio acima da média, o mercado ainda sente as oscilações e incertezas do mercado financeiro, principalmente quanto ao resgate para os países da Zona do Euro que enfrentam uma séria crise.

O andamento da safra nos Estados Unidos também pressiona, uma vez que a colheita da soja e do milho já demonstram um desempenho melhor do que o esperado.

Por conta desses fatores, nem mesmo a movimentação negativa do dólar index, que torna as commodities mais atrativas aos investidores, dá suporte ao mercado nesta quarta-feira.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dilma pede acordo no G-20 para impedir que 'crise fique incontrolável'

A presidente Dilma Rousseff pediu nesta terça-feira (18), após reunião de cúpula entre Índia, Brasíl e África do Sul, que haja acordo entre países europeus na reunião do G-20 para evitar que a crise financeira internacional "fique incontrolável".

No começo de novembro, as 20 economias mais desenvolvidas do mundo se reúnem em Cannes, na França, e a crise deve ser o centro das atenções.

"Iremos, no início de novembro, participar da próxima reunião do G-20 em Cannes e estamos alertas para a necessidade de medidas imediatas que possam sustar o agravamento da crise, em especial na zona do euro. É necessário um acordo credível entre os países europeus para impedir que a crise fique incontrolável afetando o mundo inteiro", afirmou a presidente em declaração à imprensa ao lado do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Dilma está na África do Sul para a 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas e ainda visita nesta semana outros dois países africanos, Angola e Moçambique.

Durante declaração à imprensa na África do Sul, a presidente Dilma também disse que a crise exige a substituição de "teorias defasadas" e voltou a criticas medidas recessivas.

"Estou certa de que o desafio apresentado pela crise impõe a substituição de teorias defasadas de um mundo velho por novas formulações para este mundo novo que agora nós vivemos. Nossa experiência nos mostra que a mera adoção de políticas recessivas em nada contribui para a solução de dificuldades econômicas."

Dilma Rousseff citou, na declaração à imprensa, que os três países do Ibas tem lutado pela liberdade e pela democracia. "Atuamos – os nossos três países – inspirados por nossas próprias histórias de luta, pela liberdade e pela democracia, nas quais, sem sombra de dúvida, Mahatma Gandhi e Mandela são exemplos extraordinários dos grandes acontecimentos que modificaram para sempre a humanidade."

Cúpula do Ibas
Mais cedo, durante discurso na cúpula do Ibas, Dilma pediu o "fim imediato" dos conflitos na Síria e na Líbia. O encontro, que reúne Índia, Brasil e África do Sul em Pretória, capital do país africano, pretende discutir, além dos conflitos no Oriente Médio, a crise internacional e projetos de cooperação entre os países.

"Na Síria, defendemos o fim imediato da repressão e encorajamos diálogo nacional para lograr uma saída não violenta. Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas, especialmente as realizadas à margem do Direito Internacional, não trazem a paz nem protegem os direitos humanos. Agravam conflitos ao invés de resolvê-los", discursou a presidente.

Viagem à África

Na noite de terça, Dilma embarca para Maputo, capital de Moçambique, onde serão assinados acordos de cooperação técnica. Na quarta (19), acontece o primeiro compromisso oficial da presidente no país africano, uma cerimônia em homenagem a Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique após a independência, que morreu em 1986.

Na quarta à noite, a presidente embarca para Luanda, capital da Angola. Em sua primeira visita ao país como chefe de Estado, Dilma quer manter ativa a boa relação diplomática histórica com o país africano.

A agenda oficial começa na quinta (20) pela manhã com uma visita ao monumento em homenagem a Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que morreu em 1979. Em seguida, Dilma se reúne com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

Fonte: g1.com

Plantio deslancha por todo o Mato Grosso e supera 2010

O plantio da nova safra de soja, em Mato Grosso, se espalha por todas as regiões e está em um ritmo muito acima do observado em igual período do ano passado, quando ao invés das chuvas, produtores ainda aguardavam pelas primeiras precipitações para dar largada à temporada nacional. Até a última sexta-feira, pouco mais de 21% dos mais de 6,78 milhões de hectares que deverão ser cobertos com a oleaginosa, estavam semeados, percentual que equivale a mais de 1,4 milhão de hectares. Em igual período de 2010, somente 6,7% de uma área 5,8% menor estavam cobertos.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o algodão é o grande combustível do produtor neste momento. Se aproveitando das chuvas, ainda irregulares, mas já presentes, o sojicultor acelera as plantadeiras com objetivo de manter a soja dentro da janela de plantio e ainda garantir uma segunda safra. “Influenciados, majoritariamente pelo algodão, os produtores que optaram por plantar a fibra como segunda safra correm para conseguir produzir os grãos da oleaginosa o mais rápido possível, e assim aproveitar todo o clima para a segunda cultura”, diz trecho do Boletim Semanal do Imea. Com o ritmo empregado no campo e com as previsões de mais chuvas a partir de novembro, a expectativa é de os primeiros talhões dessa nova safra de soja sejam colhidos antes da virada do ano. A região com o plantio mais adianto é a médio norte com 33,7% dos mais de 2,64 milhões há semeados. A porção detém sozinha quase 40% da área disponibilizada à cultura. Na lanterninha está a nordeste, a última a dar o start da nova safra. Apenas 4,1% dos 884 milhões há estão semeados.

