Os efeitos de um novo bloqueio atmosférico começaram a ser observados sobre o Brasil, em particular sobre os Estados do Sudeste. A semana que começou com a nebulosidade e a chuva de uma frente fria termina com o sol forte, níveis de umidade do ar muito abaixo do normal e um calor excessivo para janeiro.
A população do Espírito Santo, de grande parte de Minas Gerais e do Rio Janeiro arde em calor. AtéSão Paulo termina a semana com pouca chuva, depois dos temporais dos últimos dias.
Este bloqueio é caracterizado pela forte atuação do sistema de alta pressão subtropical do AtlânticoSul (ASAS) que reduz a umidade do ar e consequentemente a nebulosidade e as condições para chuva.
A sigla ASAS ficou conhecida e foi sendo incorporada nas conversas do dia a dia da população brasileira no ano passado, pois este poderoso sistema de alta pressão atmosférica foi um dos culpados por deixar o Brasil sem chuva no verão 2013/2014. As consequências da falta de chuva do verão passado foram sentidas durante todo o ano de 2014 em todos os setores da economia, continuam em 2015 e ainda serão vividas em 2016.
O verão é a estação mais chuvosa em praticamente todo o Brasil. Um verão com pouca chuva coloca em risco o abastecimento de água e de energia no país.
Quando os meteorologistas começaram a falar que a ASAS ia ficar forte de novo sobre o Brasil, que um novo bloqueio de frentes frias estava para acontecer, a comparação com o que ocorreu no ano passado foi inevitável. Mas a atmosfera está longe de ser uma máquina, que faz tudo igual de um ano para outro. Ela tem ciclos e só alguns já estão compreendidos pelos cientistas.
O bloqueio deste janeiro de 2015 é igual ao de 2014? Quanto tempo vai durar? Quais as consequências deste bloqueio na chuva do verão de 2015? Teremos ainda alguma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) para trazer chuva volumosa?
A meteorologista da Climatempo Patrícia Madeira, analista de tempo e clima, explica o que está acontecendo. Que bloqueio é esse?
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