O USDA reportou, no início da tarde desta segunda-feira (12) seu novo boletim mensal de oferta e demanda de janeiro e surpreendeu o mercado ao trazer inalterado o número dos estoques finais de soja do país em 11,16 milhões de toneladas, quando as expectativas apontavam para uma redução para algo próximo de 10,9 milhões. Além disso, ainda sobre a soja, o USDA aumentou sua estimativa para a safra 2014/15 de 107,73 milhões para 108,02 milhões de toneladas, com uma produtividade que subiu de 53,87 para 54,2 sacas por hectare.
No caso do milho, a situação foi contrária. Não só o número para a produção norte-americana caiu - de 365,97 milhões para 361,11 milhões de toneladas - como os estoques finais também foram reduzidos de 50,75 milhões para 47,68 milhões de toneladas, o que ficou em linha com o que era esperado pelos traders.
Soja EUA - O USDA trouxe a safra norte-americana estimada em 108,02 milhões de toneladas, contra 107,73 milhões do boletim de dezembro. A produtividade subiu de 53,87 para 54,2 sacas por hectare. Ambos os dados ficaram acima das expectativas, as quais eram de 107,9 milhões de toneladas e 53,46 sacas por hectare, respectivamente.
Dessa forma, os estoques finais dos EUA foram mantidos em 11,16 milhões de toneladas, enquanto os traders apostavam em uma redução para 10,9 milhões de toneladas. A projeção para a área colhida de soja para esse boletim era de 33,63 milhões de hectares e esse foi, exatamente, o número divulgado pelo departamento americano.
Um ligeiro aumento foi registrado nas exportações norte-americanas da oleaginosa que passaram de 47,9 milhões para 48,17 milhões de toneladas. No número do esmagamento, por outro lado, o USDA não mexeu e manteve as 48,44 milhões de toneladas.
Soja Mundo - A estimativa do USDA para a produção mundial de soja também subiu e passou de 312,81 milhões para 314,4 milhões de toneladas. Os estoques finais globais também foram revisaos para cima e ficaram em 90,78 milhões de toneladas, acima das expectativas de 90,2 milhões. Em dezembro, o número foi de 89,87 milhões de toneladas.
Ainda no cenário mundial, o destaque foi para a safra brasileira, que teve sua projeção elevada expressivamente de 94 milhões para 95,5 milhões de toneladas. Os estoques finais do Brasil também subiram na projeção do USDA e passaram para 25,83 milhões de toneladas, contra 24,38 milhões do registrado no reporte de dezembro.
A safra da Argentina foi mantida em 55 milhões de toneladas, bem como seus estoques finais, em 34,85 milhões. As importações chinesas também ficaram inalteradas nos 74 milhões de toneladas.
NÚMEROS DO MILHO
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