Em mais um dia de movimentos técnicos, os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago enfrentam uma nova sessão de significativas perdas. Quem lidera o recuo é a soja que, por volta das 14h30 (horário de Brasília), operava com quase 30 pontos negativos em seus principais vencimentos. O milho trabalhava próximo da estabilidade, perdendo entre 4 e 6 pontos, e o trigo cedia quase 20 nos contratos mais próximos.
O cenário ainda é o mesmo no mercado internacional. Os fundos seguem liquidando suas posições vendidas diante de uma sazonal pressão vinda do avanço da colheita nos Estados Unidos. O último relatório de acompanhamento de safra divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontou que 41% da colheita da safra 12/13 já está concluída, ficando bem a frente dos índices registrado no ano passado quando, neste mesmo período, os trabalhos estava em 15%.
"Até agora é recorde de colheita nos Estados Unidos. Só na semana passada, foram 13,5 milhões de toneladas derramadas no mercado. Com isso, há uma pressão da colheita sendo fortemente exercida sobre Chicago", diz Daniel D'Ávilla, analista de mercado da New Edge.
Paralelamente, D'Ávilla atribui esse forte recuo também a um feriado na China que acaba, mesmo pontualmente, deixando o mercado mais enfraquecido com a nação asiática fora do mercado e também a espera de alguns relatórios de consultorias privadas sobre a safra dos EUA.
O analista afirma, porém, que essa baixa não se trata de uma tendência e apresenta apenas um movimento momentâneo do mercado. Isso acontece pois os fundamentos ainda são bastante positivos por conta de estoques ajustados, oferta restrita e uma demanda que continua ainda muito firme.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes