Entre setembro e meados de novembro, os EUA exportaram o menor volume de milho em 30 anos, cerca de 470,1 milhões de bushels do cereal, segundo a corretora TCFG LLC. A redução nos embarques norte-americanos acontece após o país enfrentar a pior seca dos últimos 50 anos, que dizimou sua safra de milho, levando as cotações às alturas.
As elevações nos preços na Bolsa de Chicago resultaram em compradores em busca de milho no Brasil, Argentina e Ucrânia, onde os valores do cereal tendem a ser menores. A diferença entre o milho brasileiro e norte-americano pode chegar a US$1 por bushel, no entanto, desde agosto essa diferença já recuou 50% para os compradores asiáticos, chegando a US$0,51 por bushel.
Com as exportações de países produtores elevadas, diminuindo assim seus estoques e com o recuo do preço no milho nos EUA, alguns investidores acreditam que a demanda possa retornar em breve ao grão norte-americano e as cotações do cereal registrar novas altas, segundo informações do The Wall Street Journal.
Na semana passada, um boletim do governo revelou que exportadores tinham registrado recentemente mais pedidos do que os operadores esperavam.
Nos últimos meses, importadores de grãos do Japão e Taiwan estiveram fora das compras no mercado americano, migrando para destinos como o Brasil. No entanto, problemas logísticos estariam causando lentidão nas entregas do cereal e diminuindo a preferência de alguns compradores. Somente para o Japão, cerca de 900 mil toneladas de milho foram entregues com atraso.
Ainda assim, segundo analistas, boa parte dos compradores cogita esperar a próxima safra da América do Sul a partir de fevereiro em função dos preços mais baixos, ante as cotações norte-americanas.
Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira