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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dilma pede acordo no G-20 para impedir que 'crise fique incontrolável'

A presidente Dilma Rousseff pediu nesta terça-feira (18), após reunião de cúpula entre Índia, Brasíl e África do Sul, que haja acordo entre países europeus na reunião do G-20 para evitar que a crise financeira internacional "fique incontrolável".

No começo de novembro, as 20 economias mais desenvolvidas do mundo se reúnem em Cannes, na França, e a crise deve ser o centro das atenções.

"Iremos, no início de novembro, participar da próxima reunião do G-20 em Cannes e estamos alertas para a necessidade de medidas imediatas que possam sustar o agravamento da crise, em especial na zona do euro. É necessário um acordo credível entre os países europeus para impedir que a crise fique incontrolável afetando o mundo inteiro", afirmou a presidente em declaração à imprensa ao lado do presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Dilma está na África do Sul para a 5ª Cúpula do Fórum de Diálogo do Ibas e ainda visita nesta semana outros dois países africanos, Angola e Moçambique.

Durante declaração à imprensa na África do Sul, a presidente Dilma também disse que a crise exige a substituição de "teorias defasadas" e voltou a criticas medidas recessivas.

"Estou certa de que o desafio apresentado pela crise impõe a substituição de teorias defasadas de um mundo velho por novas formulações para este mundo novo que agora nós vivemos. Nossa experiência nos mostra que a mera adoção de políticas recessivas em nada contribui para a solução de dificuldades econômicas."

Dilma Rousseff citou, na declaração à imprensa, que os três países do Ibas tem lutado pela liberdade e pela democracia. "Atuamos – os nossos três países – inspirados por nossas próprias histórias de luta, pela liberdade e pela democracia, nas quais, sem sombra de dúvida, Mahatma Gandhi e Mandela são exemplos extraordinários dos grandes acontecimentos que modificaram para sempre a humanidade."

Cúpula do Ibas
Mais cedo, durante discurso na cúpula do Ibas, Dilma pediu o "fim imediato" dos conflitos na Síria e na Líbia. O encontro, que reúne Índia, Brasil e África do Sul em Pretória, capital do país africano, pretende discutir, além dos conflitos no Oriente Médio, a crise internacional e projetos de cooperação entre os países.

"Na Síria, defendemos o fim imediato da repressão e encorajamos diálogo nacional para lograr uma saída não violenta. Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas, especialmente as realizadas à margem do Direito Internacional, não trazem a paz nem protegem os direitos humanos. Agravam conflitos ao invés de resolvê-los", discursou a presidente.

Viagem à África

Na noite de terça, Dilma embarca para Maputo, capital de Moçambique, onde serão assinados acordos de cooperação técnica. Na quarta (19), acontece o primeiro compromisso oficial da presidente no país africano, uma cerimônia em homenagem a Samora Machel, primeiro presidente de Moçambique após a independência, que morreu em 1986.

Na quarta à noite, a presidente embarca para Luanda, capital da Angola. Em sua primeira visita ao país como chefe de Estado, Dilma quer manter ativa a boa relação diplomática histórica com o país africano.

A agenda oficial começa na quinta (20) pela manhã com uma visita ao monumento em homenagem a Agostinho Neto, primeiro presidente angolano, que morreu em 1979. Em seguida, Dilma se reúne com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

Fonte: g1.com

Plantio deslancha por todo o Mato Grosso e supera 2010

O plantio da nova safra de soja, em Mato Grosso, se espalha por todas as regiões e está em um ritmo muito acima do observado em igual período do ano passado, quando ao invés das chuvas, produtores ainda aguardavam pelas primeiras precipitações para dar largada à temporada nacional. Até a última sexta-feira, pouco mais de 21% dos mais de 6,78 milhões de hectares que deverão ser cobertos com a oleaginosa, estavam semeados, percentual que equivale a mais de 1,4 milhão de hectares. Em igual período de 2010, somente 6,7% de uma área 5,8% menor estavam cobertos.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o algodão é o grande combustível do produtor neste momento. Se aproveitando das chuvas, ainda irregulares, mas já presentes, o sojicultor acelera as plantadeiras com objetivo de manter a soja dentro da janela de plantio e ainda garantir uma segunda safra. “Influenciados, majoritariamente pelo algodão, os produtores que optaram por plantar a fibra como segunda safra correm para conseguir produzir os grãos da oleaginosa o mais rápido possível, e assim aproveitar todo o clima para a segunda cultura”, diz trecho do Boletim Semanal do Imea. Com o ritmo empregado no campo e com as previsões de mais chuvas a partir de novembro, a expectativa é de os primeiros talhões dessa nova safra de soja sejam colhidos antes da virada do ano. A região com o plantio mais adianto é a médio norte com 33,7% dos mais de 2,64 milhões há semeados. A porção detém sozinha quase 40% da área disponibilizada à cultura. Na lanterninha está a nordeste, a última a dar o start da nova safra. Apenas 4,1% dos 884 milhões há estão semeados.

Mas o sojicultor mato-grossense não está apenas de olho no céu. Tão importantes como as informações meteorológicas são aquelas que vêm do mercado internacional, seja sobre oferta e demanda, como também o saldo da safra norte-americana. Se os atuais fundamentos se mantiveram até abril, quando se encerra a colheita da soja no Estado, é bem possível que este ciclo entre para história como a maior e melhor safra já vista em Mato Grosso. “Se esse cenário positivo {do mercado internacional prosseguir}, o agricultor, além de conseguir um bom período para o cultivo da primeira e da segunda safra {o que em outras palavras quer dizer produtividade}, conseguirá bons resultados no mercado”, aponta o Imea.

Seguindo na mesma linha do otimismo das lavouras mato-grossenses, devido ao último relatório do Departamento de Agricultura Norte-Americano (Usda), que diminuiu os números de área apta à colheita e também reduziu a produtividade da soja dos EUA, “as cotações da oleaginosa reverteram o quadro de queda, a partir do dia 10 e, pela primeira vez depois de uma semana em baixa, o mercado obteve altas significativas”. Com isso, todos os contratos obtiveram ganhos acima de 55 pontos. Na quinta-feira os contratos voltaram a registrar ganhos expressivos ainda sob influência dos dados divulgados pelo Usda. No encerramento da semana o contrato de novembro estava sendo cotado a US$ 12,68/bushel e o contrato março, a US$ 12,85/bushel.

De acordo com o Usda, a projeção para a produção norte-americana do grão na safra 11/12 neste mês reduzirá em 690 mil toneladas, sendo resultante da diminuição da produtividade, que saiu de 46,85 sacas por hectare e foi para 46,51 sacas por hectare, nos principais estados produtores de soja nos EUA. A diminuição na projeção dos estoques iniciais resultou em uma redução evidente na projeção dos estoques finais, em média de 130 mil toneladas.

TEMPO – Conforme dados obtidos pelo Imea, junto à Somar Meteorologia, Mato Grosso apresentou durante a primeira quinzena de outubro uma variação de chuva abaixo do normal, ficando entre 50 milímetros (mm) e 100 mm. A previsão para o próximo mês será de chuvas irregulares e temperaturas mais baixas, e em dezembro a chuva se consolidará, com médias acima do normal na maior parte do Estado.

Fonte: Diário de Cuiabá