Nesta segunda-feira (21), a soja encerrou os negócios com altas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. Além dos fundamentos altistas, o mercado agora encontra estímulo também nas preocupações com o clima nos Estados Unidos diante das expectativas para a nova safra do país. As posições mais distantes - referentes ao ciclo novo - registraram valorizações mais intensas. O vencimento novembro/12 fechou a US$ 13,06, com alta de 18,25 pontos.
Um dos focos dos traders ainda é a tendência técnica fundamental altista que persiste no mercado. A oferta mostra-se cada dia mais restrita e a demanda permanece aquecida. A procura aquecida pela oleaginosa norte-americana e estoques cada vez mais baixos preocupam o mercado e permitem um novo avanço dos preços.
Além dos fundamentos positivos de oferta e demanda, o chamado weather market (mercado climático) também começa a chamar a atenção dos investidores. O tempo quente e seco que contribui para o bom desempenho do plantio da soja pode chamar a atenção dos produtores já que já há bastante soja emergindo. Em importantes locais produtores de trigo já existe um princípio de seca.
A previsão é de que nos próximos 5 a 6 dias, os dias sejam bastante quentes e secos em importantes regiões produtoras dos EUA, o que poderia comprometer a produtividade das lavouras norte-americanas, como explicou Mário Mariano, analista de mercado da corretora Novo Rumo.
Milho - Diferente da soja, os futuros do milho encerraram o pregão desta segunda-feira em território misto. As oscilações, no entanto, foram leves e pouco expressivas, deixando as cotações próximas da estabilidade.
O suporte para o mercado veio dos mercados vizinhos - soja e trigo - que encerraram o dia com boas altas. Por outro lado, o mercado financeiro incerto e preocupante acabou pressionando os preços e limitaram as altas das cotações que encerraram no azul.
Trigo - Já o trigo encerrou o dia com bons ganhos. O desempenho da safra mundial do grão vem preocupando os investidores também por conta das adversidades climáticas. Lavouras sofrem com o clima seco na Rússia, nos Estados Unidos e no Leste Europeu.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes