Jesus

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Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Soja: Mercado retoma fôlego e fecha semana com alta de dois dígitos

A soja conseguiu encerrar a semana em campo positivo. Nesta sexta-feira (24), os futuros da oleaginosa ampliaram seus ganhos e fecharam com boas altas que, nos vencimentos referentes a 2013 se aproximaram dos 20 pontos. A sustentação para o mercado continua vindo da oferta restrita e da demanda ainda muito aquecida mesmo diante de preços tão altos - os principais contratos se mantêm acima dos US$ 17 por bushel.

Como já vem sendo dito pelos analistas de mercado, as novidades sobre a demanda serão os principais fatores de estímulo para novas altas dos preços. "Há rumores de que a China teria comprado cerca de 1 milhão de toneladas de soja dos Estados Unidos nesta semana", disse Daniel D'Ávilla, analista de mercado da New Edge.

Além disso, o mercado vê agora também os resultados da Crop Tour Pro Farmer. A expectativa é de que os números divulgados pela expedição indiquem estimativas menores do que as do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para a safra norte-americana. Caso isso se confirme, esses índices podem provocar novas altas nos preços.

“A tendência é de alta. Por enquanto, os preços não devem recuar e ainda temos uma demanda firme, apesar das elevadas cotações”, completou D'Ávilla.

Na contramão da soja, milho e trigo fecharam o último pregão da semana no vermelho. Os grãos deram continuidade ao movimento de realiazação de lucros que permeou os negócios durante toda a semana.

Entretanto, assim como para a oleaginosa, o milho também conta ainda com o suporte das perdas na safra dos Estados Unidos. As perdas, de acordo com consultorias e especialistas, podem ultrapassar as 100 milhões de toneladas e essas baixas vêm sendo confirmadas pelos números da Pro Farmer.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

Clima seco prejudica produção de grãos ao redor do mundo

A situação da seca ao redor do mundo está se agravando a cada dia. Os Estados Unidos, a Rússia, a Índia e alguns países da Europa - entre outros - vêm sendo duramente castigados pela falta de chuvas e pelo calor intenso. Essas adversidades climáticas provocam sérias quebras de safras em importantes nações produtoras e impulsionando os preços, principalmente dos grãos, a alcançarem patamares historicamente altos.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, as culturas mais comprometidas são a da soja e do milho. As altas temperaturas e a escassez de chuvas nos últimos meses comprometeu a produção local e reduziu drasticamente a produtividade da oleaginosa e do cereal. Diante disso, a safra de grãos dos Estados Unidos deverá ser bem menor do que as projeções do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

A colheita de milho, segundo estimativas de consultorias, deverá registrar uma perda de mais de 100 milhões de toneladas e, no caso da soja, as perdas podem bater na casa das 20 milhões de toneladas.

Segundo informações da Crop Tour Pro Farmer, em importantes estados produtores de milho, o rendimento já chega a ser 50% menor do que o registrado no ano passado. Na Dakota do Sul, por exemplo, a produtividade foi estimada em 78,75 sacas por hectare, contra as 150 sacas de 2011. A situaçao é igualmente preocupante em Ohio, Indiana, entre outros.

O Pro Farmer vem divulgando também uma expressiva redução da quantidade de vagens nas plantações norte-americanas de soja. Em Iowa, essa baixa é de 16,6% em comparação com o ano passado e, em Minnesota, 11,2%. Outros estados também contabilizam prejuízos significativos.

Nessa semana, os resultados dessa expedição estimularam novas altas para os grãos no mercado internacional. A soja recuperou o patamar dos US$ 17 por bushel e o milho já tem os principais vencimentos valendo mais de US$ 8 por bushel.

O que os analistas de mercado esperam agora é de que os altos preços possam racionar a demanda pelos grãos. Entretanto, ainda não há sinais de um desaqueicmento dessa demanda e especialistas de mercado já divergem sobre quais serão os níveis das cotações que podem, em dado momento, desencorajar os compradores.

Nos Estados Unidos, as embarcações também sofrem com a seca. Segundo informações do Globo Rural, mais de 90 navios tiveram que interromper o transporte de cargas pelo rio Mississipi. Atualmente, pelos 60 mil quilômetros do rio passam cerca de 60% das exportações de grãos norte-americanas e 20% do carvão.

Porém, a seca intensa fez a água do rio cair para o menor nível em 50 anos. Com isso, as embarcações já reduzem em até 1/4 suas cargas para que não encalhem. Além disso, em pontos críticos, apenas um barco de cada vez pode passar e isso já tem provocado congestionamentos de até 15 quilômetros.

Rússia

As altas da soja e do milho também puxam para cima o mercado do trigo na Bolsa de Chicago. O grão vem registrando dias de expressivas altas, porém, a preocupação com a seca afetando a produção na Rússia. O país, assim como os EUA, também sofrem com uma das piores estiagens da história e ainda há a possbilidade de que seu governo restrinja as exportações de grãos para garantir o abastecimento interno.

De acordo com o IGC - o Conselho Internacional de Grãos - a atual safra de trigo da Rússia deverá ser de 41 milhões de toneladas, com uma baixa de 4 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior.

Nesta quinta-feira (23), o Ministério da Agricultura russo reduziu suas estimativas para a produção de grãos do país para 75 milhões de toneladas. As previsões anteriores eram de algo entre 75 milhões e 80 milhões de toneladas. Só este ano, essa á a terceira revisão negativa feita pelas autoridades locais.

Em 2010, a Rússia sofreu com uma seca extrema e incêndios em vários pontos da região produtora da nação, o que fez com o governo proibisse as vendas externas de grãos.

Europa

A Europa também sofre com a estiagem. Importantes países produtores de grãos, como a Ucrânia, por exemplo, vêm registrando perdas expressivas em sua produção por conta da falta de chuvas.

No continente, a situação é a mais grave dos últimos 40 anos e o escoamento dos grãos pelas vias fluviais também está comprometido. O rio Danúbio já sofre com baixos níveis de água e compromete a navegação de navios cargueiros, que deverão ter sua velocidade reduzida em 80%.

Abastecimento Mundial

Os impactos dessa seca que atinge vários países produtores em diferentes pontos do mundo já podem ser sentidos no abastecimento mundial de alimentos. Segundo José Graziano, presidente da FAO, braço da ONU para alimentação e agricultura, o maior impacto é alta dos preços, principalmente para os países mais pobres.

Os preços de produtos como o óleo de soja e das carnes já registram essa pressão da oferta escassa e seguem subindo, seguindo o avanço das cotações das commodities agrícolas. Nesta sexta-feira (24), uma saca de soja no Porto de Rio Grande da safra nova já chega aos R$ 71.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes