Após feriado do Dia do Trabalho americano, o complexo de grãos encerrou o pregão noturno e abriu o diurno desta terça-feira em Chicago com fortes quedas. Às 12h05 (horário de Brasília), a soja perdia mais de 27 pontos no contrato novembro/2011. Milho e trigo, também seguiam as tendências baixistas e operavam com desvalorização de 13 e 18 pontos, respectivamente, nos principais vencimentos.
As quedas dos preços para o complexo de grãos refletem as incertezas quanto ao futuro da economia global. Ontem, o mercado financeiro sentiu os efeitos do aumento da aversão ao risco dos investidores diante de uma possível recessão mundial, agravada devido ao aumento da dívida dos países da zona do euro, principalmente da Itália e da Grécia, e da divulgação na última sexta-feira de que durante o mês de agosto não houve geração de empregos nos EUA.
No entanto, apesar do nervosismo dos mercados, hoje, as principais Bolsas trabalham com leves ganhos. A Bovespa, que ontem recuou mais de 2,5%, opera com leve volatilidade. Às 11h57, o Ibovespa trabalhava com alta de 0,72%, com 55.394 pontos.
No campo dos fundamentos climáticos, a seca nos EUA continua comprometendo a safra americana. As esperadas chuvas para o Cinturão de Produção norte-americano tiveram volume muito inferior ao necessário para uma melhora nas lavouras do país. De acordo com o último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), divulgado no último dia 29, o somatório de lavouras de soja em condições boas/excelentes apresentou redução de 59% para 57% da área plantada. Para o milho, as perdas são ainda maiores, com declínio de 57% para 54% com plantações em boa forma.
Para hoje está prevista a divulgação de mais um relatório do USDA sobre o andamento da safra norte-americana (às 17h - após o fechamento das Bolsas). O mercado espera um novo corte, de 1%, no índice de bom/ótimo.
Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira