O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou, nesta quinta-feira (31), um relatório de exportações semanais trazendo os números das semanas quer terminaram nos dias 10, 17 e 24 de outubro, período em que o governo norte-americano ficou paralisado em função de um impasse político.
Para a soja, o departamento informou que as vendas foram de 4.742 milhões de toneladas da temporada 2013/14. Os números ficaram bem acima das expectativas, que variavam entre 2,4 milhões a 3 milhões de toneladas. A China foi o principal destino da oleaginosa norte-americana e comprou 2.112,3 milhões de toneladas.
Segundo o consultor de mercado do SIM Consult, Liones Severo, essas vendas registram recordes históricos e, no acumulado do ano comercial, as exportações norte-americanas já são de 32,290 milhões de toneladas. Dessa forma, das 37 milhões de toneladas projetadas pelo USDA para serem exportadas 87% já foi comercializado, restando apenas 5 milhões para ainda serem vendidas até o final do ano comercial em agosto de 2014. “Isto significa que muito provavelmente seus excedentes de soja poderão se esgotar até o mês de dezembro próximo”.
Entretanto, o mercado não exibe uma reação muito expressiva de alta diante desses números, uma vez que, apesar de estarem acima das expectativas, os investidores esperavam por um grande volume de exportações. Enquanto não eram divulgados números pelo USDA, consultorias privadas divulgaram alguns reportes e já apostavam em dados como os que foram divulgados nesta quinta.
Além disso, ainda segundo Severo, nesse período de final de mês, a atuação dos fundos de investimentos com movimentos de liquidação de posições se acentua e também pesa sobre o mercado, limitando o potencial de alta das cotações. Porém, afirma que os fundamentos permanecem os mesmos e positivos, principalmente, por conta da ajustada relação entre a oferta e a demanda, o que deve fazer com que logo os preços voltem à sua trajetória de alta na Bolsa de Chicago.
“Hoje é final de mês, quando os fundos de investimentos normalmente promovem fortes vendas para enfraquecer os preços nas suas conveniências, mas passado este momento os preços deverão retomar a direção altista”, afirma o consultor. Assim, tentando manter-se do lado positivo da tabela, os futuros da oleaginosa, por volta de 12h40 (horário de Brasília), registravam ligeiros ganhos, de 0,25 a 0,75 ponto nos vencimentos mais negociados.
As exportações de milho também superaram as projeções do mercado - que variavam entre 1,9 milhão e 2,5 milhões de toneladas - e somaram 4.555,5 milhões de toneladas. O principal destino do cereal dos EUA foi o México, que adquiriu 1.689,4 milhão de toneladas. Assim como o mercado da soja, os futuros do milho também operam com volatilidade, oscilando entre positivo e negativo, apesar dos bons números das exportações semanais. As principais posições, às 12h50 (Brasília), subiam pouco mais de 2 pontos, porém, pouco antes, registravam um pequeno recuo.
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