Mas o sojicultor mato-grossense não está apenas de olho no céu. Tão importantes como as informações meteorológicas são aquelas que vêm do mercado internacional, seja sobre oferta e demanda, como também o saldo da safra norte-americana. Se os atuais fundamentos se mantiveram até abril, quando se encerra a colheita da soja no Estado, é bem possível que este ciclo entre para história como a maior e melhor safra já vista em Mato Grosso. “Se esse cenário positivo {do mercado internacional prosseguir}, o agricultor, além de conseguir um bom período para o cultivo da primeira e da segunda safra {o que em outras palavras quer dizer produtividade}, conseguirá bons resultados no mercado”, aponta o Imea.

Seguindo na mesma linha do otimismo das lavouras mato-grossenses, devido ao último relatório do Departamento de Agricultura Norte-Americano (Usda), que diminuiu os números de área apta à colheita e também reduziu a produtividade da soja dos EUA, “as cotações da oleaginosa reverteram o quadro de queda, a partir do dia 10 e, pela primeira vez depois de uma semana em baixa, o mercado obteve altas significativas”. Com isso, todos os contratos obtiveram ganhos acima de 55 pontos. Na quinta-feira os contratos voltaram a registrar ganhos expressivos ainda sob influência dos dados divulgados pelo Usda. No encerramento da semana o contrato de novembro estava sendo cotado a US$ 12,68/bushel e o contrato março, a US$ 12,85/bushel.

De acordo com o Usda, a projeção para a produção norte-americana do grão na safra 11/12 neste mês reduzirá em 690 mil toneladas, sendo resultante da diminuição da produtividade, que saiu de 46,85 sacas por hectare e foi para 46,51 sacas por hectare, nos principais estados produtores de soja nos EUA. A diminuição na projeção dos estoques iniciais resultou em uma redução evidente na projeção dos estoques finais, em média de 130 mil toneladas.

TEMPO – Conforme dados obtidos pelo Imea, junto à Somar Meteorologia, Mato Grosso apresentou durante a primeira quinzena de outubro uma variação de chuva abaixo do normal, ficando entre 50 milímetros (mm) e 100 mm. A previsão para o próximo mês será de chuvas irregulares e temperaturas mais baixas, e em dezembro a chuva se consolidará, com médias acima do normal na maior parte do Estado.

Fonte: Diário de Cuiabá

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Soja: fraqueza do dólar e números do USDA puxam preços para cima

A soja mantém o ritmo do pregão noturno e abre a sessão regular desta sexta-feira em Chicago com mais ganhos. No contrato novembro/11, a oleaginosa avançava mais de 15 pontos às 12h08 (horário de Brasília), enquanto o milho e o trigo ganhavam 6 pontos em seus principais vencimentos.

De acordo com analistas, a alta da soja é puxada pela fraqueza do dólar índex, que hoje opera abaixo do patamar de 77 pontos e pelo último relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) que trouxe números de redução na produção norte-americana. Já o relatório semanal de exportações do Departamento veio dentro do aguardado pelo mercado, com 672,4 mil toneladas embarcadas na semana encerrada em 6/10. A expectativa inicial ia de 500 a 800 mil toneladas.

O bom desempenho do euro frente ao dólar e os números positivos das bolsas europeias também dão suporte aos futuros do complexo de grãos. Segundo analistas, rumores de um reaquecimento na demanda mundial completam o bom cenário para as commodities. De acordo com informações das duas principais empresas estatais da China, até a tarde de terça-feira, dia 11, os chineses já haviam comprado 2 milhões de toneladas de soja e 1,5 milhão de milho norte-americano.

Milho e trigo

As cotações do milho encontram suporte no bom volume de vendas líquidas do cereal divulgados hoje pelo USDA que superam as expectativas do mercado. Rumores de vendas adicionais as 900 mil toneladas comercializadas esta semana com a China também favorecem a alta nos preços. Já o trigo deve realizar movimentos técnicos na busca pela recuperação das recentes perdas. As altas dos contratos vizinhos, do petróleo e dos metais favorece os futuros do grão.

Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira

Bolsas asiáticas caem diante de temor sobre Europa e China

A maioria das principais bolsas de valores asiáticas fechou em baixa nesta sexta-feira (14), diante de preocupações sobre o crescimento econômico global e a crise de dívida da Europa.

O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 0,23%, mas ainda tinha alta de cerca de 5% no acumulado da semana - que deve ser o maior avanço semanal desde novembro do ano passado. No ano até agora, o índice perdeu algo em torno de 16%, após fortes declínios em agosto e setembro.

Dados da balança comercial da China, mais fracos que o previsto, também pioraram o humor do mercado, gerando dúvida sobre a situação da economia global. Com receios sobre a demanda enfraquecida da China, o setor de matérias-primas liderou as perdas.

Os preços ao consumidor chinês subiram 6,1% em setembro sobre o ano passado, alta um pouco menor que em agosto e reforçando a perspectiva de que o país mantenha o juro básico.
Em Tóquio, o índice Nikkei perdeu 0,85%, após atingir o maior nível das últimas quatro semanas na quinta-feira. As ações da fabricante de câmeras Olympus desabaram quase 18%, depois que a companhia demitiu seu diretor-executivo.

Os mercados de Hong Kong e Xangai se depreciaram 1,36% e 0,30%, respectivamente, com realização de lucros após o rali das ações dos bancos e das imobiliárias nesta semana.
O índice de Seul encerrou em alta de 0,67%. A bolsa de Taiwan recuou 0,95%, enquanto o índice referencial de Cingapura avançou 0,37%. Sydney fechou com desvalorização de 0,92%.

Fonte: G1.com

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Confira o comentário de Liones Severo sobre o mercado

O ´touro` representa o mercado altista (bullish)`, porque ataca sua presa de baixo para cima, enquanto que o ´urso` representa o mercado baixista (bearish) porque ataca sua presa de cima para baixo.

Os preços da soja que despencaram a partir de 22 de setembro até 4 de outubro, período este, que os compradores finais aproveitaram para recompor suas compras/estoques de soja, principalmente no mercado americano. Muitos exportadores americanos que realizaram grandes vendas de soja, não conseguiram se cobrir no mercado físico porque os produtores americanos que, assim como, os produtores brasileiros e argentinos - suspenderam as vendas de soja, nesse período de preços deprimidos.

Restou a opção dos exportadores americanos optar pela cobertura de futuros na Bolsa de Chicago que desencadeou o atual movimento forte de alta dos preços.

Comentários diversos apontam que os chineses (dragão) compraram mais de 30 navios de soja (cerca de 2.0 milhões de tons) entre os últimos dias do mês de setembro e os primeiros dias de outubro e uma grande quantidade de oleo de soja, aproveitando os respectivos preços fracos.

Permanece a expectativa sobre o relatório do USDA, a ser divulgado amanhã (12/10) sobre a produção das safras americanas de soja, milho e trigo, que ainda estão em trabalhos de colheitas. As safras de milho e soja, já apresentam um déficit na produção comparativa a safra anterior, o que poderá resultar em um nova redução dos estoques de passagem das safras de 2012.

Com oferta reduzida e estoques baixos, será um grande risco que o relatório seja baixista, porque qualquer movimento de baixa dos preços atuais, deverá resultar em aumento de demanda, agravando o suprimento já deficitário pelas perdas das safras americanas.



Fonte: Liones Severo - Analista de mercado

Soja dispara com fundos e compradores de volta ao mercado. Milho no limite de alta

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago registram um dia de fortes e expressivas altas nesta terça-feira. Por volta das 14h22 (horário de Brasília), horário de Brasília, os principais vencimentos já somavam mais de 60 pontos de alta, voltando ao patamar dos US$ 12 por bushel.

O milho e o trigo caminham na esteira do avanço da oleaginosa e também operam com forte alta. No mesmo momento, as duas commodities já subiam quase 40 pontos.

O principal fator de sustentação para as cotações nesta segunda-feira é a volta dos compradores ao mercado. Com as recentes baixas dos preços, os consumidores aproveitam as oportunidades para garantir seu produto. "A demanda viu os preços mais baixos e voltou ao mercado", disse o analista de mercado Glauco Monte, da FCStone.

Além disso, o apetite dos compradores não é o único. Os investidores também retornam às commodities agrícolas favorecendo as altas registradas hoje no complexo de grãos. O objetivo agora é a cobertura de posições vendidas. Os traders almejam agora um posicionamento mais favorável às vésperas da divulgação do relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quarta-feira (12).

O movimento reflete a necessidade dos investidores de saírem de suas posições vendidas e irem para as compradas uma vez que espera-se uma nova pressão negativa nos preços com as expectativas de aumento da produção, produtividade e estoques de soja nos Estados Unidos. Até meio-dia de hoje, mais de 165 mil contratos de milho/dezembro e mais de 150 mil de soja/novembro já haviam sido operados.

Com esse aquecimento da demanda, com sinais até mesmo da China de volta ao mercado, os grãos conseguem driblar a alta do dólar e fraqueza do mercado financeiro que, nesta terça-feira, está em estado de atenção com algumas notícias negativas chegando da China e da Europa.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Mantega diz que europeus 'sempre demoram' a dar soluções para crise

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou nesta segunda-feira (10) a demora dos governos europeus em tomar medidas para conter a crise.

