Essa quarta-feira (17) começou negativa para o mercado internacional de grãos, porém, ao longo do dia os preços foram revertendo o cenário e encerraram os negócios com fortes altas na Bolsa de Chicago. A soja encerrou com ganhos de quase 30 pontos nos principais vencimentos. O contrato agosto fechou cotado a US$ 16,83 por bushel e, se somado o valor atual do prêmio - 200 cents - para tal vencimento, o preço chega a US$ 18,83, se aproximando dos US$ 19 por bushel.
O foco do mercado ainda é o clima nos Estados Unidos. As lavouras continuam sendo prejudicadas pelas altas temperaturas e pela falta de chuvas. A seca no país é a pior desde 1956 e cerca de 61% do país sofre, de alguma forma os efeitos dessa estiagem.
A preocupação com as condições climáticas no país segue se agravando a cada dia e garantindo novas altas para o mercado. Soja, milho e trigo chegaram a registrar leves movimentos de realização de lucros, no entanto, voltaram a se apoiar na tendência de alta e continuaram a escalada dos preços.
Como explicou o analista de mercado Daniel D'Ávilla, da NewEdge Corretora, de Nova York, em uma conversa com o presidente norte-americano Barack Obama, o secretário de Agricultura do país confirmou um aumento dos preços dos produtos alimentícios em função desta seca. Além disso, disse ainda que 1297 municípios em 29 estados estão habilitados a receber ajuda do governo por conta dos prejuízos sofridos com a seca.
Paralelamente, além das perdas e da previsões já conhecidas, novos mapas climáticos indicaram a continuidade deste cenário nos Estados Unidos. Modelos divulgados por volta de meio dia (horário dos EUA) apontaram que, até o fim de julho, as temperaturas do Texas até a Dakota do Norte ficarão em torno dos 38°C.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes