As importações de soja pela China de setembro de 2011 a agosto de 2012 deverão subir para 58,5 milhões de toneladas, ante 52,85 milhões em 2010/11, e as continuadas compras do país asiático darão suporte aos preços, disseram analistas da consultoria alemã Oil World nesta terça-feira.
"A dependência da China por importação de soja já chegou a proporções alarmantes e deverá aumentar ainda mais em 2011/12, devido ao declínio da produção doméstica e ao aumento da demanda", afirmou a Oil World.
"As grandes necessidades de importação devem encontrar fontes limitadas de exportação, o que provavelmente irá contribuir para uma inversão da recente tendência de queda nos preços da soja no futuro próximo."
A safra de soja 2011/12 da China deverá cair para 13,7 milhões de toneladas, contra 14,8 milhões na última temporada, cobrindo apenas 19 por cento do consumo estimado, de acordo com a consultoria.
Porém, a China deverá transferir as compras de soja para a América do Sul nos próximos meses, por conta da diminuição da safra esperada nos Estados Unidos, disse.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu, em 12 de outubro, sua estimativa para a produtividade da soja dos EUA para a safra 2011/12.
"Nós consideramos provável que a China precise elevar suas importações de soja da Argentina e do Brasil a níveis recordes de 10 e 22 milhões de toneladas respectivamente na temporada de setembro de 2011 a agosto de 2012", disse a Oil World.
Isso seria bem acima das exportações de soja da Argentina para a China em 2010/11, de 8,02 milhões de toneladas, e do Brasil, de 17,93 milhões de toneladas.
Os Estados Unidos vão continuar sendo o maior fornecedor de soja da China, porém, as importações em 11/12 devem cair para 24,50 milhões de toneladas, ante 24,98 milhões em 10/11, de acordo com estimativas.
Fonte: Reuters