É tempo do plantio de soja, a cultura que rende ao Paraguai o título de quarto maior exportador do grão no mundo.
A família do brasileiro Marcelo Dezên tem propriedade no município de Colônia Iguaçú, a 50 quilômetros da fronteira com o Brasil. Hoje a gente está procurando intensificar um pouco mais, produzir um pouco mais por hectare, e consequentemente ter um pouco mais de lucro.
Hoje, a metade das lavouras do Paraguai está nas mãos de imigrantes brasileiros. Carlito Granja Filho é agrônomo de uma empresa que fornece assistência técnica, vende insumos e compra grãos de cerca de 700 agricultores da região de fronteira com o Brasil, uma das que mais plantam soja. Segundo ele, o plantio foi antecipado em várias propriedades procurando fugir do período final, que deve registrar estiagem.
O Paraguai bateu recorde de produção de soja na safra de 2011, com quase oito milhões de toneladas. A expectativa na safra de 2012 é de aumento na produção.
A previsão de uma produção histórica fez com que os agricultores do Paraguai aumentassem a área de plantio este ano. As lavouras de soja devem atingir em torno de três milhões de hectares, pelo menos 5% mais que na última safra.
O agricultor Max Menslin, paraguaio, filho de brasileiros, foi um dos poucos que decidiram não ampliar a área de cultivo. O motivo é a insegurança causada pelas frequentes invasões e ameaças de campesinos, os sem-terra do Paraguai. Entre outras coisas, eles alegam que os brasileiros ocupam áreas maiores do que consta nos documentos. No momento, a gente se sente inseguro com medo do que possa chegar a acontecer em nossa propriedade.
Fonte: Globo Rural
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