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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Mercados podem se desgovernar se teto da dívida não subir, diz Obama

O presidente dos EUA, Barack Obama, apelou nesta segunda-feira (14) ao Congresso para que atue de maneira "responsável" e aumente o limite da dívida do país, evitando assim uma "ferida autoinfligida" na economia.

Obama disse que, se o teto da dívida americana não for elevado, há o risco de os mercados internacionais "se descontrolarem".

"Pensar apenas na ideia de que isso ocorra, de que os Estados Unidos não paguem suas dívidas, é irresponsável, é absurdo", disse Obama na última entrevista coletiva do seu primeiro mandato na Casa Branca.

Os Estados Unidos chegarão a seu atual teto da dívida no final de fevereiro, e a discussão deve ser dura com os oposicionistas republicanos que controlam a Câmara de Deputados, chave em temas de orçamento.

Alguns deles pediram que qualquer aumento do limite da dívida tenha como contrapartida cortes de impostos equivalentes.

"Podem atuar de forma responsável e pagar as contas dos Estados Unidos, ou podem atuar irresponsavelmente e fazer os Estados Unidos atravessarem outra crise econômica", acrescentou o comunicado.

Seria a segunda vez em dois anos que um debate deste tipo acontece nos Estados Unidos, que em 2011 esteve perto do default, perdendo a nota máxima de sua dívida soberana avaliada pela agência de classificação Standard & Poor's.

Desde o dia 31 de dezembro, o Estado norte-americano funciona pouco abaixo do limite legal para contrair dívidas, fixado em US$ 16,3 trilhões, graças a medidas excepcionais que permitiram ao sistema político ganhar um tempo que se esgotará no final de fevereiro.

Armas de fogo

Obama também apelou à "consciência" dos congressistas em relação ao debate sobre a proibição de armas de fogo, que toma o país desde o massacre de Newtown, em Connecticut, em dezembro passado.

O presidente afirmou que a questão deve ser tratada de maneira "sensível" e disse que não pode garantir que as propostas que seu vice, Joe Biden, vai apresentar nesta terça, serão aprovadas pelo Congresso.

"A crença de que devemos ter um controle maior dos antecedentes, de que podemos fazer um trabalho muito melhor em termos de manter os carregadores de grande capacidade longe das mãos das pessoas que não deveria possui-los, uma proibição de rifles de assalto que seja significativa... essas são coisas que, continuo acreditando, fazem sentido", disse.

"Todas elas (as propostas) serão aprovadas por este Congresso? Não sei, mas o que predomina em minha mente é certamente que sou honesto com o povo americano e com os membros do Congresso sobre o que acredito que funcionará", explicou.

"Se houver algum passo que possamos dar para salvar pelo menos uma criança do que aconteceu em Newtown, deveremos dar esse passo", acrescentou Obama, quando nesta segunda-feira completa um mês a tragédia da escola Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, na qual morreram 26 pessoas, entre elas 20 crianças.


FONTE: G1 / Globo.com

Soja: Incertezas sobre safra da América do Sul estimulam boas altas na Bolsa de Chicago

A semana começa positiva para o mercado internacional de grãos. Na sessão desta segunda-feira (14), soja, milho e trigo operam com expressivos ganhos após os últimos pregões em que os preços atuavam sem direção definida.

Na última sexta-feira (11), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizou seus números de oferta e demanda e, no caso da soja, como explicou Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, agora o foco dos investidores se volta com mais intensidade para o clima na América do Sul.

Algumas importantes regiões produtoras brasileiras já se deparam com uma produtividade menor do que o esperado e com condições climáticas desfavoráveis em importantes estágios de desenvolvimento das plantas. "Como a soja subiu pouco na última sexta-feira, hoje avança tentando consolidar um ajuste técnico", diz Brandalizze.

O cenário, portanto, já apresenta algumas incertezas e compromete as recentes estimativas não só do USDA para a safra brasileira, como da Conab também. "Uma safra cheia na América do Sul amenizaria o problema de uma oferta muito escassa, mas já começam a aparecer alguns problemas e o mercado tenta antecipar isso", afirma o consultor.

Na Argentina, a situação ainda é bastante incerta também. Enquanto no início do plantio o excesso de chuvas prejudicava o processo, agora as lavouras são castigadas por um calor de mais de 40°C em algumas regiões. Com isso, as estimativas variam muito diante de um quadro de muita irregularidade na atual safra.

Como outro fator de alta, há ainda indicações de que a China voltará ao mercado nesta semana novamente e isso também atua como um catalisador para as altas desta segunda-feira. "Temos portanto suporte tanto da demanda quanto da oferta", reforça Brandalizze.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes