Minha viagem pelas lavouras de soja e milho do Rio Grande do Sul, constata que as quebras são muito maiores do que se pode imaginar.
O milho perdeu mais de 60pct, com situação completamente definida e, a soja tem perdas irreversíveis de 40pct e ainda com possibilidades de uma quebra ainda maior dependendo das chuvas até o final do mês de fevereiro.
Para o Paraguai já se pode computar perdas de 25pct e para a Argentina as quebras superam 15pct da safra de soja, que ainda dependem de boas chuvas por mais 30 dias.
Indiscutivelmente, uma perda de 12 a 15 milhões de toneladas nas lavouras de soja da América do Sul, causará um grande impacto nos preços das commodities agrícolas durante os meses de fevereiro e março, quando se define a produção sul americana que, juntamente
com a safra americana, dimensionam a capacidade de suprimento para o ano de 2012.
Desde 1980 tivemos 7 eventos de La Niña, mas nunca tiveram efeitos tão abrangentes como deste ano, que afetou cerca de 80pct das lavouras do Rio Grande do Sul, com extensão para o oeste do Paraná e o sul do Mato Grosso do Sul, uma conhecida micro região afetada pela La Nina, em quase todos os eventos.
Historicamente o mês de janeiro não oferece uma tendência definida para os preços da soja no mercado de Chicago, mas fevereiro e março são meses de preços extremamente altos, principalmente com condições climáticas adversas.
Fonte: Liones Severo - Analista de mercado
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