Jesus

APOIO NA COMERCIALIZAÇÃO DE SOJA, MILHO, SORGO E TODOS OS PRODUTOS AGRÍCOLAS.

Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

RISCOS DE PRODUÇÃO PODEM ELEVAR PREÇOS GLOBAIS - OIL WORLD

Os preços da soja e outras oleaginosas estão subvalorizados
devido aos riscos de produção na América do Sul e a projeção de estoques
menores do que o normal no começo de 2013, de acordo com a Oil World,
publicação alemã especializada em oleaginosas.
Os estoques mundiais da soja deverão recuar para 49,3 milhões de
toneladas no primeiro trimestre de 2013, ante aos 70,1 milhões de toneladas no
mesmo período do ano anterior, o menor nível dos últimos cinco anos, aponta
publicação sediada em Hamburgo.
Os estoques irão recuar para 39% do nível de consumo de setembro a
fevereiro, comparado aos 55% do ano anterior, segundo a Oil World. Os baixos
estoques tornarão os consumidores "fortemente dependentes" da oferta da
América do Sul, afirma a publicação em nota.
"Praticamente não existe amortecimento contra importantes problemas de
safra causados por condições climáticas adversas na América do Sul", aponta
a Oil World. "Há uma necessidade urgente de disposição rápida da oferta da
nova safra sul-americana muito cedo na temporada. Atrasos na colheita e, em
particular, qualquer restrição logística poderão ser problemáticas para os
consumidores", completa.
Atrasos da chega da produção da América do Sul no mercado poderá
acionar um "rali dos preços impulsionado pela demanda", de acordo com a Oil
World.
Os estoques de soja dos Estados Unidos deverão cair para 29,5 milhões de
toneladas até 01 de março, ante aos 40 milhões no mesmo período do ano
anterior, enquanto os estoques da China deverão totalizar 10,8 milhões de
toneladas, o menor nível em quatro anos. Isto se compara aos 15,3 milhões de
toneladas em 2012.
No Brasil, os estoques de soja até 01 de janeiro estão estimados em 1
milhão de toneladas ante aos 5,4 milhões de toneladas no começo de 2012.

América do Sul

"As exportações na segunda metade desta safra irão depender do
resultado da produção de soja da América do Sul, o começo e o andamento dos
trabalhos de colheita, o ritmo de vendas dos produtores, assim como a
logística", disse a Oil World.
A produção de soja nos cinco países da América do Sul, incluindo o
Brasil e Argentina, deverá crescer para 149,2 milhões de toneladas no próximo
ano, ante as 116,6 milhões de toneladas em 2012, escreve a Oil World.
A safra de soja do Brasil deverá avançar para 81 milhões de toneladas,
comparado as 66,8 milhões de toneladas, enquanto a produção da Argentina é
projetada em 54 milhões de toneladas, ante as 40,5 milhões de toneladas da
safra anterior. Já o Paraguai poderá produzir 8,6 milhões de toneladas. ante
as 4,5 milhões de toneladas anteriores.
Estragos com enchentes na Argentina poderão manter a área de cultivo de
soja abaixo da intenção de plantio, enquanto o clima foi desfavoravelmente
seco nos Estados produtores do sul do Brasil, segundo a Oil World.
"Poderá ser muito perigoso para os consumidores, caso os estoques caiam
demais antes do começo da colheita na América do Sul, uma vez que poderá
demorar mais do que o esperado até que um volume suficiente da nova safra
chegue ao mercado", afirma a Oil World em nota.

Exportações

Estima-se que as exportações mundiais de soja no período setembro a
fevereiro deverão cair para 40,7 milhões de toneladas, ante aos embarques de
42,8 milhões de toneladas, nota a publicação. As exportações dos Estados
Unidos irão saltar para 29,5 milhões de toneladas, comparado as 24,5 milhões
de toneladas embarcadas nos seis meses do ano anterior, enquanto as entregas da
América do Sul deverão recuar para 7,4 milhões de toneladas, ante as 15,4
milhões exportadas anteriormente.
Os embarques no período de março a agosto do próximo ano deverão
crescer para 59 milhões de toneladas, ante as 52,1 milhões de toneladas
anteriores. As exportações da América do Sul deverão atingir 51,1 milhões
de toneladas, acréscimo quando comparado as 37,2 milhões de toneladas,
enquanto os embarques dos Estados Unidos deverão recuar para 6,3 milhões de
toneladas, comparado as 12,6 milhões de toneladas em período correspondente do
ano anterior. As informações partem de agências internacionais.


Fonte: Safras e Mercado.

Soja: Mercado foca estoques ajustados nos EUA e clima adverso na América do Sul

O foco principal dos investidores do mercado internacional de grãos é agora a nova safra de soja da América do Sul. Nesta terça-feira (27), a soja segue o movimento positivo da sessão anterior e ainda opera em alta. De acordo com a agência internacional Bloomberg, os preços atingiram seu melhor patamar em duas semanas.

A preocupação agora é com os impactos que o atraso do plantio da oleaginosa possa ter na produtividade e isso já impacta sobre as cotações em Chicago. De acordo com a Céleres Consultoria, no Brasil, a semeadura já está concluída em 74%, contra 81% no mesmo período do ano passado. Já na Argentina, esse número chega a apenas 37% contra 47% em 2011, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

"O mundo todo está observando a produção de milho e soja da América do Sul neste momento. Nós precisamos de uma grande safra para aliviar as preocupações sobre os apertos nos estoques mundiais de grãos e também no complexo de oleaginosas", disse o economista de agronegócio Michael Creed, do National Australia Bank.

Como explicou o consultor de mercado Márcio Genciano, a certeza de que a América do Sul produziria uma "super safra" passou a ser uma dúvida e agora o clima passa a ditar a volatilidade na Bolsa de Chicago. Os questionamentos serão sobre quanto o Brasil será capaz de atender a falta de soja que é conhecida no mercado mundial.

De acordo com Genciano, os preços em Chicago deverão ser sustentados pelos baixos estoques nos Estados Unidos e pelo intervalo antes da entrada do novo ciclo sulamericano. Dessa forma, o cenário traz de volta os fundos especulativos à ponta compradora e também impulsionam a recuperação dos preços.

"Os Estados Unidos têm 36,6 milhões de toneladas de soja, aproximadamente, para exportar, porém, já 27 milhões de toneladas vendidas, o que deixa uma margem de pouco mais de 9 milhões de toneladas para suprir essa necessidade que ainda temos nesse período de dezembro, janeiro e fevereiro até que entre a nova safra da América do Sul", explicou o consultor.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes