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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

China vai subsidiar compradores de soja

A China, maior importador de soja do mundo, deve começar a dar subsídios aos compradores da oleaginosa para diminuir a diferença de preços entre a soja do mercado doméstico e o produto importado, informaram à Bloomberg três analistas familiarizados com o mercado.
O governo deverá pagar 200 yuan (US$ 29) a tonelada de soja para esmagadores que compram a oleaginosa dos estoques governamentais, informaram os analistas, que pediram que não fossem identificados, já que a informação é confidencial.
A China não conseguiu vender mais de 3% de soja de suas reservas em seus cinco leilões, que vêm sido realizados desde o final de julho. O governo chinês comprou 40% da safra de soja de 2008, levando a uma importação recorde que beneficiou produtores nos EUA e na América Latina, proporcionando também um aumento nos preços. A soja doméstica em Shandong custa 3,725 yuan a tonelada, e a soja importada custa 3,708, informou o ministério da Fazenda em um relatório divulgado em julho.
“O governo deve vender pelo menos 2 milhões de toneladas de suas reservas antes que a nova safra chegue ao mercado”, informou um investidor, direto de Xangai. “Os esmagadores continuarão a comprar soja importada, a ao ser que o governo chinês lhes ofereça um subsídio”, ele conclui.
O governo chinês precisa vender suas reservas para conseguir espaço em estoques, depois que ele comprou mais que 6 milhões de toneladas da safra de 2008, em seu maior esforça para aumentar os preços, enquanto a recessão global ameaçava o rendimento das fazendas.
A nova safra será colhida em menos de dois meses.
A soja de maio caiu 1,8%, chegando perto de 3,596 yuan (US$ 526) a tonelada na Bolsa de Dalian. A soja na Bolsa de Chicago perdeu 1,2% para US$ 9,46 o bushel às 18h49, no horário de Singapura.
Importações 
As importações de soja pela China , nos primeiros sete meses deste ano, chegaram a 26,48 milhões de toneladas, 28% acima do ano passado. Mais da metade das importações no primeiro semestre deste ano vieram dos EUA, e o resto do Brasil e da Argentina, informou o ministro da Fazenda.

O governo vendeu 400 toneladas de soja, ou menos de 0,1% das 500 mil toneladas oferecidas no quinto leilão, realizado hoje, informou o Centro Nacional de Comercialização de Óleo e Grãos. As oleaginosas foram vendidas a 3,750 yuan (US$ 549) a tonelada.
O centro vendeu 3% da soja oferecida no quarto leilão, 1% no terceiro leilão e não vendeu nada nos dois primeiros.
“O subsídio pode não melhorar significativamente as vendas da produção local”, informaram os investidores entrevistados.
Os esmagadores da costa leste , distante das regiões produtoras na China, onde a maior parte das reservas governamentais é estocada, consideram o subsídio insuficiente para os custos de transporte.


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