Nesta sexta-feira, os futuros da soja encerraram o pregão em território positivo, com os principais vencimentos registrando leves altas. A sessão foi bastante volátil. A commodity deu início a um pouco expressivo movimento de recuperação no início do dia, mas em seguida voltou a recuar. No entanto, já no final dos negócios, os preços retomaram parte do fôlego e acabaram encerrando o dia em alta.
Durante essa semana, a oleaginosa registrou fortes perdas no mercado internacional, sentindo a pressão sazonal - e natural, segundo analistas - do avanço da colheita da safra dos Estados Unidos. Diante disso, os investidores aproveitaram o cenário para realizar parte de seus lucros. No entanto, ainda de acordo com os analistas, os fundamentos continuam positivos e podem seguir dando sustentação para os preços.
Como explicou Liones Severo,operador de mercado, o momento é de bastante volatilidade. "A volatilidade existe, é um mercado extremamente forte em função das quedas que foram registradas e tem esse período de baixa com a colheita nos EUA, que pesa muito sobre o mercado, e o vencimento do trimestre".
Porém, apesar das baixas que têm sido vistas recentemente, os preços devem voltar a subir e o próximo mês de alta seria dezembro. Dessa forma, há tempo suficiente para uma avaliação do real tamanho da colheita norte-americana e para o início do plantio na América do Sul.
Mas, ainda de acordo com Liones, os altos preços já registrados em sessões anteriores dificilmente serão repetidos. “O mercado antecipa ou retarda as situações. Aparentemente, os americanos anteciparam a crise maior do que realmente era e agora estão dizendo que o rendimento da soja é melhor do que o esperado e também há um acréscimo de área significativo o que conspira contra qualquer rally no mercado”, explica.
Milho e Trigo - Assim como a soja, o milho e o trigo encerraram a semana em campo positivo. O mercado do milho operou durante todo o tempo buscando se recuperar das baixas dos últimos dias.
Já no caso do trigo, as cotações lideraram os ganhos em Chicago nesta sexta-feira sustentadas ainda pela preocupação com a safra da Rússia e ainda com as expectativas de uma possível limitação de suas exportações em função da quebra na produção ocasionada pela seca.
Segundo o analista de mercado Gabriel Ferreira, da AF News, o primeiro ministro russo já começa a cogitar essa redução das exportações do país e isso poderia, eventualmente, aumentar o interesse pelo grão norte-americano, dessa forma estimulando novas altas para os preços em Chicago.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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