Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



segunda-feira, 11 de junho de 2012

SOJA: NA VÉSPERA DO USDA, GRÃO E FARELO FECHAM NO TERRITÓRIO NEGATIVO

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja
encerrou as operações da segunda-feira com preços mais baixos para o grão e
o farelo e firmes para o óleo. Os contratos iniciaram o dia no território
positivo, sustentados pelo cenário fundamental de aperto na oferta e pelos
fatores macroeconômicos positivos. No decorrer do dia, no entanto, o mercado
sofreu pressão da expectativa de melhora no clima nos Estados Unidos e da
tentativa dos participantes em ser posicionar frente ao relatório de junho do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta
terça-feira, 11, às 9h30min.
O USDA deverá cortar as atuais projeções os estoques finais de soja dos
Estados Unidos na temporada 2011/12. Para 2012/13, a previsão é de uma pequena
revisão para cima.
Corretores e analistas consultados por agência internacionais apostam em
estoques finais de 197 milhões de bushels para 2011/12, contra 210 milhões de
maio. Para 2012/13, a previsão é de carryover de 147 milhões de bushels,
contra 145 milhões do relatório anterior.
Com a queda na safra sul-americana, os compradores voltaram seu foco ao
mercado dos Estados Unidos. Com isso, a expectativa é de um aumento nas
exportações americanas, o que deverá justificar o corte esperado pelo USDA
nos estoques finais.
O mercado também deverá prestar atenção aos números para a produção
da América do Sul em 2011/12. A aposta é de que o USDA indique safra
brasileira próxima de 65,6 milhões de toneladas. Em maio, a estimativa era de
65 milhões. Para a Argentina, a produção deverá ser cortada de 42,5 milhões
para 40,7 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com vencimento em julho fecharam com perda de
1,50 centavo de dólar a US$ 14,24 3/4 por bushel. A posição agosto teve
baixa de 1,50 centavo de dólar, encerrando a US$ 13,99 por bushel.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo teve preço de US$ 428,00 por
tonelada, com baixa de US$ 1,80. Os contratos do óleo com vencimento em agosto
fecharam a 49,94 centavos de dólar por libra-peso, alta de 0,27 centavo frente
ao fechamento anterior.

Inspeções

As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 14,215
milhões de bushels na semana encerrada no dia 07 de junho, conforme relatório
semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na
semana anterior, as inspeções haviam atingido 17,162 milhões de bushels
(número revisado). No ano passado, em igual período, o total foi de 7,655
milhões de bushels. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1 de setembro, as
inspeções estão em 1,180,521 bilhão de bushels, contra 1,405 bilhão de
bushels no acumulado do ano-safra anterior.


FONTE: Safras e Mercado.

Soja registra recorde no mercado interno e bate R$68/sc em Paranaguá

Nesta segunda-feira, os preços da soja bateram recordes no mercado interno brasileiro. No Porto de Paranaguá, o dia terminou com a saca de soja valendo R$ 68,00, maior cotação de todos os tempos. No Porto de Rio Grande, o valor foi de R$ 67,70. Essa forte alta foi resultado de uma junção do avanço do dólar, dos prêmios em alta, da já conhecida falta de soja e dos momentos de preços em alta na sessão de hoje na Bolsa de Chicago.

Apesar da abertura bastante positiva da oleaginosa no mercado internacional, os preços voltaram a recuar e encerraram os negócios em campo positivo, porém, com baixas que não chegaram aos dois pontos nos principais vencimentos. A pressão negativa veio do esfriamento dos ânimos no mercado financeiro, que foram estimulados pelo pacote de resgate aos bancos da Espanha acordado no último sábado (10). Os grãos também encerraram no vermelho, com o milho liderando as baixas, que superaram os 10 pontos nos principais vencimentos.

Depois da euforia inicial do mercado, uma injeção de realidade trouxe de volta a cautela aos investidores, que novamente focaram as incertezas que continuam rondando a economia europeia, apesar dessas soluções temporárias apresentadas pelas autoridades da Zona do Euro. Como explicou o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, "essas pseudo-soluções nada mais são do que band-aids temporários para uma ferida que necessita de pontos".

Dejneka reiterou a falta de substância nos detalhes desses pacotes, principal fator que esfria qualquer melhor perspectiva para o mercado. "Com tudo isso, os mercados de commodities são empurrados e puxados pra cima e pra baixo de acordo com o ânimo dos investidores de peso (especuladores)", completou o analista.

Paralelamente, há demais fatores que vêm sustentando esse mercado extremamente volátil e complexo, como o clima, as notícias sobre demanda e ainda as especulações. Esse fechamento próximo da estabilidade no mercado da soja, com oscilações pouco expressivas, foi, portanto, resultado de mais um dia de ausência de novidades, "sem ter o que comprar ou vender".

No entanto, nesta terça-feira, 12 de junho, o mercado deverá dar atenção à divulgação do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e aos números que serão divulgados para os grãos - soja, milho e trigo - e a influência que irão exercer sobre o mercado.

Além disso, é importante ainda acompanhar os mapas climáticos sobre as condições nos Estados Unidos para as próximas duas semanas. "É preciso que se faça isso antes de tentar se adotar a existência de uma nova tendência de curto prazo", disse Dejneka.

O analista reforçou, portanto, a atenção à essa estreita relação entre a situação do mercado financeiro global e os fundamentos que movem o mecanismo de cada commodity agrícola, não só da soja. Para a oleaginosa, Dejneka disse que "a nuvem cinza do macrocenário continua sobre estes fundamentos de oferta x demanda e não se pode ficar muito "confortável" com qualquer análise altista no momento, até que tenhamos soluções mais sustentáveis aos problemas da Europa e economia mundial, o que me parece cada vez mais difícil. Para que os fundamentos fortes da soja possam conseguir sustentar e impulsionar os preços a novas altas, precisaremos de que no mínimo não tenhamos pânico geral no macro. Porém, é preciso lembrar que o problema maior não é necessariamente econômico, mas sim, político, tanto aqui nos EUA quanto na Europa. E até que se acertem, as soluções econômicas que poderíam ser criadas, ficarão só no sonho".


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes