O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou no domingo um acordo de última hora para elevar o teto de endividamento dos EUA e evitar uma moratória catastrófrica. Ele instou legisladores a "fazer a coisa certa" e aprovar o acordo.
Pondo fim ao embate apenas dois dias antes do prazo para elevação do limite de endividamento, a Casa Branca e os líderes congressistas disseram que o acordo implicaria num corte de cerca de 2,5 trilhões de dólares do déficit do país nos próximos 10 anos.
Com líderes republicanos e democratas em acordo, o Senado deve votar a proposta na segunda-feira, disse um assessor do Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, disse que colocaria o acordo em votação assim que possível.
"Há ainda alguns assuntos muito importantes para serem considerados pelo membros do Congresso", disse Obama a repórteres na Casa Branca. "Mas eu quero dizer que líderes dos dois partidos nas duas Casas chegaram a um acordo que irá reduzir o déficit e evitar o default --um default que poderia ter um efeito devastador na nossa economia."
"Eu quero instar os membros dos dois partidos a fazer a coisa certa e apoiar este acordo com seus votos nos próximos poucos dias", acrescentou Obama.
Ele disse que a primeira fase do plano de duas etapas prevê economias de cerca de 1 trilhão de dólares na próxima década. O 1,5 trilhão de dólares adicional em cortes deveria ser definido por um comitê do Congresso até dezembro.
Os mercados financeiros deram sinais de alívio pelo acordo ter sido obtido antes do prazo final de terça-feira, com um salto dos índices futuros de ações e do dólar no final do domingo.
Parlamentares dos EUA votarão nesta segunda-feira acordo sobre dívida
Após meses de debate, parlamentares republicanos e democratas devem votar nesta segunda-feira um acordo, que tem o apoio da Casa Branca, para elevar o limite da dívida dos Estados Unidos e evitar um default do país.
O Senado, de maioria dos democratas, deve aprovar o acordo, que eleva o teto da dívida e corta cerca de 2,4 trilhões de dólares do déficit na próxima década.
O acordo, no entanto, deve enfrentar alguma oposição na Câmara dos Deputados, onde tanto os parlamentares conservadores e os liberais expressaram descontentamento.
Fonte: Reuters