O mercado internacional da soja realiza lucros nesta segunda-feira (11) e opera em baixa na Bolsa de Chicago. O mercado recua depois das fortes altas registradas na sessão da última sexta-feira (8), que se aproximaram dos 30 pontos nos vencimentos mais negociados.
Porém, o mercado segue acompanhando os fundamentos. O aperto entre a oferta e a demanda continua bastante acentuada e, nem mesmo o aumento da produção estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) não será suficiente para amenizar o déficit de oferta dos EUA, o qual já deve ser visto na virada do ano. "Há uma correção técnica nos preços, mas o mercado em si segue dos fundamentos", diz Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Os investidores, ainda de acordo com o consultor, viram os números do USDA chegando dentro do esperado, ou, em alguns casos, até mesmo abaixo das expectativas, o que provou o avanço dos preços na última sessão da semana passada. Apesar de um aumento das estimativas para a safra americana, o departamento corrigiu também para cima seu volume de exportações para a soja. "O ritmo de exportações tanto de soja quanto de milho nos Estados Unidos estão muito acelerados esse ano e isso é um bom sinal no fator fundamental da demanda", explica.
Dessa forma, Brandalizze acredita que as vendas norte-americanas possam ser ainda maiores dos que as 39,46 milhões de toneladas projetadas no último boletim, com um déficit de oferta no país podendo chegar na virada do ano, o que poderia fazer com que a demanda pela soja da América do Sul fosse ainda maior. "No começo do ano não haverá soja nos Estados Unidos para ser exportada, e teremos uma pressão de demanda muito maior na América do Sul", diz.
Milho - No mercado do milho, as cotações das principais posições operam em campo positivo, porém, com volatilidade e oscilações ainda pouco expressivas. Os ganhos, segundo analistas, são justificados por uma tentativa de recuperação do mercado depois das últimas quedas. Além disso, como explicou Vlamir Brandalizze, a alta do cereal na última sexta-feira (8) não foi tão intensa como a da soja, permitindo que os investidores não exerçam um movimento de realização de lucros mais acentuado.
Segundo analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, as cotações avançam para os melhores preços em mais de uma semana, se recuperando das recentes quedas. Os analistas afirmam ainda que o aumento estimado pelo USDA para a safra de milho foi menor do que as expectativas do mercado, ou dentro do que vinha sendo esperado pelos traders.
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