Depois das significativas quedas registradas nos últimos dias, a quinta-feira parece ser de recuperação para os grãos negociados na Bolsa de Chicago.
A soja é influenciada pelas notícias vindas da Irlanda anunciando que o país aceitará o dinheiro do FMI ou da União Europeia para sanar seus problemas econômicos. Além disso, um movimento de compras técnicas e o recuo do dólar também contribuem.
O milho e o trigo também operam bastante firmes na CBOT depois de uma estimativa das Nações Unidas de que a produções desses grãos não serão capazes de atender a demanda, apertando ainda mais os estoques.
A produção global de cereais, incluindo milho e trigo, cairá para 2,216 bilhões de toneladas na temporada 2010/11. No ciclo anterior foram 2,263 bilhões de tonelads. A produção é menor do que a demanda estimada em 2,254 bilhões de toneladas. Os dados são da FAO, braço da ONU para a agricultura e alimentação.
"Nós acreditamos que a o tamanho da safra no próximo ano será determinante para ditar o tom de estabilidade dos mercados", disse Ker Chung Yan, analista da Phillip Futures Pte.
As quebras de produção, causada por eventos climáticos como a séria estiagem que atingiu a Rússia e a Ucrânia, prejudicou as previsões para as reservas mundiais.
Ainda de acordo com a FAO, os estoques de óleos vegetais são capazes de atender 13,2% da demanda e afirma que "trata-se de um nível crítico".
No entanto, mesmo com esse possível declínio da produção mundial e essa expressiva alta dos preços, ainda é preciso cautela diante do mercado - o qual não esperava por um avanço como este.
Às 10h32 (horário de Brasília), a soja no vencimento maio valia US$12,33, avançando 28,25 cents. Já para o vencimento maio, referência para a safra brasileira, era cotado a US$12,37, com alta de 26,25 cents.
No mercado do milho, o contrato de dezembro trabalhava a US$5,41, subindo 15,75 cents e o maio a US$5,62 com avanço de 16 pontos.
Para o trigo, alta de 24,50 cents no vencimento novembro - US$6,57/bushel - e contrato maio subindo 21,25 cents, valendo US$7,17/bushel.
Fonte: Notícias Agrícolas