“Os europeus sempre demoram a dar as soluções e, quando elas vêm, já chegam tarde”, disse, depois de participar da reunião de coordenação política do governo, no Palácio do Planalto.
O ministro criticou o anúncio da primeira-ministra da Alemanha, Ângela Merkel, e do presidente da França, Nicolas Sarkozy, de implementar “nos próximos 20 dias” um pacote de medidas para resgatar bancos europeus e países em crise.

“É preciso superar esses problemas, e a primeira-ministra Ângela Merkel e Sarkozy prometeram um programa de capitalização dos bancos europeus e programa que ajude a Grécia. Só que ela prometeu isso para os próximos 20 dias. Eu não sei o que vai acontecer nos próximos 20 dias”, disse.

Ajuda dos Bric

Mantega afirmou que o Brasil quer "ajudar" a Europa a combater a turbulência financeira. Segundo ele, os países que compõe o chamado Bric, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, concordam que a "melhor maneira” de ajudar a Europa a combater a crise econômica é por meio de repasses ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Nós fizemos uma reunião dos Bric e nós discutimos uma maneira de ajudar a recuperação da economia europeia. Não é só uma crise da economia europeia, é mundial. Foi combinado entre nós que a melhor maneira seria reforçar o Fundo Monetário”, disse.

Segundo o ministro, a possibilidade de reforço do FMI será discutida na próxima semana, na França, durante reunião de ministros da área econômica do G20, grupo formado pelos 20 países detentores das maiores economias do mundo.

“Na semana que vem, estou indo para Paris porque lá terá reunião de ministros do G20. Lá, teremos ocasião para detalhar esses problemas, como um reforço ao Fundo Monetário.”
Nos dias 3 e 4 de novembro será a vez de os chefes de Estado do G20 se reunirem, em Cannes, para as conclusões da cúpula. A presidente Dilma Rousseff deve participar do encontro.

Segundo o ministro, a possibilidade de reforço do FMI será discutida na próxima semana, na França, durante reunião de ministros da área econômica do G20, grupo formado pelos 20 países detentores das maiores economias do mundo.

“Na semana que vem, estou indo para Paris porque lá terá reunião de ministros do G20. Lá teremos ocasião para detalhar esses problemas, como um reforço ao Fundo Monetário.” Nos dias 3 e 4 de novembro será a vez de os chefes de Estado do G20 se reunirem, em Cannes, para as conclusões da cúpula. A presidente Dilma Rousseff deve participar do encontro.

De acordo com Mantega, é preciso evitar que a crise alcance uma fase “aguda”. “Estamos numa crise crônica. [...] O que temos de evitar é que chegue a uma fase aguda”, declarou.

China

O ministro afirmou ainda que o “maior perigo” da crise para o Brasil é a possibilidade de a China vir a ser fortemente afetada pela recessão econômica em países desenvolvidos.

“O perigo é que, com essa contração da economia mundial, os países emergentes dinâmicos, como a China sejam afetados. Temos que torcer para que a economia chinesa não tenha uma desaceleração”, afirmou.

Mantega destacou que o gigante asiático é o maior parceiro comercial do Brasil. “Nosso maior parceiro comercial hoje é a China. Nosso temor é que isso acabe comprometendo o comércio de países emergentes”, declarou.

O ministro ressaltou que o Brasil, por enquanto, não foi prejudicado em termos de exportações, porque vende mais commodities e menos produtos manufaturados.

Fonte: G1.com

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Soja recupera posições com mercado financeiro mais tranquilo

Os futuros da soja aproveitam a tranquilidade dos mercados financeiros e abrem o primeiro pregão regular da semana com boas valorizações. Às 11h44 (horário de Brasília) a oleaginosa subia mais de 29 pontos no contrato maio/12.

Segundo analistas, a expectativa positiva para a economia europeia por conta de medidas tomadas pela Alemanha e França para tentar sanar os problemas de capitalização dos bancos europeus e da crise da dívida grega, faz com que os investidores migrem do dólar para as commodities agrícolas, diante de uma menor aversão ao risco e de, consequentemente, um apetite maior por ativos de risco. Neste cenário, as commodities são altamente atrativas pelos baixos preços em um mercado muito vendido.

Mesma regra aplica-se ao milho que no mesmo horário registrava alta de superior aos 16 pontos nos principais vencimentos. Para o trigo, o cenário também é positivo, com alta de 17 pontos no contrato dezembro/2011.

Ainda de acordo com analistas, os traders também buscam um melhor posicionamento frente ao último relatório de oferta e demanda deste ano do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) que será divulgado nesta quarta-feira, dia 12, com indicação de números positivos para a safra norte-americana.

Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira

Área plantada com soja em MT deve ter alta de 4,5pct na safra 2011/2012

Mato Grosso é o estado do Centro-Oeste que vai apresentar o maior aumento de área para plantio de soja na safra 2011/2012. O incremento será de 303,9 mil hectares, o que representa uma elevação de 4,5% em relação à safra anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, a expansão do grão deve acontecer principalmente na região leste, no vale do Araguaia, onde está havendo a conversão de área de pastagem para a agricultura. “Pelo menos 200 mil hectares devem ser destinados à soja naquela região", afirma.

A produção da oleaginosa no estado também deve crescer, passando de 20,4 milhões de toneladas para 20,7 milhões de toneladas. Apesar disso, Silveira explica que a alta na produtividade vai ser muito pequena, porque as novas áreas usadas para plantio não possuem o mesmo nível de rendimento e devem colher em torno de 40 a 45 sacos de soja.

Para a safrinha de milho em Mato Grosso, o levantamento da Conab aponta aumento de produção e produtividade de 1,3%, apesar de manter área inalterada.

Fonte: Agência Safras

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Fundamentos e mercados externos derrubam preços da soja

Depois de registrar leve recuperação durante a semana, o complexo de grãos fechou a sessão eletrônica desta sexta-feira com quedas em Chicago. A soja recuou mais de 10 pontos nos principais vencimentos pressionada pelo avanço da colheita nos EUA, assim como o milho, que perdeu 8 pontos no contrato maio/12.

O trigo também encerrou no negativo, com baixa de 9 pontos no contrato março/12 sob pressão do clima no Cinturão de Produção norte-americano que favorece o plantio do cereal.

Além dos próprios fundamentos, as quedas nas cotações dos grãos foram sustentadas pela instabilidade na economia mundial. Hoje, a notícia de que a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a nota de rating de 12 instituições financeiras britânicas e 6 portuguesas trouxe mais temores quanto a uma possível crise na União Europeia. A notícia vem após uma semana mais tranquila para os mercados financeiros, com a divulgação do Banco Central Europeu de novas medidas para prover liquidez aos bancos da zona do euro.

Chamada para Abertura na Bolsa de Chicago

Soja: baixas de 10 a 12 pontos

Milho: baixas de 6 a 8 pontos

Trigo: baixas de 7 a 9 pontos


Fonte: Notícias Agrícolas - Ana Paula Pereira

EUA não devem voltar a uma recessão, dizem companhias

A economia dos Estados Unidos não está entrando novamente em recessão, mas passa por uma longa e lenta recuperação conforme os impasses políticos em Washington e na Europa deixam as empresas cautelosas em realizar investimentos, segundo altos executivos americanos.

"A recuperação está a caminho, mas é uma recuperação lenta e vagarosa. Mais lenta do que gostaríamos", disse o presidente-executivo da GE, Jeff Immelt, a um grupo de cerca de 500 executivos de companhias americanas de médio porte. Embora o cenário esteja deixando executivos nervosos, a situação não aparenta estar nem perto da calamidade vista durante a crise do crédito no início da última recessão. "Isso é muito diferente de 2008", disse Immelt, que preside o maior conglomerado dos EUA. "Há liquidez, há bolsões de crescimento".

Outros líderes corporativos americanos apresentaram análises similares nesta quinta-feira, incluindo o presidente-executivo da FedEx, Fred Smith, e o da ExxonMobil, Rex Tillerson. Dados divulgados nesta quinta-feira reforçam suas posições: a atividade manufatureira, os gastos corporativos e a venda de veículos motorizados sugeriram que a economia, que se expandiu a uma taxa anualizada de 1,3% no segundo trimestre, pode evitar um imediato declínio em sua capacidade de produção. "Não vemos uma contração; não vemos uma recessão", disse Smith, da FedEx. "Está constante, é um crescimento lento".


Fonte: Reuters

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Principais bolsas europeias fecham em alta acima de 3pctPrincipais bolsas europeias fecham em alta acima de 3pct

As principais bolsas europeias encerraram a quinta-feira (6) com ganhos de mais de 3%, após o anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de uma série de medidas de apoio às entidades da zona do euro.

Frankfurt ganhou 3,15%, Londres 3,71%, Paris 3,41%, Milão 3,55% e Madri 2,68%.

O Banco Central Europeu (BCE) informou que decidiu retomar a operação de compra de bônus cobertos (títulos) e manter duas operações separadas de refinanciamento para bancos da zona do euro, afirmou o presidente da autoridade monetária, Jean-Claude Trichet, num esforço para evitar uma iminente crise de liquidez.

Falando na última entrevista coletiva à imprensa do seu mandado de oito anos na condução do BCE, Trichet afirmou que o banco comprará até 40 bilhões de euros em bônus cobertos emitidos por bancos, a partir de novembro. O banco fará suas compras nos mercados primário e secundário e espera concluir o programa em outubro de 2012.

Além disso, o BCE fará uma oferta de refinanciamento de 12 meses em outubro e outra com vencimento de aproximadamente 13 meses em dezembro. Ambas as ofertas terão tamanho ilimitado. Trichet disse também que o banco continuará a oferecer liquidez ilimitada em suas operações semanais e mensais até julho do próximo ano.

