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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Soja: Mercado foca estoques ajustados nos EUA e clima adverso na América do Sul

O foco principal dos investidores do mercado internacional de grãos é agora a nova safra de soja da América do Sul. Nesta terça-feira (27), a soja segue o movimento positivo da sessão anterior e ainda opera em alta. De acordo com a agência internacional Bloomberg, os preços atingiram seu melhor patamar em duas semanas.

A preocupação agora é com os impactos que o atraso do plantio da oleaginosa possa ter na produtividade e isso já impacta sobre as cotações em Chicago. De acordo com a Céleres Consultoria, no Brasil, a semeadura já está concluída em 74%, contra 81% no mesmo período do ano passado. Já na Argentina, esse número chega a apenas 37% contra 47% em 2011, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires.

"O mundo todo está observando a produção de milho e soja da América do Sul neste momento. Nós precisamos de uma grande safra para aliviar as preocupações sobre os apertos nos estoques mundiais de grãos e também no complexo de oleaginosas", disse o economista de agronegócio Michael Creed, do National Australia Bank.

Como explicou o consultor de mercado Márcio Genciano, a certeza de que a América do Sul produziria uma "super safra" passou a ser uma dúvida e agora o clima passa a ditar a volatilidade na Bolsa de Chicago. Os questionamentos serão sobre quanto o Brasil será capaz de atender a falta de soja que é conhecida no mercado mundial.

De acordo com Genciano, os preços em Chicago deverão ser sustentados pelos baixos estoques nos Estados Unidos e pelo intervalo antes da entrada do novo ciclo sulamericano. Dessa forma, o cenário traz de volta os fundos especulativos à ponta compradora e também impulsionam a recuperação dos preços.

"Os Estados Unidos têm 36,6 milhões de toneladas de soja, aproximadamente, para exportar, porém, já 27 milhões de toneladas vendidas, o que deixa uma margem de pouco mais de 9 milhões de toneladas para suprir essa necessidade que ainda temos nesse período de dezembro, janeiro e fevereiro até que entre a nova safra da América do Sul", explicou o consultor.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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