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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Soja: Preços recuam no mercado interno e produtores seguram vendas

A soja começou 2013 em um cenário de preços diferente do que encerrou 2012 no mercado interno brasileiro. Por conta da expressiva baixa dos preços no cenário internacional, acompanhada pelo recuo do dólar, o valor de uma saca de soja negociada no Brasil também caiu, o que fez com que o novo ano se iniciasse com negócios mais lentos e os produtores não muito dispostos a negociarem o restante de sua safra a preços significativamente menores.

A safra brasileira 2012/13 registra uma comercialização bastante avançada, com mais de 40 milhões de toneladas de soja já negociadas. Os níveis de preços anteriores permitiram que os produtores pudessem arcar com seus principais gastos, que são com insumos, com tranquilidade. No entanto, o momento agora é de cautela, pois, apesar de ainda serem remuneradores, os valores são bem mais baixos. No Mato Grosso, por exemplo, uma saca de soja que antes era negociada entre R$ 64 e R$ 65 agora vale algo entre R$ 49 e R$ 50.

"Para estes preços não há vendedor. Mas o mercado está bem vendido e eles aguardam uma melhora. Desde o final do ano, a soja caiu quase US$ 1 no mercado internacional e a colheita está apenas no começo. E além disso, ainda temos a baixa do dólar. Alguns negociaram com o câmbio a R$ 2,10 e agora está a R$ 2,03. O momento, então, é de espera", disse João Birkhan, diretor da CentroGrãos.

O produtor rural de Santa Terezinha da Itaipu, no Paraná, Emerson Romanha, confirmou essa situação no seu estado e afirma que os sojicultores também estão segurando sua produção. "Nós já tivemos várias baixas nas últimas duas semanas. Na última sexta-feira (11), o preço ficou em torno de R$ 58 e, na comercialização futura, para entrega em fevereiro, hoje o preço está por volta de R$ 50. Eu acredito que o produtor vá esperar mais, pois com certeza teremos um preço um pouco melhor do que este", diz.

Entretanto, o quadro mundial de oferta e demanda para soja ainda continua muito ajustado. Os estoques mundiais são os menores dos últimos anos e a procura pela oleaginosa ainda se mostra muito aquecida, cenário que deverá estimular uma recuperação às cotações e promover certa sustentação ao mercado. Porém, apesar disso, segundo Pedro Dejneka, analista da PHDerviativos, o mercado poderia operar ainda sob pressão principalmente se forem confirmadas safras recordes para a América do Sul nesta temporada e para os Estados Unidos na próxima.

"Em forte e contundente resposta a quase 2 anos seguidos de grandes quebras de produção devido a problemas climáticos, produtores nas Américas plantam áreas recordes de soja e milho e, desta vez, com a contribuição do
clima colhem safras recordes, aliviando assim a pressão da constante demanda mundial por estas commodities", diz.

Dejneka afirma ainda que acredita que a demanda da China pela soja norte-americana será menor em janeiro e que oschineses já focam na transição de sua demanda para o Brasil á partir de meados de fevereiro.

Já para o consultor de mercado Liones Severo, o foco dos negócios ainda não é o clima na América do Sul, mas sim a ajustada relação entre a oferta e a demanda e a maneira como esse cenário deverá dar sustentação aos preços da soja em Chicago. "No primeiro trimestre, a utilização da soja atingiu 34% e a utilização é decisiva para definir se o mercado é altista ou baixista. Passou dos 30%, é altista", afirmou.

Estimativas - A estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é de que o Brasil produza 82,68 milhões de toneladas. Entretanto, o levantamento da entidade foi feito no período de 10 a 14 de dezembro, em que as condições climáticas eram favoráveis e possíveis perdas de produtividade ainda não eram cogitadas.

Entretanto, em entrevista ao Notícias Agrícolas, a maior parte dos sojicultores das principais regiões produtoras do Brasil afirmam que o período de seca em dezembro comprometeu o enchimento dos grãos e que, portanto, perdas serão inevitáveis.

Na cidade de Cristalina, em Goiás, as lavouras em algumas localidades chegaram a ficar sem chuvas por quase 40 dias. "Hoje ainda não podemos precisar a perda, já é visível, mas ainda não sabemos mensurá-la. As regiões sofreram com chuvas isoladas, sem regularidade", disse o produtor rural Josino da Veiga Antunes.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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