As medidas "continuarão a assegurar que os bancos da zona do euro não estão limitados no lado da liquidez", afirmou Trichet. Segundo ele, os riscos para a economia "continuam no sentido descendente em um ambiente de incerteza particularmente elevada", enquanto os riscos para a estabilidade dos preços no médio prazo permanecem "amplamente equilibrados."

Fonte: g1.com

Câmbio rebate queda da soja

Enquanto as cotações internacionais dos grãos caem expressivamente, o produtor brasileiro sente variações bem mais suaves nos preços. O fenômeno não isenta o setor da crise, mas impediu que as perdas chegassem a 20,7% no último mês.

Essa foi a queda da cotação da soja na Bolsa de Chicago de 31 de agosto até ontem. No contrato de primeira posição, com vencimento em novembro, o bushel (27,2 kg) despencou de US$ 14,65 para US$ 11,62.

Nesse mesmo período, em vez de 20,7%, os preços da soja no Paraná caíram 7%, conforme levantamento do Centro de Estudos Avançados em Eco­­nomia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea). A saca do grão, que valia R$ 51 no dia 31 de agosto, ontem era negociada a R$ 48 em Paranaguá. O câmbio funcionou como um amortecedor para as commodities agrícolas.

O consultor em gerenciamento de risco da FCStone, Glauco Monte, explica que o fortalecimento da moeda americana no Brasil acompanha os movimentos vistos em outros países. “O nosso câmbio está exposto às variações dos investidores externos, mas também sofre interferência das medidas do governo brasileiro”, pontua. As intervenções internas, porém, não têm impedido que o câmbio funcione como um muro de proteção para a soja, principal produto agrícula do país.

Ele conta ainda que a correlação inversa entre os grãos e o dólar tem ganhado força nos últimos tempos e que os preços da soja e do milho estão sendo mais influenciados pela situação da economia mundial do que por fundamentos do mercado. “Quando o dólar sobe, os investidores tendem a liquidar seus contratos em commodities a assumir maior risco com outros ativos. Para isso, compram dólar e automaticamente fortalecem a cotação da moeda”, explica Monte. Isso implica maior oferta de contratos de commodities, que perdem valor no mercado internacional.

Diante das incertezas quanto ao futuro da economia nos países em crise, especialmente nos europeus, especialistas avisam que o sobe e desce tende a continuar em todos os mercados. “O risco de recessão ainda é muito grande. Acredito que a volatilidade deve continuar forte até novembro”, projeta Steve Cachia, analista da Cerealpar.

Fundamentos positivos

Apesar de a crise internacional ameaçar os preços dos grãos, especialistas acreditam que ainda há espaço para uma reação do mercado. O otimismo é justificado pela promessa de maior demanda por soja e milho, puxada especialmente pela China, e de redução da produção norte-americana.

“Os estoques dos Estados Unidos estão muito baixos e a expectativa é que a safra seja reduzida. Com isso, aumentam as chances de o Brasil se tornar o principal fornecedor de milho para a China”, cita Cachia, que recentemente esteve em um Congresso Mundial de Grãos, em Cingapura.

“A maior preocupação deles (chineses) está relacionada com quem vai conseguir fornecer milho, já que a prioridade dos Estados Unidos é produzir etanol”, diz. Representantes do país asiático disseram no evento que a demanda anual pelo produto pode ser de 6 a 7 milhões de toneladas a partir de 2012.

Fonte: Gazeta do Povo

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Grãos: Melhora no mercado financeiro impulsiona mercado

Após sucessivas quedas, os grãos voltaram a fechar o dia em alta na Bolsa de Chicago. Uma quarta-feira mais tranquila no mercado financeiro e os movimentos técnicos trouxeram um novo fôlego aos preços e aliviou a pressão nos mercados da soja, do milho e do trigo.

Os analistas ainda afirmam que o mercado segue sobrevendido. As altas, portanto, são limitadas pelas incertezas e pela fragilidade da economia global. Nas últimas sessões, os futuros da oleaginosa perderam cerca de US$ 3 por bushel.

Porém, hoje os preços mantiveram-se durante todo o pregão do lado positivo da tabela refletindo um dia mais confiante no cenário macroeconômico,com as bolsas de valores, o petróleo e os metais em alta frente a desvalorização do dólar.

Outro freio para as altas foi a evolução da colheita da safra norte-americana. A entrada de uma produção que já é tida como maior do que as projeções pessimistas começa a pesar sobre o mercado e limitar avanços mais significativos.

Nesta quarta-feira, a consultoria norte-americana reportou um incremento em sua projeção para a safra de soja dos Estados Unidos de 83,31 para 84,02 milhões de toneladas. A produtividade também teve um aumento. Nesse caso, de 43,41 para 43,72 sacas por hectare.

Milho e trigo - Já o mercado do milho teve altas bem mais expressivas e encerrou o dia com avanços de mais de 17 pontos nos principais vencimentos. Os principais motivos para a subida das cotações foram o melhor desempenho do mercado financeiro, a desvalorização da moeda norte-americana e os ganhos registrados pela soja e principalmente pelo trigo.

O grão fechou a quarta-feira subindo quase 20 pontos na Bolsa de Chicago, refletindo também uma recuperação técnica e os mesmos fatores positivos dos fatores externos.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Soja: Compradores voltam ao mercado e mercado avança

Depois das fortes quedas registradas ontem pelo complexo de grãos no mercado internacional, os futuros da soja, do milho e do trigo fecharam o pregão noturno desta quarta-feira em alta e estenderam as altas para a sessão diurna.

Segundo analistas, as cotações reagem graças a movimentos técnicos e também à volta dos compradores ao mercado, uma vez que os preços mais baixos tornam-se mais atrativos para os importadores. Com essa movimentação acontecendo na soja, trigo e milho sobem na esteira da oleaginosa.

Além disso, os grãos contam ainda com um cenário macroeconômico mais tranquilo nesta quarta-feira, mesmo diante da notícia do rebaixamento da nota de crédito da Itália pela agência de classificação de risco Moody's.

O mercado financeiro tomou um novo fôlego com a a fala do presidente de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (o Banco Central dos EUA), afirmando que poderia liberar mais dinheiro para alavancar a economia norte-americana.

Entre os fundamentos, porém, a evolução da colheita nos Estados Unidos pressiona ligeiramente o mercado. A entrada da safra norte-americana, que pode ser maior do que as projeções do mercado, pode pesar um pouco sobre o mercado e limitar as altas.

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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terça-feira, 4 de outubro de 2011

BC volta a intervir no câmbio, e dólar segue em baixa

O preço do dólar segue ajustando para baixo nesta terça-feira (4) , após a realização do leilão de swap cambial (operação equivalente à venda de dólar no mercado futuro). Por volta das 13h45, o dólar comercial apontava baixa de 0,47%, a R$ 1,883 na venda, depois de subir a R$ 1,902.

A oferta de swap aconteceu entre 11h15 e 11h30. Dos 90.525 contratos ofertados, 33.150 foram tomados, ou 37% do lote ofertado, movimentando US$ 1,65 bilhão. Na segunda-feira, o BC já tinha vendido swaps em operação que movimentou US$ 1,695 bilhão.

Com a operação desta terça, já são três leilões de swap cambial. A primeira deles aconteceu em 22 de setembro, depois de mais dois anos fora da "caixa de ferramentas" do BC.

Depois de fechar setembro com valorização de 18%, o dólar comercial voltou a subir no primeiro pregão de outubro, engatando a quarta alta seguida, num dia em que o Banco Central (BC) ofereceu contratos de swap cambial para frear a valorização da moeda.

A taxa de câmbio fechou a última sessão com ganho de 0,56%, variação aliviada pela intervenção do Banco Central com um leilão de swap cambial no fim do dia. Entre 11h15 e 11h30 desta terça, o BC realiza outra operação do tipo, com resultado às 11h45.

Fonte: Do G1, com informações do Valor Online

Brasil amplia liderança em superávit do campo

Apesar da alcunha de "celeiro do mundo", o Brasil ainda está longe de ser o maior fornecedor global de alimentos. Mesmo com todo o crescimento recente, o país ainda está distante de alcançar os patamares de produção e exportação dos Estados Unidos, a maior potência agrícola do planeta. Contudo, há um quesito em que o agronegócio brasileiro lidera com folga e vantagem crescente sobre os concorrentes americanos: a geração de saldos comerciais.

Os últimos dados do Ministério da Agricultura mostram que o setor registrou um saldo comercial recorde, de US$ 71,9 bilhões, no período de 12 meses encerrado em agosto. Líderes no ranking de exportação, os EUA estimam saldo de US$ 42,5 bilhões no ano encerrado no último dia 30, um resultado 40% inferior ao brasileiro. É importante fazer uma ressalva: há diferenças entre as metodologias adotadas por Brasil e EUA nesse cálculo. Ao contrário do nosso ministério, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) não contabiliza, por exemplo, transações de produtos florestais e pescados. Além disso, nenhum dos dois contabiliza suas importações de insumos para a produção agropecuária, o que superestima o resultado externo do setor.

Mesmo assim, o resultado é consistente com os últimos dados consolidados da Organização Mundial do Comércio (OMC), que aplica uma única metodologia. Segundo a OMC, o Brasil fez em 2009 um saldo US$ 30,6 bilhões maior que os EUA. Na comparação entre os dados de cada governo, a vantagem brasileira naquele ano foi de US$ 31,9 bilhões.

