O clima adverso nos Estados Unidos segue dando suporte aos grãos negociados na Bolsa de Chicago. A semana começou bastante positiva para o trigo, que fechou o pregão noturno desta segunda-feira com altas de mais de 20 pontos e liderou as altas na CBOT, além de alcançar a maxima em dois meses. A soja e o milho também fecharam a sessão com altas de dois dígitos.
Há especulações de que a seca nos EUA possa provocar uma redução da área plantada de trigo de inverno no país. De acordo com informações do instituto de meteorologia norte-americano Telvent DTN, o clima quente e seco deverá persistir na próxima semana nos estados de Kansas, Oklahoma e Texas, os principais produtores de trigo de inverno do país. Este ano, a região sul das Grandes Planícies recebou poucas ou quase nenhuma chuva.
"O desapontamento sobre a safra de trigo de primavera e o temor do atraso no plantio do trigo de inverno nas Grandes Planícies por conta da seca são os principais assuntos no mercado do grão neste momento", disse Carsten Fritsch, analista do Commerzbank AG, de Frankfurt.
Essas condições climáticas também favorecem os preços da soja e do milho, já que sinalizam uma nova redução nas estimativas sobre a produtividade das lavouras dos EUA.
Tais informações devem ser confirmadas por uma pesquisa de longo prazo que começará a ser desenvolvida por profssionais da Farmers of America. A organização deverá implantar analistas, traders de grãos, compradores e agricultores como "olheiros" para a pesquisa de dois mil campos em sete estados. O objetivo do estudo é descobrir evidências da diminuição do rendimento da produção norte-americana depois do mês de julho mais quente desde 1955.
A chamada de abertura para os grãos no pregão diurno da Bolsa de Chicago é de alta. Para a soja, de 12 a 14 pontos de alta, para o milho de 8 a 10 pontos e para o trigo de 10 a 12 pontos.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes