As ações na Bolsa de Tóquio fecharam em queda nesta terça-feira, uma
vez que o iene pesou sobre o pregão, levando os exportadores de
tecnologia, como a Nikon e a Canon, a perdas. Por outro lado, os
comentários do presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, ajudaram a
puxar papéis de empresas do setor financeiro e imobiliárias para cima.
O índice Nikkei perdeu 1,1%, terminado o pregão em 12.003,43 pontos,
após queda de 2,1% na sessão anterior. Intraday, o índice caiu para o
menor nível desde 6 de março.
O volume de negociações foi pesado, com 3,77 bilhões de ações comercializadas sob o valor de mais de 2,5 trilhões de ienes.
O índice Nikkei abriu em queda, permanecendo bem abaixo do ponto de
equilíbrio até o intervalo da sessão uma vez que o iene se fortaleceu
ainda mais contra outras moedas.
Comentários feitos pelo presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla
em inglês), Haruhiko Kuroda, reafirmando que o banco central vai "dar
passos ousados, tanto em quantidade quanto em qualidade", para atingir a
meta de inflação de 2,0% em cerca de dois anos, posteriormente animaram
a base de investidores individuais, puxando o Nikkei quase de volta ao
nível de estabilidade perto do horário do intervalo.
As ações de bancos e imobiliárias, naturalmente influenciados pelos
pronunciamentos de política monetária, avançaram acentuadamente após
comentários de Kuroda, fechando o dia entre os melhores desempenhos por
setor.
O Mitsubishi UFJ Financial Group adicionou 2,3% e a Mitsui Fudosan ganhou 4,4%.
No entanto, o enfraquecimento do dólar durante a segunda parte da
sessão desencadeou mais vendas. A moeda dos EUA estava mudando de mãos
em torno de 92,80 ienes por volta das 3h (em Brasília), horário do
fechamento do pregão em Tóquio.
Os exportadores de tecnologia lideraram o mercado para baixo, com a
Canon caindo 3,4% e a Nikon recuando 3,2%. A Tokyo Electron perdeu 3,7%.
A Nikon foi atingida por uma matéria do Nikkei que alegava que o
lucro operacional do grupo da empresa deve afundar 44% para pouco mais
de 45 bilhões de ienes no período fiscal encerrado no domingo, abaixo da
projeção da empresa de 48 bilhões de ienes.
Entre os grandes fabricantes de automóveis, a Honda Motor perdeu 2,6%, enquanto a Toyota Motor caiu 3,0%.
Normalmente defensivos, os fabricantes de medicamentos não foram
imunes à pressão de venda, com a Astellas Pharma caindo 1,4% e a Takeda
Pharmaceutical perdendo 2,5%. As informações são da Dow Jones.
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