Jesus

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Obrigado Senhor por guiar minha vida na direção dos caminhos que preparaste para mim.



sexta-feira, 1 de junho de 2012

Em Chicago, grãos registram semana de pressão vinda do mercado financeiro

Depois uma sessão marcada pela extrema volatilidade, a soja encerrou o pregão desta sexta-feira em território misto, com as cotações predominantemente negativas. Apenas o vencimento julho fechou positivo, cotado a US$ 13,43 por bushel, com alta de 3 pontos. O contrato chegou a subir mais de 14 pontos durante a sessão de hoje. Os demais meses encerraram o dia perdendo entre 6,25 e 11,50 pontos. O milho e o trigo fecharam a semana no vermelho, com o trigo perdendo quase 30 pontos nos principais vencimentos.

Apesar dessa tentativa de rebote da soja no meio-pregão de hoje, os preços voltaram a recuar. Isso acontece uma vez que a relação entre o macrocenário e o mercado de commodities agrícolas está bem estreita e a situação mostra-se muito complexa. O mercado financeiro vive dias de apreensão e incertezas e pressiona intensamente as agrícolas.

Nesta sexta-feira, as expectativas foram agravadas com dados negativos sobre o desemprego nos Estados Unidos, com a criação de postos de trabalho bem abaixo do esperado, o crescimento aquém do esperado na China e a crise na Europa preocupando mais com a falta de medidas eficientes e concretas que possam trazer solução aos problemas vividos pelo continente. Os focos agora são a saúde financeira dos bancos espanhois e o impasse político na Grécia.

Este cenário traz aos investidores cautela e aversão ao risco. Segundo explicou o analista de mercado da PHDerivativos Pedro Dejneka, de Chicago, o mercado de commodities agrícolas não encontra forças para "lutar" contra essa pressão vinda da macroeconomia. Paralelamente, sente fatores internos como o plantio da soja e do milho avançado nos Estados Unidos, a diminuição do ritmo de exportações e um grande volume de posições compradas na soja por parte de investidores também pesando sobre o mercado. Isso faz com que as cotações não consigam se descolar dessa pressão negativa vinda do financeiro.

Porém, mesmo diante de um momento de excesso de informações e situações - o que traz essa volatilidade registrada pelo mercado nesta sexta-feira - Dejneka afirma que "não é hora de pânico". "É momento de parar para analisar o mercado de maneira sensata e levar todos as variáveis em consideração de maneira fria, separando emoção da razão", reiterou o analista.

Na opinião de Dejneka, mesmo diante de uma pauta tão cheia, o mercado de commodities agrícolas, mais precisamente os mercados de soja, milho e trigo, tentará se descolar desse mau momento vivido pela economia mundial frente a expectativas de clima seco tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.

"A baixa recente foi uma combinação de fatores, mas a magnitude desse recuo, principalmente a registrada na manhã desta sexta (1), foi 90% baseada no macro. Eventualmente os fundamentos (que são extremamente apertados para soja no segundo semestre e milho no primeiro), voltarão a ser protagonistas (pendendo uma completa e total tragédia macroeconômica, o que não penso que irá acontecer no curto prazo pois Bancos Centrais entrarão em ação novamente tentando sanar, de qualquer maneira possível, os problemas mais sérios)", traçou o analista.

Dejneka diz ainda que entre os fundamentos, é preciso muita atenção aos mapas climáticos dos EUA e da Europa e também nas estimativas finais sobre as áreas de plantio e as iniciais que trarão a produtividade da nova safra norte-americana. Além disso é preciso estar atento também as informações de demanda pela soja dos EUA no curto e longo prazo.

Já no cenário macroeconômico, atenções voltadas para a expressiva alta do dólar antes outras seis moedas globais e a trajetória desse movimento positivo, eleições gregas em meados de junho e o desenvolvimento da situação da Espanha e de seu sistema bancário no curto prazo.

"O momento é delicadíssimo para o mundo e toda cautela é pouca. Precisaremos de algum "choque" nos fundamentos agrícolas (clima, demanda, produção) no curto prazo para que os grãos possam se "descolar" dessa confusão atual no macrocenário", completou o analista.

Pedro Dejneka lembra ainda que há um excesso de capital nos mercados financeiros, o que pode fazer com que muitos investidores entrem no mês de junho a procura de barganhas, "colocando seu dinheiro para trabalhar novamente, após seguidas quedas no mês de maio".


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

SOJA: CHICAGO FECHA EM BAIXA, SEGUINDO OUTROS MERCADOS

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja
encerrou as operações da sexta-feira com preços predominantemente mais
baixos. O fraco desempenho do mercado financeiro mundial pesou sobre os
contratos. Diante do dólar firme e da queda do petróleo e das bolsas de
valores, os investidores estão saindo de operações de maior risco e
procurando maior segurança.
A ausência de novidades em relação às exportações dos Estados Unidos
e também o clima favorável ao desenvolvimento das lavouras completou o
cenário negativo para as cotações.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à
temporada 2011/12, com início em 01 de setembro, ficaram em 240.700 toneladas
na semana encerrada em 24 de maio, contra 800.100 toneladas na semana anterior.
Para a temporada 2012/13, as exportações líquidas norte-americanas de soja,
referentes à temporada 2012/13, com início em 01 de setembro, ficaram em
178.000 toneladas na semana encerrada em 24 de maio, contra 153.600 toneladas na
semana anterior. China (115.000 toneladas) foi o principal comprador. As
informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Os contratos da soja em grão com vencimento em julho fecharam com ganho de
4,25 centavos de dólar a US$ 13,44 1/40 por bushel. A posição agosto teve
baixa de 4,25 centavos de dólar, encerrando a US$ 13,18 1/2 por bushel.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo teve preço de US$ 394,50 por
tonelada, estável. Demais posições recuaram. Os contratos do óleo com
vencimento em julho fecharam a 48,59 centavos de dólar por libra-peso, baixa de
0,61 centavo frente ao fechamento anterior.


FONTE: Safras e Mercado.