O agronegócio dos EUA produzia um saldo maior que o brasileiro até o fim dos anos 90. Em 1999, o Brasil, então um náufrago na crise de países emergentes, viu-se obrigado a desvalorizar o real e a estimular as exportações para equilibrar as contas. O câmbio favorável, combinado com o financiamento para a renovação do maquinário e a renegociação das dívidas do setor que o precedeu, abriu caminho para um novo ciclo de investimentos. De lá para cá, a vantagem brasileira apenas cresceu.

Os EUA ainda são os maiores exportadores brutos de produtos agropecuários. O USDA estima que o país vendeu o equivalente a US$ 137 bilhões nos últimos 12 meses, 55% mais do que os US$ 88 bilhões exportados pelo agronegócio brasileiro entre setembro de 2010 e agosto de 2011. Nesse quesito, os americanos ampliaram sua vantagem sobre os brasileiros, de cerca de US$ 30 bilhões para quase US$ 50 bilhões na última década.

A principal diferença entre os dois países está no fôlego das importações americanas, que saltaram de US$ 38,9 bilhões para US$ 94,5 bilhões desde o início dos anos 2000. Só nos últimos 12 meses, as despesas saltaram 20% impulsionadas pela alta dos preços. Com isso, os americanos importaram, na média, o equivalente a US$ 0,70 para cada dólar adicional exportado desde 2000.

O Brasil também viu suas importações se multiplicarem, proporcionalmente mais que as americanas, mas em uma base muito inferior - de US$ 5,7 bilhões, no ano 2000, para pouco mais de US$ 16,3 bilhões nos 12 meses até agosto. Desse modo, o setor importou apenas US$ 0,18 para cada dólar adicional exportado.

"Os EUA são um país relativamente aberto, possuem uma demanda enorme e são dependentes das importações de vários produtos", justifica André Nassar, diretor geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone). Os americanos importam grandes volumes de açúcar, café, suco de laranja, frutas e outros itens tropicais. Apenas os desembarques de hortifrutigranjeiros nos últimos 12 meses são estimados em US$ 39,5 bilhões, 11% mais do que em 2010. As importações de açúcar e café, produtos dos quais o Brasil é o maior exportador mundial, ultrapassam a marca de US$ 13 bilhões no período.

Já o Brasil é autossuficiente em quase todos os produtos agrícolas. "Vai demorar muito tempo até que o Brasil tenha uma renda capaz de comprometer nossa balança agrícola. Até lá, vamos continuar a importar apenas aquilo em que não somos competitivos e temos o mercado aberto por causa do Mercosul", afirma Nassar, citando casos como o do arroz e do leite.

Os biocombustíveis também tiveram um papel relevante. Os subsídios ao etanol de milho fizeram com que todo o incremento na produção do grão nos EUA - cerca de 70 milhões de toneladas, mais do que cresceu toda a oferta de GRÃOS e fibras no Brasil - fosse absorvido internamente, estagnando as exportações nos níveis do ano 2000. "O etanol também limitou o potencial de crescimento da soja, que disputa área com o milho, e a competitividade da carne americana", afirma Nassar.

Com isso, os americanos abriram espaço para o Brasil. Segundo dados da OMC, os EUA viram sua participação nas exportações agrícolas globais cair de 13% para 10,2% entre 2000 e 2009. Já a fatia do Brasil cresceu (embora ainda seja tímida) de 2,8% para 4,9%. "Brasil e EUA estão hoje muito próximos em competitividade. Mas, na margem, os americanos têm dificuldades para crescer, o que é uma enorme vantagem para o Brasil nessa disputa", diz Nassar.

Fonte: VALOR ECONÓMICO -SP

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bolsas europeias fecham em queda diante de dados da economia grega

O principal índice das ações europeias fechou nesta segunda-feira (3) no menor patamar em uma semana, após a Grécia admitir que não cumprirá as metas de déficit neste ano, alimentando preocupações com um possível default.

O FTSEurofirst 300, que mede a oscilação dos mais importantes papéis do continente, caiu 1,2%, para 912 pontos, segundo dados preliminares.

No acumulado do ano, o índice já perdeu mais de 18%.

As ações do setor bancário estiveram entre as de pior desempenho, por preocupações de que tenham de registrar mais baixas contábeis nos preços da dívida grega que detêm. O índice STOXX Europe 600 para bancos caiu 2,7%.

Alguns analistas dizem que um default da Grécia é inevitável, mas que a pior notícia pode agora estar precificada nas ações.

"É uma questão de quando, não se (a Grécia declarar default)", disse o gestor de fundo da Schroders, Andy Lynch, que gerencia 197 bilhões de libras (US$ 305 bilhões) em ativos. "Mas provavelmente nós deveremos ver alguma forma de recuperação para as ações de agora até o final do ano, em que muitas notícias negativas serão bem conhecidas."

Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 1,03%, a 5.075 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,28%, para 5.376 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 1,85%, a 2.926 pontos.

Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,31%, para 14.642 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 2,26%, a 8.353 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 2,6%, para 5.737 pontos.

Fonte: g1.com